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Bridget Jones está de volta com um novo amor e um novo desenvolvimento. Quinze anos passaram desde O Diário de Bridget Jones e doze a datar do seu último filme, O Novo Diário de Bridget Jones. Uma comédia romântica cuja protagonista sempre titubeou entre dois homens: Daniel Cleaver (Hugh Grant), o eterno sedutor, e Mark Darcy (Colin Firth), o eterno amor. Agora, com a morte de Cleaver, abrir-se-à espaço para uma nova paixão.

O Bebé de Bridget Jones começa exatamente da mesma forma como o primeiro da trilogia. A personagem interpretada por Renée Zellweger está solteira novamente. Sozinha no seu apartamento, afoga as mágoas em músicas dos anos ’90 com letras sugestivas da sua condição amorosa. Os dilemas mantêm-se. Jones elabora uma lista de objetivos a atingir e aceita a sua condição de solteira aos 40. Resoluta a sentir-se jovem, Jones envolve-se com um desconhecido, Jack (Patrick Dempsey). Contudo, o amor que a uniu a Darcy também não lhe permite resistir aos encantos do homem de quem já estivera noiva. E assim surge o bebé de pai desconhecido de Bridget Jones. O enredo serpenteará precisamente pelo pânico de Jones para descobrir quem é o pai do seu filho. Bridget Jones, uma personagem marcada pela sua personalidade fantasiosa e dilemas constantes, viverá o maior impasse da sua vida.

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este filme é uma reminiscência da história de Bridget Jones

A recuperação de personagens antigas para conferir continuidade à história foi um bom motor de nostalgia. Jones tem os mesmos amigos, vive na mesma casa, mantém o mesmo emprego e Darcy ainda lhe agita o coração. Após uma década desde a estreia do primeiro filme poderia ser de esperar uma mudança substancial no universo da personagem. O que encontramos neste filme é, pelo contrário, uma reminiscência da história/vida de Bridget Jones. O estilo de comédia mantém-se e a ação segue o seu rumo habitual. Será de notar que a realização esteve a cargo de Sharon Maguite, a mesma realizadora de O diário de Bridget Jones. Este facto poderá justificar a similaridade ao seu original.

A introdução de uma nova paixão na vida da protagonista permitiu que se quebrassem alguns vínculos para dar espaço a outros. Foi possível criar novas situações, igualmente cómicas, para representar a hesitação incessante de Jones e a disputa entre os dois amantes, Jack e Darcy. As novas adições ao elenco, tais como Patrick Dempsey, Emma Thompson e Sarah Solemani, foram boas escolhas para fortalecer o enredo. Colin Firth continua a ter o poder de fazer rir com poucas palavras, munindo-se de um simples olhar.

Os filmes de Bridget Jones são razoavelmente joviais. Descomplicados e alegres, conseguem despertar risos discretos. Porém, são única e exclusivamente isso. Não têm qualquer sumo. Algumas situações são evidentemente disparatadas e sem qualquer nexo. As piadas de cariz sexual não são inteligentes nem minimamente engraçadas. Mas o filme tem um objetivo concreto, um tema claro e um conceito definido e nesse aspeto não falha.

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