Facebook
Twitter
ReddIt
Tumblr

Estávamos em 1958 quando um ilustrador belga chamado Pierre Culliford (Peyo) publicou pela primeira vez uma BD com os Estrumpfes. Estes bonecos azuis rapidamente se tornaram conhecidos mundialmente, e a globalização conduziu à sua denominação actual à la Hollywood: os Smurfs. Confesso que fiquei um pouco estrumpfado a primeira vez que ouvi tratarem os meus amigos azuis por smurfs. Mas o que fazer? A vida continua e não adianta estrumpfar sobre leite derramado.

Há smurfs para todos os gostos – brincalhões, preguiçosos, sabichões, valentões, trapalhões, etc.. E há uma espécie muito particular de smurf: a smurfina, uma personagem encantadora, inteligente, atraente e enigmática, mesmo para ela própria. Isto porque ao contrário de todos os seus amigos azuis, a smurfina não sabe exactamente o que define a sua personalidade. Isto aproxima-a de nós, seres humanos, e a procura pela sua identidade é o ponto de partida para o argumento de Smurfs: A Aldeia Perdida.

Acompanhada pelos amigos sabichão, trapalhão e valentão, smurfina viaja em procura de uma aldeia de smurfs, com a missão de os salvar de Gargamel, o feiticeiro vilão que procura aumentar os seus poderes utilizando o poder mágico dos smurfs. Dotada de uma consciência moral, a nossa amiga azul vai frustrar os planos malignos e lutar por um final feliz. E nós sabemos como uma animação vive de finais felizes…

O realizador Kelly Asbury tem vasta experiência em filmes de animação, tendo feito parte da equipa de títulos conhecidos, como A Bela e o Monstro ou Shrek 2. Alguns anos a esta parte tornou-se habitual ver estrelas do cinema emprestar as suas vozes para filmes de animação. Este filme não é excepção e o original em inglês conta com nomes como Julia Roberts, Demi Lovato ou Mandy Patinkin.

A versão portuguesa tem a participação de nomes da rádio como Nilton, Mariana Alvim, Pedro Fernandes e António Raminhos. Felizmente Portugal tem uma política de dobragens que inclui apenas filmes de animação e infantis. Não parece estranho ouvir os smurfs falar português. Seria difícil para uma criança que está a aprender a ler apreciar completamente a animação enquanto se tentava concentrar na leitura de legendas.

[irp]

Smurfs: A Aldeia Perdida é um filme cheio de #GirlPower e vai fazer o público feminino sair do cinema com um sorriso de satisfação. E se isso acontecer, não vejo razão para o público masculino não sorrir também. Todo o filme está cheio de evocações às qualidades femininas – intuição, inteligência, beleza, coragem – e a como o mundo precisa de um toque feminino para florescer.

Por falar em florescer, a imaginação dos argumentistas criou personagens tão maravilhosamente irreais como plantas pugilistas, libélulas cospedoras de fogo, centopeias massagistas e uma joaninha smartphone, utilizada para tirar selfies e para o smurf sabichão gravar reflexões sobre o mundo à sua volta. Há também coelhos que brilham no escuro e que podem ser montados como um cavalo. Este é um filme que vale a pena ver em 3D. Acredita que vai fazer a diferença ver os smurfs voar para fora do ecrã.

És fã dos smurfs?