Kong: Ilha da Caveira é o novo filme Jordan Vogt-Roberts (Os Reis do Verão) que tem como protagonista o famoso macaco gigante, porém, continua a linhagem já começada há vários anos atrás de filmes que não estão à altura de Kong.
Nesta nova aventura vemos mais um clássico filme de monstros, onde um qualquer cientista encara as acusações de loucura quando afirma ter encontrado um território por explorar que pode ser o lar de monstros fantásticos, e, para espanto de todos, estava certo. Em Kong: Ilha da Caveira esse cientista é Bill Randa, levado ao ecrã por John Goodman. Claro que não podia faltar o militar cliché que encara a vida como uma missão, neste caso falamos do Tenente Preston Packard, papel que encaixa na perfeição ao Samuel L. Jackson, até porque é mais um papel em que Samuel é Samuel, apenas uma camada a nível de representação como já nos tem habituado em todos os seus papeis.
De realçar o esforço que o estúdio fez para que James Conrad, vulgo Tom Hiddleston, o infame Loki do MCU, fosse visto como um grande herói em todo o filme, só conseguindo fazer com que nos lembrássemos de que estamos a ver um filme que foi feito para nos entreter enquanto comemos umas pipocas. Se estás à espera de algo mais profundo do que isso, podes deixar de lado Kong: Ilha da Caveira e aproveitar para ver outro filme qualquer.
A imagem, ao contrário do argumento, é pensada ao pormenor e perfeita para que nos perdermos em toda a sua beleza. O detalhe com que Kong é feito é de nos levar a acreditar que aquele macaco realmente existe! Toda a ilha e as cenas de acção não temem mostrar o tamanho real de Kong nem dos monstros contra quais ele luta. Algo que tem sido deixado de lado nos outros filmes de monstros que têm saídos nos últimos anos, e isso sempre garante a Kong: Ilha da Caveira um toque que todos os outros não tinham.
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A experiência IMAX aqui é super aconselhada, a possibilidade de vermos num ecrã gigante cercados por um sistema de som potente faz de Kong: Ilha da Caveira uma experiência cinematográfica totalmente diferente. A história pode não envolver, mas a viagem subversiva de uma imagem cuidada acompanhada com um som que nos puxa para dentro da história fazem-nos ter vontade de nos deixarmos levar para dentro desta história, podendo ser mais fácil ou difícil dependendo da exigência de quem se senta “deste lado” do ecrã.
Claro que acusar um ‘Monster Movie’ de ser limitado em relação à sua história pode parecer presunçoso e descabido, mas é algo que não pode ser deixado de fora. Por outro lado, a imagem e os sons feitos para a tecnologia mais avançada das salas de cinema da actualidade melhoram um pouco o resultado final, tornando Kong: Ilha da Caveira numa boa alternativa para um domingo à tarde.