CAPTAIN TOAD: TREASURE TRACKER | Crítica

A aventura do pequeno cogumelo torna-se híbrida!

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Já com quase 4 anos, Captain Toad: Treasure Tracker foi bem recebido, porém as receitas geradas não foram as melhores, devido ao pobres números de vendas da sua consola mãe, a Nintendo Wii U. Mas seguindo o roteiro de ports que a Nintendo têm feito, desde o lançamento da sua consola híbrida, chegou então a hora de Captain Toad fazer as malas e seguir caminho para a Nintendo Switch e Nintendo 3DS. Mas a pergunta fica no ar: Será que este videojogo ainda mantém o charme necessário para ser um bom videojogo?

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Captain Toad: Treasure Tracker é um videojogo focado unicamente em solucionar quebra-cabeças, num espaço tridimensional. O objectivo principal de cada nível é tentar chegar até à estrela dourada, que se esconde algures no mapa. Porém, há ainda mais segredos e objectivos que poderás tentar encontrar, como os diamantes, escondidos pelos vários níveis. Em cada nível existem 3 e com certeza vais querer coleccionar o maior número possível, pois para conseguires progredir no videojogo terás que ter um certo número de diamantes para desbloqueares os próximos quebra-cabeças!

A ajuda do analógico para girar todo o mapa é fabuloso, pois consigo sempre ver se existe algum caminho secreto escondido algures. Complementando esta ferramenta, existe a possibilidade de fazer zoom até à minha personagem, permitindo-me focar naquela área mais especifica. É algo super conveniente que acabo por usar 99% das vezes.

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Uma diferença notável neste port é a ausência dos níveis inspirados no Super Mario 3D World. Estes foram substituídos por novos inspirados no Super Mario Odyssey, o que é bom, mas seria ainda melhor se tivessem mantido os outros também!

Como é sabido, este videojogo dava uso ao ecrã táctil do Game Pad da Nintendo Wii U para realizar várias tarefas, como mover objectos ou paralisar inimigos temporariamente. Apesar de a Nintendo 3DS e a Nintendo Switch terem um ecrã táctil, quando a consola está em modo Dock esta funcionalidade deixa de estar acessível. Para solucionar isto, foi implementado um sistema de ponteiro, usando o sensor de movimento do Joy-Con, que permite ter a mesma função táctil. Não achei a coisa mais útil do mundo, devido à frequência com que o ponteiro se mexia, pois distraía-me enquanto jogava, mas compreendo que não havia solução melhor do que esta.

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Graças a esta solução foi possível implementar um modo de dois jogadores, onde um  jogador controla a personagem e o outro o ponteiro. Mas deixo-te já o aviso de que isto é algo que nem o teu colega vai querer usar, pois o ponteiro só por si não fornece a mesma experiência do que controlar a personagem, de longe. Mais valia nem terem feito isto.

Entrando da parte gráfica da coisa, o videojogo apresenta-se lindo na Nintendo 3DS, aproveitando o efeito 3D para dar uma experiência extra-realística on-the-go. Já na Nintendo Switch, apesar de não ter o efeito 3D, compensa com gráficos soberbos a correr nos seus muito apreciados 60 frames por segundo, mas assim que jogado em modo portátil, a qualidade baixa para algo meio pixelizado e sem gosto, especialmente em níveis com mais detalhe.

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A banda sonora não está má, sendo esta animadora e não induzindo à distracção para quem se quer concentrar. Digamos que se gostares do mundo Super Mario vais gostar destas músicas de certeza. Talvez até chegues a identificar algumas, vindas do Super Mario 3D World.

Captain Toad: Treasure Tracker é um videojogo divertido e relativamente fácil de jogar. Promete bons momentos em qualquer lado e em qualquer altura. Os quebra-cabeças estão muito bem trabalhados e garantidamente merecem medalha de outro por parte da equipa de produção.

Captain Toad: Treasure Tracker já está disponível para Nintendo 3DS e Nintendo Switch.

Que outro tipo de videojogos de quebra-cabeças marcou a tua infância?