Uma viagem pela Lisboa Games Week

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Ontem acabou a Lisboa Games Week. Foram quatro dias de encher o olho e o coração de qualquer aficionado de videojogos. Começou tudo na quinta-feira (dia 17/11).  A Lisboa Games Week funciona como uma montra para o mundo dos videojogos, aliado a isso temos toda a cultura geek, desde banda desenha que inspirou videojogos, a cosplays das personagens mais carismáticas. Um evento para todas as idades, tamanhos e feitios. Escolas, desenvolvedores independentes, aficionados, profissionais do eSports, famílias, YouTubers e até uma agência de modelos. Um evento sem limites ou fronteiras.

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LGW 2016 – Zona Playstation

O primeiro destaque faz-se com a Sony, que esteve em grande peso no evento. Os seus símbolos (Quadrado, X, Triângulo e O) estavam presentes logo na entrada com LEDS coloridos fazendo alusão à consola número um no nosso país. A zona Playstation estendia-se por várias áreas. O VR, onde experimentámos DriveClub, Until Dawn: Rush of Blood e Batman. O Palco Playstation onde se realizavam torneios diariamente, a zona especifica de torneios onde também se realizavam torneios diariamente. A zona para todas as idades marcada por Skylanders e Ratchet & Clank, Gravity Rush 4k e iNfamous First Light 4k. Tínhamos também a zona dos Playstation Talents  e Prémios Playsation. A zona de Uncharted 4, e ao redor de toda a área Playstation consolas com inúmeros jogos, dominada por FIFA 17. Havia um pequeno auditório Playstation onde constantemente havia uma demonstração de Horizon Zero Dawn, onde podemos experimentar o jogo e sentir o grande potencial da Guerrilla Games.

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LGW 2016 – Asus ROG

A zona Warner, tinha um auditório com um exclusivo de Injustice 2 (novas personagens, mecânica de leveling aliada a novos fatos, movesets mais poderosos, melhoramento da mecânica de mudança de cenário). Just Dance, WWE 2K17!, NBA 2K17 e VIVE constituíam uma zona para aqueles que pretendiam fugir à confusão do centro do pavilhão.

Mesmo a seguir e de costas dadas à zona Playstation tínhamos uma das zonas  mais bem construídas, a zona da XBOX (Microsoft). O destaque aqui vai para Gears of War 4 e pessoalmente, rendi-me. Competição fantástica, jogabilidade simples e acolhedora, o videojogo abraça-nos e insere-nos em meros minutos no mundo de Gears of War.

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LGW 2016 – Battlefield 1 XBOX

Quando damos por nós estamos agarrados naquele universo e só pedimos mais. Dead Rising, Batman, FIFA 17, Minecraft aliaram-se para construir a zona de jogos livres da XBOX. Battlefield 1 e TitanFall 2 estavam mais distantes mas constituíam uma zona de FPS da marca, à qual qualquer pessoa não podia ficar indiferente. O PC Gaming está a avançar sem limites à vista e a HP deu a conhecer a sua nova gama OMEN, que traz uma lufada de ar fresco e resolução de alta qualidade para o gaming em computador. A Worten foi a grande patrocinadora deste evento, na qual diariamente se realizavam torneios e se promovia também o VR. O Indie Dome de braços dados com o Auditório ISCTE-IUL foi uma zona onde se podiam experimentar grandes experiências Indies nacionais e internacionais, valorizando o trabalhado dos desenvolvedores independentes. E como sempre uma alusão ao Retro Gaming, Nostalgica trouxe-nos os clássicos de sempre numa zona familiar aliada aos Flippers rendendo os mais velhos aos seus tempos de infância.

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LGW 2016 – Máquinas de Pinball

Pessoalmente como já havia dito, o que demonstrou mais qualidade e uma experiência gaming prazerosa foi a zona da XBOX com Gears of War 4, PC vs XBOX. Cinco jogadores de computador defrontavam cinco jogadores de consola. Numa experiência de alta qualidade e divertimento que espero que todos o que passaram por Lisboa nestes dias tenham experimentado. De seguida todo o envolvimento da Playstation no evento, o contacto constante com o público e a sua presença em todas as vertentes do mundo dos videojogos.

O Palco Playstation trazia constantemente competição desde Rocket League, Street Fighter V, Mortal Kombat X à Liga Nos Playstation de FIFA 17. Entre torneios também nos arrepiámos com o trailer gameplay de God of War, que literalmente fazia tremer o chão, e com imagens exclusivas de The Last Guardian e de Horizon Zero Dawn (vem aí bomba!). De um lado temos a jornada de um jovem herói aliado ao seu companheiro animal Trico, juntos têm de escapar de um complexo em ruínas, fugindo de outros animais e enfrentando os mais derivados puzzles. Do outro lado temos Aloy, num futuro onde a humanidade está subjugada graças à robotização e na qual temos um misto de tribalismo com futurismo robótico (DONE SO MUCH RIGHT!!!). Nesta zona, Skylanders mostrou-nos que tem potencial para inserir público mais jovem ao Gaming, com uma experiência divertida, colorida e interactiva.

Continuando no mundo Sony, temos em conta que o Playstation VR pode vir a ser o futuro. Podemos pensar inicialmente que a Realidade Virtual faz-se apenas como algo casual e que passará ao lado do Hardcore Gaming. Errado! Batman VR é a resposta para quemquer inserir-se no universo da realidade virtual (e do Cavaleiro das Trevas) e dedicar-se a platinar o jogo. É uma experiência com uma narrativa repleta de ação e carácter de investigação, torna-mo-nos Batman e vivemos o seu papel de detective numa experiência que nos mergulha na personagem. Mas obviamente que é um universo (a realidade virtual), marcado pelo casual. DriveClub e Rush of Blood, são jogos para ter uma experiência rápida (mas muito imersiva no caso de Rush of Blood), para quem tem pouco tempo para jogar.

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O novo Call of Duty não nos traz nada de novo e que aumente a sua base de fãs, sobrevivendo apenas dos fãs habituais tal como se fosse um videojogo de desporto que é renovado anualmente. GT Sport foi também uma montra para o futuro dos videojogos de corrida, a evolução da qualidade gráfica faz valer uma experiência híper-realista a este franchise. Ainda na zona Playstation e indo mais propriamente para os seus talentos, experimentámos Drawfighters um jogo estilo Pokémon, onde lutamos por turnos numa arena, com personagens, existindo fraquezas e resistências. Este jogo caracteriza-se por ter uma aplicação na qual podemos desenhar a nossa própria personagem, animá-la e lutar com ela no nosso sistema PS4.

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LGW 2016 – Call of Dutty Infinity Warfare

A zona da HP era onde toda a gente queria sentar-se e jogar. Os novos HP Omen e os monitores 4k que os acompanharam faziam qualquer um roer-se de inveja. Um Setup brutal, aliado a uma experiência hiper-realista e imersiva de gaming. Realmente a qualidade define o género e a PC Master Race cada vez mais se distância das consolas. É essencial ter uma consola, mas aqueles que realmente gostam de videojogos e que querem jogá-los com a melhor qualidade têm de se render à corrida do século XXI.

Numa zona mais de relaxamento, rende-mo-nos ao Centipede e passámos cerca de meia hora a bater um recorde que agora nos deve pertencer.

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LGW 2016 – GT SPORT

Portanto, a Lisboa Games Week é sempre um ponto a visitar para quem sente qualquer atracção pelo mundo dos videojogos. Conhece-se pessoal que partilha os mesmo interesses e com o espírito do gaming no ADN. Vemos como está o mundo dos videojogos e ainda temos algumas novidades do panorama. Podemo-nos aperceber rapidamente do que está para vir, e do que virá os que realmente ficarão. Vemos clássicos ganharem vida na mão dos mais pequenos e os mais velhos a experimentarem os vanguardistas. Os Indies ganham projecção e visibilidade e aqueles que pretendem inserir-se e crescer na indústria, vêm nestes pequenos momentos em que podem contactar com outros que já lá andam, oportunidades de aprender mais, absorver conhecimentos e conselhos. A Lisboa Games Week, deixou-nos com algumas dúvidas. Será que a Realidade Virtual ganhará asas e substituirá as consolas? Será a potencialização dos videojogos em computador a quebra da competição entre Consolas e Computadores?

E tu, o que pensas da Semana de Videojogos de Lisboa?