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Há doze anos que Beja recebe o Festival Internacional de Banda Desenhada e, para todos os que já tiveram a oportunidade de lá ir, assume-se como um dos eventos mais distintos do panorama artístico português.

Este ano, como sempre, o evento recebeu vários talentos emergentes e outros bem consagrados da praça nacional e internacional que, numa simbiose perfeita com o público dos oito aos oitenta, tomaram a cidade alentejana num ponto de encontro e de partilhas onde a Banda Desenhada foi o ponto central de todas as conversas (daí ser de alguma forma injusto apontar um ponto mais alto do festival).

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As belas exposições espalhadas pelo centro histórico motivaram passeios tranquilos, as apresentações e lançamentos (de livros e selos editoriais) marcaram boa parte do festival (apesar da menor afluência de público no domingo), as sessões de autógrafos foram, inevitavelmente, um atractivo especial, as bancas assumiram-se como locais de encontro e os comes e bebes trataram do resto (até um simpático bode, que por ali andou todo o dia de sábado, parecia querer ajudar a animar o festival).

Nas referidas apresentações, todas são dignas de registo, mas salientam-se, talvez, a do último trabalho de Felipe Melo e Juan Cavia, Vampiros; o discurso apaixonado do brasileiro Sama, sobre a crise actual do Brasil, com o seu Nada a Temer; os lançamentos da antologia de terror Sobressaltos, com a participação de vários autores nacionais, e o primeiro Altemente (de autoria da Mosi), do novo selo ComicHeart, de Bruno Caetano; e o aparecimento da chancela editorial Bicho Carpinteiro, com dois lançamentos iniciais, A Vida Oculta de Fernando Pessoa, de André Morgado e Alexandre Leoni, e Cemitério dos Sonhos, de Miguel Peres.

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Como já é seu apanágio, a sua marca forte é o ambiente familiar que se promove junto de todos os presentes – independentemente do cariz da sua presença. Há uma evidente vontade de Paulo Monteiro – o padroeiro do festival e a quem todos lhe reconhecem um infindável mérito e carinho imensurável perante tudo e todos que fazem parte do evento – de unir a família da BD que, muitas vezes e sem que se perceba porquê, ainda se agrupa pelas cores da camisola.

Foto gentilmente cedida por Carla Caraça Ramos
D.R. Carla Caraça Ramos

Não é de estranhar, assim, que autores como Filipe Melo, Juan Cavia, Diogo Carvalho, Edmond Baudoin, André Diniz, Eduardo Risso, Jorge Coelho, Paco Roca, David Lloyd, Laerte Coutinho, Tony Sandoval e muitos, muitos outros – que ao longo dos anos por lá têm passado – considerem este Festival Internacional de BD de Beja como singular e que mais parece querer tornar estes dias numas mini-férias alentejanas, acompanhadas por boa comida (apesar de ter que se escolher bem), boa bebida e sempre boas conversas. Ali importa mais ser genuíno do que ser comercial, e isso diz muito.

Se este ano contou com a presença de portugueses, brasileiros, angolanos, espanhóis, franceses, polacos e argentinos, para o ano adivinha-se uma nova mescla de riqueza artística a não perder.

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Para aqueles que nunca foram, fica a sugestão: para o ano, vão!

Este ano ainda têm possibilidade de visitar o Festival, num perspectiva mais reduzida, até ao próximo fim-de-semana.

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  • LÊ MAIS SOBRE
  • A Vida Oculta de Fernando Pessoa
  • Alexandre Leoni
  • Altemente
  • André Diniz
  • André Morgado
  • Bicho Carpinteiro
  • Bruno Caetano
  • Cemitério dos Sonhos
  • ComicHeart
  • David Lloyd
  • Diogo Carvalho
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  • Eduardo Risso
  • Felipe Melo
  • Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja
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