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“Fever of the Bone”

Este episódio foi muito menos louco e fantasioso do que os anteriores – se ignorarmos as referências ao dragão e a possessão do reverendo, o episódio foi basicamente um capítulo de qualquer filme clássico do “fim do mundo”. Esta pequena pausa na introdução de novos elementos de fantasia foi óptima, uma oportunidade para respirarmos e deixarmos avançar a história sem novos demónios, ninfas, magia…

Ah, mas houve a introdução de uma nova doença. O ataque dos parasitas (lesmas?!) foi absolutamente nojento. Admito que tive que fechar os olhos enquanto o Dr. Rawlins puxava o bicho do braço da tia Sally; foi um erro ter visto este episódio enquanto tomava o pequeno-almoço…

Tivemos vários momentos de perigo verdadeiro como consequência da avaria na autocaravana dos Copeland, que, claro, foi consequência da impulsividade de Karen, que não pôde usar o cérebro e ir pelo caminho mais seguro na ânsia de chegar até Brianna. Derrubar uma vedação que foi posta lá para conter o alastrar de uma infecção mortal? Parece-me uma óptima ideia. Descobrimos que alguns ex-militares, juntamente com o Dr. Rawlins, estão a tentar conter esta doença, encurralando os infectados (“feverheads”) como se fossem gado. A doença torna-os loucos, e não se pode confiar no que eles dizem nem no seu aparente estado de lucidez, como Matt aprende rapidamente. É um pouco chocante vê-los assim, todos is infectados juntos e abandonados ao seu destino, mas é o tipo de acção cruel que seria necessária à sobrevivência da espécie humana se algo como isto viesse a suceder.

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Afortunadamente, os Copeland encontram-se a salvo com este grupinho militar: a Karen, que, obviamente, também esteve no exército, tem amigos em comum com o Jeff Quantrell, e este aceita-os como novos companheiros e dá-lhes acesso ilimitado a todas as armas e ferramentas. Josh começa a reparar a carrinha – porque, claro, como professor de religiões mundiais, tem conhecimentos de mecânica. OK, tudo bem até aqui, mas porque é que Karen e Josh deixam Matt e Dana ir com Jeff recolher provisões imediatamente a seguir? O homem tinha uma arma apontada à cabeça do Matt há literalmente cinco minutos! Será que o laço entre os dois ex-soldados é assim tão instantaneamente forte? Ou foi apenas um momento mal pensado por parte dos argumentistas?

No final, o Dr. Rawlins põe de lado a compaixão que naturalmente, como médico, sente, e prende todos os “feverheads” no mesmo compartimento no qual foram deixados à solta os parasitas que habitavam o corpo da tia Sally. Assim, mata dois pássaros com uma pedra, mas podemos ver que esta decisão pesa sobre ele. Não tem que viver com a culpa durante muito tempo: quem é o militar loiro que o mata? A antiga “mão direita” de Jeff, agora infectado pela doença, não parece ter nome.

A parte da história que diz respeito a Brianna também ficou bastante obscura neste episódio. É trancada, de “castigo”, por o Devyn ter interesses impuros nela, como se isso fosse sua culpa; depois, o Irmão Reverendo, que está possuído por alguma força demoníaca, ataca-a e informa o resto das pessoas da comuna de que Brianna é uma bruxa. É uma pequena sociedade opressiva e patriarcal que espelha muitas situações terríveis às quais as mulheres foram sujeitas em diferentes períodos da nossa história…

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Discussão | Aftermath - T01 E08

Vou já dizê-lo: não gosto do romance entre a Bri e o Devyn!!! Não gosto desse rapaz. Parece-me excessivamente embevecido por ela, duma maneira pouco saudável e algo assustadora. Claro, ela adora. Para uma rapariga como a Brianna, acostumada a estar no topo da “cadeia alimentar” social, deve ser difícil estar tanto tempo afastada de atenções masculinas! Ela deixa-se levar pelas circunstâncias (o salvamento, o perigo…) e floresce um romance entre os dois adolescentes. A frase “se não me beijares, eu morro” foi trocada demasiadas vezes, causando uma onda de vómitos mundial.

Mesmo com o empecilho do Devyn atrás, fiquei tão feliz quando Brianna conseguiu reunir-se à família! Os Copeland estão juntos novamente! Agora que já se reuniram… Qual será o próximo objectivo? Para onde podem eles fugir, num mundo tão perigoso e irreconhecível? Haverá outras “áreas seguras”, como a cidade de Yakima, destruída por um meteorito no segundo episódio? Agora que deixaram a tia Sally para trás (ficou a ajudar o Jeff a conter a doença), haverá mais algum familiar que possam encontrar? Irão voltar para casa do pai de Josh, onde estavam antes? Não consigo imaginar qual será o rumo que a série vai tomar a partir de agora. A tentativa de se reunirem com a filha dava um propósito aos Copeland, e, logo, à série, que se tornará agora apenas numa luta pela sobrevivência…

Teorias para os próximos episódios: Devyn apaixona-se por Dana e causa conflitos entre as gémeas; o dragão reaparece e leva Brianna; os Copeland encontram mais membros da sua família ou amigos, apenas para descobrir que estão infectados, momento no qual terão que os matar. Não nos esqueçamos de que a temporada terá 13 episódios – ainda tudo pode acontecer!

O que achas do relacionamento entre a Bri e o Devyn?

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