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“The Lady in the Lake” e “A View in the Dark”

Ora portanto cá estamos de volta com a segunda temporada de Agent Carter, que promete expandir ainda mais o MCU e criar ligações com outros filmes e séries – Agents of S.H.I.E.L.D. e Doctor Strange, por exemplo.

A ABC presenteia-nos já com dois episódios, provavelmente para acelerar o processo de pôr as pessoas interessadas na série e para acelerar o desenrolar dos acontecimentos. A primeira coisa que me entusiasma nesta segunda temporada é o facto de se passar em Hollywood.

Não é que não goste de Nova Iorque, mas a verdade é que para mim o ambiente noir e hardboiled da cidade tornava-se um pouco claustrofóbico e limitava um pouco a série visualmente. Hollywood, por outro lado, é soalheira, colorida e, sobretudo neste período, riquíssima em intriga e drama. Pessoalmente adoro a ideia de uma série de espionagem passada na época dourada do cinema americano. A estética desta temporada é extremamente reminiscente de outros filmes passados no mesmo ambiente, como L.A. Confidencial (1997), Hollywoodland (2006) ou A Dália Negra (2006).

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Voltamos a encontrar Peggy Carter, inimitavelmente interpretada por Hayley Atwell, a capturar a sua arqui-inimiga da temporada anterior, Dottie Underwood, uma assassina treinada na mesma Academia de Ballet/Escola de Assassinas de onde vem a Natasha Romanoff, num assalto a um banco.

Ao mesmo tempo o nosso Agente da proto-SHIELD luso-descendente preferido, o Agente Daniel Sousa (Enver Gjokaj), que entretanto está a liderar os escritórios da Costa Oeste da SSR, está a investigar o misterioso caso de um corpo encontrado congelado num lago no pico do verão.

Mesmo no meio da interrogação em que Peggy Carter está a perguntar à Dottie Underwood porque é que ela estava tão interessada num pin em particular no assalto ao banco, o actual líder da SSR, o Agente Jack Thompson, o machista de serviço, decide enviar Peggy Carter para Hollywood, para ajudar o Agente Sousa.

O Agente Jack Thompson, no entanto, perde a custódia da Dottie Underwood, e o seu superior hierárquico informa-o de que os dias da SSR poderão estar contados, e que ele deve preparar-se para pertencer à próxima-grande-coisa-que-definitivamente-não-é-a-Hydra.

De volta a Hollywood reencontramos o terceiro elemento central desta série, Edwin Jarvis, fantasticamente interpretado por James D’Arcy, que nos informa que Howard Stark está ocupado a produzir cinema. Todos nós ficamos tristes por isto poder significar que não vamos ver mais do Howard Stark, mas ainda há esperança.
Felizmente Jarvis oferece-se imediatamente para embarcar nas aventuras de Carter.

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Uma das mais agradáveis surpresas desta temporada é encontrarmos pela primeira vez a esposa do Jarvis, a Ana Jarvis (Lotte Verbeek), que é tão divertida quanto parece ser excêntrica, e que contrasta deliciosamente com o comportamento sério e sisudo de Jarvis. Quero imenso ver mais das interacções entre estas personagens.

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Descobrimos também que o Agente Daniel Sousa tem uma nova namorada, o que complica todo o sub-enredo romântico entre ele e Peggy.

À medida que a investigação do caso do corpo congelado avança, Peggy Carter começa a suspeitar da Isodyne que é liderada por Calvin Chadwick e a sua mulher Whitney Frost, interpretada por Wynn Everett. Os seguidores de banda-desenhada de entre vós, possivelmente reconhecerão este nome como a Madam Masque, uma vilã estabelecida do universo Marvel e que aparentemente faz aqui a sua primeira aparição.

AC Frost
Calvin Chadwick, um industrial rico, pertence também a um estranho clube de outros industriais ricos que aparentemente andam a manipular as coisas para enriquecerem e tornarem-se mais poderosos.
Se isto não fosse significativo o suficiente, o símbolo do clube é não só o mesmo símbolo do pin que a Dottie Underwood estava a tentar roubar ao início, mas também é extremamente semelhante aos símbolos antigos da Hydra que nos foram mostrados na última temporada de Agents of S.H.I.E.L.D..

AC symbol

Entretanto, ao investigarem a Isodyne, a Peggy Carter cruza-se com Jason Wilkes (Reggie Austin), um dos cientistas que lá trabalha e que, para além de começar a dar informações acerca do que se passa, na realidade, começa a desenvolver sentimentos românticos por Peggy.

Jason Wilkes revela que a verdadeira causa por detrás do corpo congelado é uma substância chamada Zero Matter, que a Isodyne descobriu num teste nuclear falhado, e que aparentemente é capaz de abrir portais e absorver energia. Não fosse pelo facto de já ter sido confirmado que se trata da Darkforce, teríamos todo o motivo em pensar que se pudesse tratar do Gravitonium ou de alguma substância semelhante à do Monólito de Agents of S.H.I.E.L.D.. A Marvel tem de se começar a afastar das mixórdias negras flutuantes, senão começam a confundir-me.

A verdade é que a Darkforce, também presente em Agents of S.H.I.E.L.D., será um importante elemento do filme Doctor Strange que estreia em Novembro deste ano.

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O clube secreto da proto-Hydra decide, no entanto, cancelar a investigação na Zero Matter, o que por algum motivo que ainda não se tornou aparente, transtorna a mulher de Calvin Chadwick muito mais do que a ele mesmo.

No culminar do segundo episódio, quando a Peggy Carter leva Jason Wilkes à Isodyne para recuperarem a Zero Matter, Peggy fica ocupada a lutar contra uns maus-da-fita enquanto o Wilkes vai buscar a substância misteriosa. No último momento é confrontado por Whitney Frost que quer desesperadamente a Zero Matter, e quando lutam por obtê-la esta cai e explode com tudo à volta. Peggy Carter fica em choque pela morte do seu recente interesse romântico, mas nós vemos que no fim a Whitney Frost não morreu, apesar de ter ficado com uma espécie de cicatriz negra na testa.

Uau! Que excelente início de temporada!

Estes dois episódios servem perfeitamente para nos apresentar as personagens, o ambiente, e explicam-nos o conflito da série. Estou muito mais interessado nesta temporada à custa destes dois episódios, do que estive pela temporada anterior inteira!

Estou extremamente curioso por descobrir qual a importância do grupo da proto-Hydra no meio disto tudo, quero saber se o Jason Wilkes sobreviveu, quero saber de que maneira a Whitney Frost está alterada pelo seu contacto com a Zero Matter, quero ver mais das interacções entre a Peggy, o Jarvis e o Sousa, e sobretudo quero saber mais acerca da relação entre a Zero Matter e a Darkforce.

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Lê mais sobre Agent Carter.

O que acharam deste início de temporada?