“The Atomic Job”
Yay! Tal como previsto na discussão anterior, este episódio avançou imenso com a acção, e foi uma grande mudança de tom em relação aos episódios anteriores.
Começamos por perceber que a Zero Matter de alguma forma parece atrair aqueles que foram influenciados por ela, e vemos que tanto Jason Wilkes como Whitney Frost parecem sentir a compulsão incontrolável de obterem mais.
Peggy e Jarvis, bem como Whitney Frost e a sua amostra de marido vão ao lugar onde o corpo do primeiro episódio está guardado, mas Whitney Frost chega lá primeiro e consegue absorver o resto da Zero Matter do corpo, anunciando de forma extremamente assustadora que precisa de uma bomba atómica.
O resto do episódio será uma espécie de jogo de rato e gato a ver quem é que consegue chegar primeiro a essa dita bomba atómica. Whitney Frost e o seu marido (alguém ainda se lembra do nome dele?) decidem roubar a bomba à empresa Roxxon, cujo dono, Hugh Jones (Ray Wise), pertence ao não-HYDRA-Arena-Club, enquanto que Peggy Carter Co. decidem impedi-la.
Entretanto, o nosso director-da-proto-SHIELD-costa-oeste-luso-descendente preferido Agente Sousa finalmente pede a sua namorada em casamento. Mais sobre isto mais tarde!
Peggy Carter vai ter com o Agente Sousa e explica-lhe o seu plano para impedir que Whitney Frost obtenha uma bomba atómica. O seu plano parece algo saído de uma Missão Impossível, tanto que até têm de recorrer ao Dr. Samberly (Matt Braunger) para ele lhes dar alguns dos seus brinquedos científicos que é uma espécie de Neuralizer dos Homens de Negro, e que provoca amnésia.
Toda a sequência de Peggy Carter a obter a chave de Hugh Jones é das mais cómicas da série até agora, passando pelo novo disfarce de Peggy, o seu sotaque americano e as várias tropelias (sim, eu usei a palavra tropelias) slapstickianas dela a aplicar o neuralizador em Hughes vezes repetidas.
Entretanto Whitney Frost leva o seu marido atrelado à máfia para os ajudar a roubar as bombas atómicas. Esta cena, tenho de dizer, é talvez um dos primeiros momentos em que a escrita da série me desiludiu. Ok, compreendo que precisam de estabelecer rapidamente que o chefe da máfia é um tipo violento e perigoso, mas haveria certamente maneiras melhores do que pô-lo a esmurrar de forma quase aleatória e despropositada um dos seus capangas. Cheira a escrita preguiçosa.
Por seu lado Peggy Carter continua a descrever o seu plano cada vez mais rocambolesco para impedir a Whitney Frost de obter a bomba atómica, e não só recruta Rose (Lesley Boone) como o Dr. Samberly para a sua equipa de desadequados improváveis que vão salvar o dia. A série presenteia-nos não só com um power-walk em câmara lenta digno de qualquer filme épico de acção, como imediatamente o desconstrói com o Samberly a tropeçar e com o Jarvis a ter de ir buscar o carro que ficou estacionado mais acima na rua.
Toda a sequência dentro da Roxxon, com a Equipa Carter e a Equipa Frost a confrontarem-se é imensamente satisfatória!
Temos diálogos divertidos entre todas as personagens, temos os gadgets excêntricos do Dr. Samberly, temos a Rose a demonstrar ser tão badass e capaz quanto a Peggy Carter, temos o Jarvis a desarmar duas bombas atómicas! Toda a sequência está muito bem filmada e coreografada, com momentos de tensão e humor bem articulados.
Finalmente, temos a primeira grande confrontação entre Peggy e Whitney. Whitney está cada vez mais implacável e consumida pelo seu poder. Depois de recusar a ajuda de Peggy e de lutar contra ela, começa a tentar absorvê-la com os seus poderes, e durante a luta Peggy Carter cai e fica empalada num ferro. É um momento de violência invulgar para esta série, e provavelmente a ferida mais perigosa que Carter já sofreu. É uma boa maneira de mostrar como a parada e a mortalidade são mais presentes a partir daqui.
Como resultado disto, a Peggy é levada à noiva de Sousa, que de forma inexplicável a consegue salvar só com gazes e pensos. Enquanto isso Whitney Frost torna-se pela primeira vez abertamente violenta contra o seu marido, que pouco depois convoca uma reunião de urgência do Arena Club para os virar contra Whitney Frost.
Entretanto, a noiva do Agente Sousa parece algo desagradada com a maneira como ele parece preocupar-se com a Peggy, e acusa-o de a amar na realidade.
Num momento vagamente paralelo, quando Jason Wilkes vai visitar a convalescente Peggy, e a informa de forma ominosa de que a dimensão de onde a Zero Matter vem é escura e dolorosa (wooooo!) ele começa a tornar-se invisível de novo!
Este episódio só vem provar como esta série está bem construída. Depois de uma abertura de dois episódios para estabelecer o conflito, um episódio de exposição de complicações e um episódio de desenvolvimento de personagens, este episódio vem de novo dar-nos acção e divertimento a rodos e avançar com a narrativa para a frente!
Para a semana que vem temos dois episódios ao mesmo tempo, e eu mal posso esperar!
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