“No Way Out”
The Walking Dead voltou, acabou a espera, e a espera compensou. Que episódio brutal! Não só em tripas, cabeças cortadas e olhos a voar, mas em significado, em mudanças, em epicness.
Foi a noite da superação, da purgação, das segundas oportunidades, da união.
Ao contrário do que esperava, o episódio abre com o encontro entre Daryl, Abraham e Sasha com os homens do Negan. A tensão esteve no ar. Nunca pensei que acabasse como acabou, apesar de ter gostava que Daryl lhes tenha mandado pelos ares com uma bazuca. Foi muito badass. Mas estava à espera que fossem ao encontro da tal voz no rádio. Não foi isso que aconteceu. E no decorrer da cena pensei mesmo que Abraham ou Sasha iam morrer. Ansiava por isso porque ia mostrar que os produtores eram corajosos, e são corajosos como demonstraram mais à frente. Já lá vamos.
Logo a seguir voltamos a Alexandria e, e… onde está a cena que foi cortada a meio em Novembro? Não está! Porque é que nos deixaram na expectativa sem nenhum fundamento, outra vez? Porque sim. Pelos vistos é algo recorrente nesta temporada. Bem, voltamos ao grupo do Rick que está a andar no meio dos walkers. Sam está incrivelmente sossegado. Não percebo agora onde se encaixa a tal cena que ficou cortada a meio. Nem os produtores sabem. Mas Sam está sossegado, apenas por um bocado. Adorei que tivessem sido as palavras da Carol que o levaram a congelar. Deu para perceber na pessoa manipulativa que ela se tornou e pode-se dizer que foi por culpa dela que o que veio a seguir aconteceu. E que momento brilhante! Sam congela, num momento mais compreensível do que o “mãe, mãe” e é atacado pelos walkers. Sam subiu muitos pontos enquanto personagem. Quando Jessie lhe diz que ele tem de ser forte, Sam responde “Eu quero ser”. Momento muito bom em termos de escrita. Todos nós bloqueamos, acontece a todos. Sam estava tão em pânico que a sua força de vontade desapareceu. E assim deixou de ser uma personagem irritante para ser uma personagem real, com emoções, como todos nós.
Sam é atacado, Jessie entra em pânico, Jessie é atacada, Rick congela, Carl fica preso na mão de Jessie, Rick descongela, Rick corta a mão de Jessie, Ron aponta a pistola a Carl, Michonne espeta a espada em Ron, Ron dispara e acerta no olho de Carl. E assim acabou a família Anderson. Uff, ok já chega, o episódio pode acabar.
Entretanto temos uma cena de Glenn com Enid na igreja. Não me interessa e a única coisa que quero neste momento é que Glenn morra (DE VEZ) o mais rápido possível. Foi este sentimento que cresceu em mim depois da série ter andado a brincar comigo.
O núcleo da Carol e do Morgan foi interessante. Carol virou um monstro, a humanidade deixou-a definitivamente. O diálogo entre ela e Morgan foi de gelar a alma principalmente quando ela diz ao Morgan que o devia ter morto quando teve oportunidade. A calma com que disse isso, sem mostrar qualquer tipo de sentimento… Gelo.
Alpha Wolf tem oportunidade de fugir mas volta atrás para salvar Denise e é mordido no processo. Morgan conseguiu converter uma pessoa, tudo o que ele fez compensou, há bondade em todos. É pena que Alpha Dog se tenha atravessado em frente à Carol, que conseguiu o que queria.
Rick volta à enfermaria com Carl nos braços e num momento de raiva sai porta fora, sozinho, e começa a matar os walkers. Esse momento inspirou a comunidade que saiu toda para as ruas e juntos combateram os walkers. Foi um momento lindo de se ver, com todos unidos, prontos a lutar e a se sacrificar por aquilo em que acreditam. Nenhum momento poderia ser mais forte para os juntar como comunidade. Claro que semi automáticas e um camião de gasolina também ajudaram mas não retirou significado ao momento.
The Walking Dead voltou em força, com um episódio muito bem estruturado, com momentos deliciosos e com uma escrita muito bem polida. Veremos como serão os próximos episódios porque ainda não me esqueci da sofrível primeira parte desta sexta temporada.
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