Numa temporada que, confesso, surpreendeu-me pela positiva, a ultima série a aterrar foi Ajin. Será que o ultimo pode ser o primeiro e traduzir-se na melhor série da temporada como anteriormente previsto? Vamos descobrir.
Ajin começa logo com muita acção num ambiente de guerra civil. Assistimos a um grupo de soldados chamados exército de Deus, que chacinaram uma população inteira.
Depois uma década e meia mais tarde conhecemos o protagonista desta historia, Kei Nagai, um estudante de liceu que está muito focado em tornar-se num médico. Pelo menos é isto que os seus amigos pensam, porque na realidade o nosso amigo apenas deseja tornar-se um “ser humano” melhor.
Nesse dia na sala de aula os seus colegas e professor discutem a origem e efeitos dos Ajins na sociedade. No total existem 46 em todos o mundo, sendo que no Japão foram identificados dois casos, por algum motivo Kei fica muito perturbado com estas noticias.De regresso a casa e depois de visitar a sua amiga no hospital, o jovem nem apercebe-se do sinal vermelho no semáforo e acaba sendo brutalmente atropelado por um camião. Nesse momento as nossas dúvidas foram finalmente esclarecidas, e Kei é de facto um Ajin. Imediatamente o jovem pede auxilio ao seu amigo de infância Kaito. Agora com o mundo contra si e apenas contando com Kaito como pode Nagai sobreviver?
Para já Ajin pareceu-me uma mistura de videojogos da Atlus: Shin Megami Tensei e Persona com o muito conhecido, e celebre Parasyte. No entanto temos aqui já uma diferença, ao passo que os parasytes apenas conheciam-se entre espécies e na sombra da sociedade. Em Ajin a sociedade já conhece esta raça e isso certamente terá um impacto diferente no enredo e nas diversas consequências na acção, a meu ver grande parte dessa acção será em fugas.
Também mostrou-nos que um passado ou sermos diferentes não é logo sinonimo de edgy stuff, choros e cortar pulsos a chuva, uma direcção que confesso que surpreendeu-me, não mostrando uma parte fraca mas sim de aceitação. Não entanto nem tudo é bom em Ajin, principalmente a respeito de animação. Confesso que achei estranha a escolha de contratarem o estúdio de animação: Polygoin Pictures e animarem Ajin inteiramente por CGI, quando temos dezenas de cenas movimentadas. Para quem não sabe CGI a está partida barrada a 12fps por segundo, traduzindo-se em key frames baixos. Mesmo cenas onde os personagens simplesmente andavam, foram dolorosas de se ver, dava a sensação de um passo parava outro passo parava. Não sei como Etotama fez mas sinceramente gostava de saber como animou cenas em CGI fluidissimas e de grande qualidade. Mesmo com um fraca animação em CGI não chegando sequer ao pé de Bubuki Buranki ou Etotama, Ajin tem uma história muito interessante que sem dúvida será motivo mais que suficiente para acompanharmos a fuga de Kei e Kaito e descobrirmos mais acerca da raça dos Ajins.