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“The Vulcan Hello” “Battle at the Binary Stars”

Admito desde já, nunca vi nenhuma das séries de Star Trek (não me batas por favor!!!). Apenas vi os filmes Star Trek (2009) e Star Trek: Além da Escuridão (2013), sendo que gostei bastante de ambos ficando então com o bichinho de ver as séries. No entanto ainda não me dediquei o suficiente às mesmas para dar o veredicto final.

Algo que gosto bastante em Star Trek é o facto de privilegiar a iteração entre todos os povos, não ao ponto de andar a explodir todas as naves que veja mas facilitando a comunicação ao longo do universo. Algo que achei peculiar foi que Star Trek sempre foi a série de destaque no que toca a “ir audaciosamente onde ninguém foi”. Bom, não só na série mas também na realidade foram onde mais ninguém foi quando anunciaram que a mesma teria como protagonistas Sonequa Martin-Green (uma mulher negra) e Michelle Yeoh (uma mulher asiática).

Ora, eu sou completamente contra alterar material já feito ou personagens já criadas, mas achei mesmo que era a escolha perfeita para a série. Sendo que Star Trek sempre foi sobre interacção entre espécies, ter estas duas senhoras como estrelas da série causa um impacto brutal mas não desrespeita em forma alguma a premissa ou guião original, e atenção que já fizeram brilharete nos primeiros episódios!

Tenho de referir a qualidade visual e sonora, é simplesmente boa demais para estar numa série de televisão, mas ainda bem que está! Bryan Fuller traz-nos algo estonteante com que podemos encher a barriga e ficar maravilhados pela beleza da mesma. Falo também da caracterização, que achei bastante complexa. Seja nas naves ou no deserto, a qualidade visual é sempre um degrau acima do que estamos habituados em 90% das séries.

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A série começa com a já conhecida premissa da diversidade, onde vemos Michael Burnham tornar-se na primeira humana a ser criada no meio Vulcano (tau! Chapada de luva branca para quebrar o estigma). No entanto, todos sabemos que os Vulcan usam apenas a lógica, ao que Michael quebra esta mesma tradição e deixa que a emoção tolde o seu julgamento. Algo que chega a colocar a Capitã Georgiou em perigo, portanto temos aqui uma bomba relógio.

O verdadeiro início prende-se com os nossos velhos amigos Klingons a planearem uma revolução contra a Federação, implicando que o seu discurso  “We Come in Peace” é nada mais nada menos do que uma mentira. Já sabemos onde é que isto vai dar, puro conflito entre a Federação e os seus eternos antagonistas. Não antes de Michael, (em função da emoção que se sobrepõe à lógica) deixar a sua capitã inconsciente para agir em função do que Sarek (pai de Spock) lhe transmitiu numa conversa anterior.

Algo que não estou a achar muita piada é o facto de centrarem demasiado a série. Sim eu sei que Michael é uma boa personagem e merece destaque mas e os outros? Não nos apresentaram a muitas mais pessoas, sendo que vão utilizar o próximo episódio para isso? As outras séries baseavam-se nas equipas que andavam à deriva pelo universo, enfrentando vários problemas. Certo que tinham um certo ênfase nos capitães, mas lá está, eram capitães e não comandantes.

Espero que dêem destaque aos outros e não tornem a série demasiado “pessoal”. Estou ansioso pelos próximos episódios e por me deliciar ainda mais com a qualidade visual que Bryan FullerStar Trek: Discovery nos apresentam.

O que achaste da estreia desta nova série de Star Trek?