LISBOA GAMES WEEK 2017 | A Maior Feira De Videojogos Cresceu!

Um evento para todos os jogadores!

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Por João Costa escritor/a em SOMOSGEEKS.PT

Mais um ano, mais um fim de semana de Lisboa Games Week. O evento que concentra todos os fãs de videojogos na capital do país para experimentar as mais recentes novidades que chegaram às consolas. Mas não é só de videojogos que o Lisboa Games Week é feito. O evento conta com várias marcas presentes para proporcionarem experiências e videojogos para os visitantes, múltiplas bancas de artigos para venda que não vemos em mais lado nenhum. A Lisboa Games Week foi o local a visitar que teve de tudo um pouco para todos os gostos.

CTW (Centro de Treinos de Wrestling) esteve presente com as suas principais estrelas e combates ao vivo num ringue dentro do Pavilhão 4. A tropa esteve este ano presente com um enorme stand em que até trouxeram um tanque e uma parede para escalar. Esta é também a única altura do ano em que podemos ver os maiores Youtubers do país todos juntos no mesmo sítio. Ao longo do vasto programa do evento, tivemos grandes surpresas que apimentaram o evento como os concursos de cosplay e a apresentação do videojogo Dakar 18 pela Big Moon Entertainment. Este prevê-se que seja o maior investimento na indústria nacional até à data.

No evento tivemos vários stands de torneios como o Gaming Ringue da Worten com vários videojogos provenientes ainda dos torneios nacionais da 4Gamers, em que tinhas de jogar vendado. Os CTT marcaram presença também no evento com os torneios de PES 2018 e Tekken V.  A ROG Masters este ao rubro com torneios de CS GO e League of Legends, e com as melhores equipas nacionais de Esports. A Federação Portuguesa de Futebol não se deixou ficar de fora trouxe aos visitantes o torneio de FIFA 18. Também estiveram presentes alguns stands de robótica para competições e uma pista de drones onde podias experimentar conduzir vários modelos. De todo o evento destacaram-se quatro grandes stands de videojogos. Estes pertenciam à Capital Games, Warner Bros., Nintendo e Playstation.

Essencialmente, são estes que estão sempre presentes todos os anos. A Microsoft decidiu novamente saltar fora, fazendo-se presente apenas com algumas Xbox One espalhadas por alguns stands (por exemplo, Shadow of War no stand da Warner Bros). Parece que o grande stand do ano passado não ajudou a Microsoft em Portugal, e este ano decidiram voltar a não fazer parte do evento, tal como tinha acontecido à 2 anos. Isto quando a Lisboa Games Week finalmente passou a ser realizada em dois pavilhões, em vez do usual único nos passados anos.

A Nintendo apresentou um local organizado, com grandes videojogos para os visitantes experimentarem. Ambas as versões do videojogo Pokémon Ultra Sun & Moon estiveram presentes, assim como Super Mario Odyssey, Mario Kart 8 Deluxe, Splatoon 2 e The Legend of Zelda: Breath of the Wild. Era fácil aceder aos videojogos, até porque as filas não eram muito grandes. Nunca fui grande fã em ter os videojogos completos para experimentar, pois quando agarramos num videojogo a meio num ambiente destes, é natural que tenhamos zero munição e não fazermos ideia o que fazer. É o que acontece em videojogos como The Legend of Zelda: Breath of the Wild. Algo como o Mario Kart 8 Deluxe é muito mais acessível neste aspecto.

Parece que a Switch está a ter sucesso em Portugal. É bom ver a Nintendo com um stand tão vistoso e as grandes armas todas prontas para serem testadas pelos visitantes. Até tiveram um grande palco com vários torneios ao longo do dia. É uma boa forma da Nintendo solidificar o segundo lugar em Portugal. Do que tive hipótese de experimentar, a Nintendo criou um lineup espectacular para a sua Switch e justifica o sucesso da consola que parece agradar tanto a miúdos como a graúdos.

A Capital Games tentou mostrar um pouco de tudo, com South Park: The Fractured but Whole, Assassin’s Creed Origins, Need for Speed: Payback e WWE 2K17 presentes para experimentar, e uma enorme publicidade ao grande Red Dead Redemption 2. South Park continua a cativar-me com o seu charme e identidade próprias, enquanto Assassin’s Creed Origins demonstra ser o melhor da franquia em anos. Infelizmente, não cheguei a pegar em Need for Speed, porque apenas estava disponível para experimentar com o volante, e não sou exactamente grande fã desse setup. WWE 2K18 é hilariante, com as intervenções a meio de combates sem regras de personagens controladas pela IA. Não sei se isto era alguma definição activada por alguém, mas que era extremamente engraçado ser aleatoriamente atacado de fora enquanto combatia, isso era.

A Warner Bros. apresentou um grande stand com as últimas novidades. Nunca vão bater o primeiro ano quando trouxeram Dying Light e Mortal Kombat X para experimentar muito antes de serem lançados, mas continuam presentes, e este ano o principal destaque foi Shadow of War. A sequela parece ser um caso de maior e melhor, aperfeiçoando aquilo que ficou por limar no primeiro jogo. Também LEGO teve uma presença enorme com imensos videojogos da saga disponíveis, mas pegar neles a meio de um nível é… complicado.

Também assisti a um combate de tag team 3 vs 3 no ringue da CTW. Foi engraçado ver que cá parece haver combates mistos, com homens contra mulheres no ringue (cada equipa era composta por dois homens e uma mulher) sem problema. Foi pena esquecerem-se das regras, como efectuar o tag entre membros de equipa e validar quem estava legal no ringue e quem estava a interferir. No entanto, entreteve durante os 20 minutos que durou e os wrestlers tentaram sempre puxar do público que ainda era bastante e estava a assistir, apesar das poucas reacções.

Também tive oportunidade de jogar Yu-Gi-Oh com um stand montado pela Devir que disponibilizou decks para quem quisesse experimentar. Reviver os momentos de infância a jogar Bubble Bobble numa arcade também foi incrível, e a zona de pinball também esteve presente, apesar de eu este ano não ter lá passado. Também existiam longas filas que eu sinceramente nem sei para que eram porque, sinceramente, a partir de uma certa hora, é praticamente impossível mexer-mo-nos dentro dos recintos.

A Playstation teve novamente o maior stand, mas a organização continua um zero. Muitas das pessoas lá a trabalhar não sabem as regras, ou existem simplesmente demasiadas regras. O Playstation VR tinha alguns videojogos para experimentar,mos e como sempre tínhamos de marcar online previamente. Também havia a típica pulseira para quem tinha Plus que dava acesso prioritário a certas zonas, e o VR estava incluído. Só que ninguém controlava nada do VR, e não importava se tinhas marcação ou não, tinhas de estar na fila. Acabei por experimentar Bravo Team, que provou ser uma divertida experiência co-op ainda que bem longe do que a maioria quer do VR.

Das duas vezes que acedi ao Teatro Playstation, onde decorriam as apresentações de Days Gone e God of War, tive de informar quem lá estava a controlar sobre as pulseiras, e estes tiveram de ir perguntar. Parecia haver uma falta de informação enorme. E mais, parece-me claro que deviam existir sempre duas filas nestas zonas: uma para quem tinha a pulseira e outra para quem não tinha. E podiam até nivelar as coisas do género de entram duas pessoas com pulseira, uma sem. Mas não, é uma bagunça e ninguém se entende.

A apresentação do God of War foi um pequeno vídeo com comentário a explicar aquilo que tencionam que o videojogo seja, ao mesmo tempo que vemos vários momentos de grande escala no que promete ser o melhor God of War até à data. O Days Gone teve direito a uma demo, jogada por um membro da equipa de staff da Playstation, que já tinha sido mostrada previamente em eventos da Sony. O videojogo parece excelente, e dá uma grande liberdade ao jogador de decidir como quer enfrentar cada situação, e dá um tease enorme no final para um confronto com um zombie urso. Faz-me lembrar o The Walking Dead, se tivesse uma boa adaptação para videojogo.

Call of Duty: World War II é o mesmo de sempre (e isso é bom). Um rápido team deathmatch entre 10 pessoas que permite experimentar a jogabilidade e ter acesso a vários tipos de classes disponíveis no multiplayer. World War II é, sem dúvida, um regresso bem vindo aos palcos da grande guerra após as aventuras futuristas dos últimos anos que já enjoavam. Crash, Sonic e Knack também estiveram presentes, assim como os ainda por lançar Dragon Ball FighterZ e Ni no Kuni II: Revenant Kingdom.

O stand da Playstation estava recheado de videojogos para todos os gostos e é difícil lembrar-me de todos. Tentei meter as mãos em Horizon Zero Dawn: The Frozen Wilds, mas o que me pareceu é que eles meteram o videojogo principal na consola e não se preocuparam em preparar uma missão de história da expansão, ou pelo menos, era isso que estava a acontecer na consola em que meti as mãos, e o videojogo original eu já tinha jogado até ao fim. Falando em videojogos que já tinha acabado, também Uncharted: O Legado Perdido esteve presente.

Wolfenstein II e The Evil Within 2 também estavam por lá a marcar presença, e ambos pareceram-me ser sequelas com grande melhoria aos já bons originais pelo pouco que joguei. Star Wars: Battlefront II também estava presente para dois jogadores, mas num modo de jogo team deathmatch povoado com bots. Sinceramente, pareceu-me bastante similar ao primeiro em termos de jogabilidade, o que na minha opinião é algo bom.

Para o fim, deixei dois grandes videojogos a serem lançados na primeira parte de 2018, disponíveis para experimentar. Detroit: Become Human parece ser, de longe, o videojogo mais complexo da Quantic Dream no que toca aos efeitos das nossas decisões. Existe sempre uma percentagem de sucesso da missão que sobe ou desce consoante as informações que conseguimos reunir na cena do crime. Nesta demo, somos um negociador de reféns, e temos de investigar a casa antes de avançarmos para o android com uma menina como refém no topo de um prédio à beira de cair.

Qualquer opção de diálogo, por mais indiferente que possa parecer, pode definir o rumo daquilo que vai acontecer. É aconselhável investigar a cena do crime ao máximo, mas também podemos avançar e falar com o android para tentar resolver a situação. Parecem haver múltiplos cenários que se podem desenrolar. Por exemplo, eu apanhei uma arma do chão e menti sobre isso, mas nunca tive hipótese de a usar, por isso dá-me ideia que num percurso diferente, o videojogo dar-me-ia essa chance. A Quantic Dream tem em Detroit: Become Human todos os elementos de um vencedor.

O remaster de Shadow of the Colossus é simplesmente incrível. Os gráficos são fascinantes e de deixar o queixo caído. A jogabilidade foi refinada para os tempos modernos e funciona. Os monstros continuam tão incríveis como sempre. Para experimentar, foi-nos dado o colosso 1 e o colosso 13. O colosso 1 parecia ter o tamanho de uma montanha, e antes de o podermos derrotar tínhamos de o enfraquecer numa perna, e depois continuar a trepar até chegar-mos à sua cabeça.

O colosso 13 era um monstro voador, para o qual tínhamos de saltar quando se aproximava da Terra, e provocava um desafio muito maior a quem experimentava. Trepar e matar estas criaturas é algo monumental, e dá uma sensação de grande satisfação a quem experimenta. Os movimentos da personagens também estão bastante fluídos e dá um enorme prazer passear de cavalo pelo mundo dantesco e divinal do videojogo. Mal posso esperar por mergulhar neste mundo em Fevereiro, quando o videojogo for lançado.

No geral, apesar de alguns problemas na organização no stand da Playstation, a Lisboa Games Week continua a ser uma experiência divertida e diferente. É sempre bom ver estes eventos a decorrer em Portugal, e ainda melhor vê-los a crescerem de dimensão. Era bom que existissem mais algumas demos de videojogos ainda por sair, mas tivemos um bom conjunto nesse aspecto este ano, que podia ser pior (o ano passado foi, por exemplo). É um evento que planeio continuar a visitar e que merece o apoio dos portugueses.

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