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Como parte da Blizzcon da Activision Blizzard, o primeiro trailer foi oficialmente lançado para Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos.
O mundo dos Orcs está a ser atacado e eles acabam no reino do homem à procura de um novo lar – os Humanos, como parece, não estão particularmente interessados em partilhar o seu mundo com estas «bestas». Mas o que pôs os Orcs em fuga não vai descansar e para sobreviverem os dois lados têm que juntar forças para lutar contra este novo inimigo.
Apesar de este filme ter tirado algumas sugestões da saga O Senhor dos Anéis em termos de estilo, sem dúvida que o facto de os Orcs serem personagens importantes em vez de serem simples inimigos para serem mortos em massas, dão a Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos um enorme toque de originalidade. E apesar de ser preocupante que os enormes seres em CGI pudessem parecer estranhos ao lado de pessoas verdadeiras, o rápido shot que se vê deles juntos parece funcionar muito bem.
O próximo ano vai ser um enorme ano para adaptações de bandas-desenhadas, mas também tem o potencial para ser o ano das adaptações de videojogos – em 2016 vai sair Assassin’s Creed e Warcraft, e ambos vão tentar quebrar a infame maldição das adaptações cinematográficas de jogos.
Apesar de videojogos ser um meio muito popular, eles não têm sido bem traduzidos para cinema – apenas este ano, o reboot de Hitman chamado Hitman: Agente 47 continuou com essa tendência depois de ter sido odiado pelos críticos e só ter feito 82.2 milhões de dólares mundialmente. Muitos têm esperanças que os próximos filmes baseados em jogos possam trazer uma nova credibilidade ao género, o realizador de Warcraft Duncan Jones está confiante que conseguem.
Há um par de coisas. Uma coisa que eu diria é que esse estigma costumava estar agarrado a filmes de bandas-desenhadas também. Foi preciso uma geração de cineastas que adoram e cresceram com bandas-desenhadas para fazer filmes que tu realmente gostasses e sentisses algo por eles. Eu acho que é absolutamente o que se está a passar com filmes de videojogos. Eu sou absolutamente da geração de videojogos, começando na Atari e Commodore 64 e a Amiga. Eu sou gamer no coração e sempre fui. Eu também sou um cineasta. Eu penso que as minhas sensibilidades sobre narrativa e personagens automaticamente entrem em jogo quando estou a tentar trabalhar em qualquer tipo de narrativa. Para mim, não interessa realmente qual é a fonte da narrativa. Eu estarei à procura de formas de a fazer uma história intrigante com personagens compreensivas.
A Marvel Studios já provou que é possível pegar num source material obscuro e transformá-lo em ouro cinematográfico quando é bem tratado – como Guardiões da Galáxia – por isso algo tão popular como Warcraft pode facilmente tornar-se num filme de sucesso se receber fortes críticas. Como Jones indica, a chave é criar uma história com se consegue ligar com a audiência e os faz sentir algo – e se a pessoa por detrás das câmaras é apaixonar e entusiasmada pelo que está a fazer, então há uma maior possibilidade de o conseguirem e dar aos fãs uma experiência memorável.
Mas claro, é preciso pensar em mais do que apenas os fãs.
Eu acho que uma das razões porque demorou tanto tempo para este filme ser feito é que havia muitas prioridades e muitas preocupações sobre o que este filme precisava ser e como absolutamente tinha que ser algo que te pudesses aproximar e ver se não soubesses nada sobre Warcraft. Isso foi realmente uma linha muito complicada de se percorrer, ter a certeza que os fãs sentissem mesmo que este era o seu mundo e ao mesmo tempo apresentá-lo de uma forma às pessoas que não sabia nada sobre ele. Peter Jackson passou por isso com A Irmandade do Anel. Haveria sempre uma base de fãs hardcore por Tolkien que o iria chatear se não abordasse as coisas de uma maneira que fosse fiel aos espirito do trabalho de Tolkien. Obviamente, não temos a mesma quantidade de história que Tolkien tem. É uma base de fãs diferente, que de alguma forma se sobrepõe.
Mas esses fãs mais renhidos não têm que se preocupar.
Easter eggs são um dos elementos mais divertidos de qualquer franchise, que apela aos fãs da source material, e os cineastas muitas vezes adicionam floreios ou detalhes e referencias que apenas esses devotos de longa data vão perceber – e Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos obviamente vai tê-los.
Duncan admite:
Existe uma boa quantidade de observadores de easter eggs por aí. Há uma abundância de material, mantendo a tradição.
Duncan Jones anda a prometer não apenas um bom filme, mas um excelente filme há já dois anos – a expetativas estão em alta simplesmente porque é uma propriedade tão conhecida, mas a Legendary Pictures e a Universal querem transformar Wracraft no próximo grande épico de fantasia.
Esperemos que consigam – já está na altura da maldição ser quebrada.
A lutar pela Aliança está Dominic Cooper como Rei Llane Wrynn I, Travis Fimmel como Anduin Lothar, Ben Foster como Medivh, Ben Shnetzer como Khadgar e Ruth Negga como Lady Taria; e do outro lado da guerra, com A Horda está Clancy Brown como Blackhand, Toby Kebbel como Durotan, Robert Kazinsky como Ogrim, Daniel Wu como Gul’Dan, e também Garoma de Paula Patton.
Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos tem data de estreia em Portugal a 9 de Setembro do próximo ano, por alguma razão que não se percebe três meses depois da sua estreia nos Estados Unidos.
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