Guerra… A guerra nunca muda (bem, excepto no Metal Gear Solid 4). Mais uma vez visitamos um mundo pós-apocalíptico no universo dos videojogos… E como é numa consola da Nintendo isso implica que tenha animais falantes, por alguma razão, com a raça humana fora de vista. Mas desta vez não fomos para o fundo do oceano, a nossa nova paragem é no velho faroeste.
Dillon’s Dead-Heat Breakers é a terceira entrada desta série para a 3DS e é de facto um videojogo muito curioso. É uma grande mistura de géneros e conceitos, algo que pode parecer uma grande salgalhada à primeira vista, mas tem mais que se diga. A protagonizar esta aventura temos duas personagens jogáveis: Dillon, um armadilho bem veloz que se movimenta em jeito de roda, e uma versão animal de um avatar Mii à escolha do jogador.
Dead-Heat Breakers tem um calendário próprio que dita o que o jogador tem de fazer. Em dias intercalados, jogamos com Dillon na sua missão para defender várias povoações em pequenas partidas de Tower Defense. O objectivo é proteger o gado de Scrogs, uns porquinhos com a forma de empadas, de uma raça alienígena de monstros rochosos denominados Grocks.
Como é típico de um Tower Defense, temos que na fase inicial atribuir atiradores contratados previamente para as suas posições do mapa, fortalecer as nossas fortificações, extrair materiais de meteoros, etc… É nos dado tempo suficiente para fazermos estas preparações sem que nos sintamos demasiado apresados, mas também não é longo o suficiente para retirar completamente a tensão.
Quando a batalha dá o seu inicio, os Grock começam a atacar as nossas infraestruturas. Nesta fase temos que eliminar as forças inimigas que sobrevivem aos ataques dos nossos artilheiros. As batalhas passam-se numa pequena arena própria quando tocamos num inimigo no mapa principal. Os controlos fazem lembrar basicamente Sonic em 3D, só que não são assim tão maus quanto isso (A câmara é igualmente má no entanto…). Para ajudar também podemos dar instruções ao nosso Mii para ajudar a limpar o mapa com o ecrã táctil.
Na última parte temos de fazer uma corrida atrás de uns Grock motorizados e destruir o que resta das suas forças. Se o jogador falha nesta parte, leva com uma última onda de inimigos em cima que é realmente muito difícil de parar sem evitar estragos.
Esta parte pode parecer complexa a vários níveis e a partir da segunda metade do videojogo é realmente difícil conseguir classificações boas nestas batalhas. Mas na verdade é mesmo muito difícil perder completamente nestes modos. A dificuldade é mesmo muito mais baixa do que parece à primeira vista.
Nos outros dias controlamos o Mii na cidade onde, no fundo, temos que gerir todas as outras operações necessárias: Comprar equipamento, vender os tesouros que encontramos, entregar material para construir peças para o armamento, etc… E claro adquirir fundos para suportar as nossas peripécias. Podemos trabalhar num supermercado onde gerimos o stock das prateleiras e fazemos o papel de caixa para os clientes, ou num centro de reciclagem onde temos de separar o lixo. Em alternativa podemos ganhar prémios na arcada, ou inscrever o Dillon em partidas de velocidade em contra-relógio na arena.
Em termos de grafismo, considerando que estamos a falar de uma consola da geração passada, não se pode esperar assim muito daqui. Mas acho que o novo estilo artístico mais sombrio a comparar com as outras entradas deu outro nível de apresentação, com muito mais qualidade.
Dead Heat-Breakers faz lembrar uma espécie de Animal Crossing lite num mundo pôs apocalíptico apresentado a estilo buffet. Todas as partes são simples quando apresentadas sozinhas, mas o pacote completo dá uma experiência muito interessante que trás algumas semanas de vida à velhinha 3DS. Vale a pena arranjares este videojogo se ainda andas com a consola de dois ecrãs no bolso.
Dillon’s Dead Heat Breakers já está disponível para Nintendo 3DS.
