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No outro dia estive a pensar porque é que é costume irmos da esquerda para direita em videojogos de plataformas. Será porque esse é o sentido que sociedades ocidentais costumam usar para ler e escrever? Será porque a abcissa zero é normalmente colocada do lado esquerdo relativamente aos valores positivos, tanto em computação como na matemática mais geral? Ou foi simplesmente um standard definido por videojogos mais antigos como o Pitfall! da Atari?

Neste “Histórias de um Pixel” vamos falar de um videojogo conhecido por quebrar esta convenção, uma experiência onde a falta de linearidade reina. Esta série está longe de ser a mãe deste conceito, mas teve impacto suficiente no mundo das consolas para dar o seu nome a um novo sub-género. (Houve uma altura em que os FPS se chamavam clones de Doom, por exemplo).

Vamos falar do remake do primeiro Metroid, chamado Metroid: Zero Mission para o Game Boy Advance. Porquê pegar nesta versão e não no original? Zero Mission melhorou todos os aspectos do seu antecessor de 1986, ao ponto de servir completamente como substituto dessa entrada.

Para quem não conhece, esta série consiste num universo futurístico de ficção científica, onde jogamos no papel de Samus Aran, uma caçadora de prémios de armadura futurista e canhão na mão. A sua missão em Zero Mission é infiltrar-se na base subterrânea de um grupo de piratas espaciais no Planeta Zebes e eliminar uma das suas armas mais poderosas… Os perigosos parasitas Metroid e a sua líder, Mother Brain.

Quando começamos a jogar, a primeira reacção é avançar em frente, saltar nas plataformas e eliminar os inimigos a tiro. Mas muito rapidamente o nosso caminho é bloqueado por uma passagem demasiado pequena para prosseguir. Na verdade, mesmo antes do sítio onde começamos o videojogo, havia um item que permitia à Samus transformar-se numa bola para poder passar por locais estreitos e pequenos. A solução é voltar para trás.

A partir deste ponto é perceptível que Zero Mission, tal como o Metroid original e o resto da série, passa-se sempre num mapa único com vários ramos e localizações diferentes, tendo mais em comum com franquias como Legend of Zelda, do que coisas como Mega Man.

Muito dos locais estão bloqueados ou demasiado altos para Samus alcançar logo de inicio. Afinal o seu Power Suit tem um alcance de tiro demasiado curto, não se consegue elevar muito alto entre outras peculiaridades chatas. (Os mais atentos até reparam que este não é bem o mesmo fato típico que Samus usa nas outras entradas…) Mas a sua sorte, é que Zebes pertencia a uma raça de pássaros humanóides, chamada Chozo. Foram eles que fizeram a armadura da protagonista. Assim sendo, existem vários tipos de armamento e upgrades de mobilidade para utilizar espalhados por todo o planeta.

Mas isso não chega para ultrapassar qualquer desafio. É verdade que o mapa te dá sempre uma vaga ideia para onde o jogador tem de ir, mas se não estás atento podes ficar umas boas horas a andar em círculos. Metroid está sempre recheado de passagem secretas, muitas delas necessárias para a progressão da aventura. Tens de estar sempre atento ao típico bloco estranho fora do sítio ou a outro tipo de pista menos convencional. Apareceu um inimigo do outro lado da parede? Passagem Secreta! Custa ao inicio, mas é o tipo de momento que faz as delícias a aqueles que gostam de explorar.

Zero Mission, além de novas batalhas boss, tem uma nova secção após a batalha final. Nessa jogamos com Samus sem o seu Power Suit, e teremos de nos infiltrar numa  das naves dos piratas do espaço sem accionar os seus alarmes. Outra onde ela adquire finalmente a armadura que usa no resto da série, onde o famoso modulo “Varia” dá à caçadora os seus ombros icónicos e acesso a mais upgrades. Em termos de história é um momento onde temos um pequeno olhar na relação de Samus e os Chozo.

Os bónus não acabam aqui. Se tiveres o outro videojogo Metroid do Game Boy Advance, o Fusion podes descobrir qual é a história por detrás da protagonista e o seu Némesis, o capitão dos piratas espaciais Ridley e também um pouco mais sobre a infância de Samus em Zebes.

Se nunca jogaste Metroid ou se o próprio estilo de jogo ligado ao “Metroidvania” é te desconhecido este é um excelente sítio para começar. Recomendo-te vivamente!

Quando é que ouviste falar da Samus pela primeira vez?

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Sou um mago vermelho da cromice, com pontos alocados principalmente nos videojogos. Adoro o ar livre e esticar as pernas.

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