Com o lançamento da Xbox e da Playstation 2 veio o boom dos videojogos, e, com esse boom, vieram videojogos excelentes e videojogos péssimos. Entre os inúmeros videojogos lançados popularizou-se um novo género, os videojogos de acção furtiva. Estes já existiam antes, no entanto, com o 3D ganharam força, e, através de títulos como Splinter Cell, Hitman e Metal Gear Solid, tínhamos aqui grandes indicadores para o que viria de seguida.
The Great Escape no entanto, não é excelente, mas também não é péssimo. É para mim uma boa adaptação e homenagem ao filme homónimo, filme este que é um dos melhores e mais desvalorizados no que toca ao tema da Segunda Guerra Mundial. Tanto o videojogo como o filme retratam um acontecimento verídico, a fuga de prisioneiros de um campo de concentração através de túneis subterrâneos. A nossa tarefa é ajudar na construção e manutenção destes túneis de forma a libertarmos o maior número possível de prisioneiros.
É notável a inspiração que o videojogo tem em títulos como Metal Gear Solid ou Tom Clancy’s Splinter Cell. Toda a mecânica da acção furtiva provém destes dois títulos, no entanto, a acção furtiva em The Great Escape traz mais falhas do que Metal Gear e Splinter Cell juntos. Tenho de ser franco pois a mim não me faz confusão, tenho ambos os títulos em consideração no topo do género portanto é normal que qualquer videojogo que saia esteja abaixo
As missões são bastante variadas, sendo que passamos de acção furtiva num castelo para conduzir um tanque ou uma mota, o que vai refrescando as falhas que existem. Creio que tentaram ao máximo manterem-se fiéis ao filme, o que implicava diversificarem o videojogo, assim foi feito. Há missões bastante difíceis, o que se pode tornar um desafio para muita gente pois há quem desista ao menor sinal de dificuldade. Esse no entanto, é o meu tipo preferido de videojogos, creio que temos uma sensação de glória quando o acabamos (não fosse eu masoquista pela série SoulsBorne).
Escolhi este videojogo porque tenho uma pancada enorme por videojogos de acção furtiva. Então, quando me dizem que existe um videojogo baseado em um dos meus filmes preferidos, só não fui a correr comprá-lo porque tenho carro. E valeu bem a pena. Ao todo são 18 missões que temos de ultrapassar para atingirmos a liberdade (ou talvez não). Algo que gosto muito é o facto de podermos jogar com várias personagens, cada uma com a sua habilidade especial, o que nos faz interpretar várias histórias, algo que não é comum neste género de videojogos.
Jogamos como MacDonald, que sabe falar alemão para se fazer passar como guarda; Hendley, que consegue saquear tudo o que esteja à vista; Hilts, o homem que abre todas as portas; E por fim, Sedgwick, o engenhocas que arranja tudo. Sendo que o videojogo é baseado no filme, foi possível utilizar certas falas das personagens (como por exemplo as de Steve McQueen), o que ajudou bastante na imersão de jogo. Para quem não está habituado a este tipo de videojogos, creio que este será um bom ponto de partida. O único problema que encontro é a câmara, que por vezes decide fazer uma rave convidando-se apenas a si própria.
Eu gosto muito deste videojogo como já o disse, assim que o comecei a jogar não o larguei até o acabar. É verdade que não é um jogo excelente nem tem uma narrativa como muitos têm. Creio que o objectivo dos videojogos é divertirmo-nos e foi absolutamente o que eu fiz.