Partilha no Facebook
Partilha no Twitter

DK3-CVR-comps-KubertD-d895a

Dark Knight III: The Master Race #4 de Frank Miller, Brian Azzarello, Andy Kubert e Klaus Janson leva a série até meio caminho do fim, com os Kandorians a preparem-se para atacar o planeta e Batgirl também se põe a mexer.

Este fascículo tem heroísmos mais diretos do que as pseudo-homenagens taciturnas dos capítulos anteriores, embora – tal como nos outros livros – muito da ação se passe enquanto Batman continua nas sombras. O tom é um pouco diferente, mas este é um capítulo tão merecedor como os anteriores – ainda mais até – e Kubert e Janson fortalecem-no com visuais fortes e quase assombrosos, enquanto os escritores elevam a tensão ao ponto de transformarem a história num verdadeiro thriller.

Miller e Azzarello começam a história com Super-Homem a enfrentar não apenas os Kandorians mas também alguém muito mais próximo de si, com a capital da nação a mostrar as feridas da batalha – os leitores podem facilmente perceber a intencional alegoria política, principalmente com a cabeça falante sem nome, mas que é facilmente reconhecida como Donald Trump. Mais tarde, há um paralelo religioso ainda mais óbvio, quando o próprio povo de Super-Homem se vira contra ele e só falta crucificá-lo, com ele vencido e ensanguentado aos seus pés. Também há outra imagem simbólica, quando se vê o sangue do Super espalhado pelo Ártico, pontuado por uma formação quase blitzkrieg de Kryptonians a flutuarem sobre a cena, evocando o Nazismo e a sua autoproclamada “master race”.

Embora se foque muito no Super-Homem, os criadores não se esquecem que o Cavaleiro das Trevas é o mais importante nesta banda-desenhada e a cena depressa se vira para o Batman enquanto ele se prepara para um conflito tão inevitável como impossível. Os leitores podem agora finalmente espreitar o Batman que estavam à espera, tal como um inesperado – mas demasiado breve – regresso de um herói conhecido.

A mini-banda-desenhada desta edição é sobre como Bruce dá a Batgirl, aka Carrie Kelley, a sua própria missão, sendo novamente desenhada por Miller e ele parece fazer de propósito para dar uma feiura às personagens das suas histórias. Aqui também há um regresso de outra personagem desaparecida, se bem que – e ao contrário da outra mais acima mencionada – esta parece que vai ter um papel maior em futuros livros.

A arte em geral continua excelente nesta série – por exemplo, na página de abertura Kubert e Janson mostra o aparente destino de Ray Palmer depois dos eventos do último fascículo e é exposto pelos artistas de uma forma que lhe dá uma textura tipo Miller – a inspiração de O Cavaleiro das Trevas Regressa continua forte. Há algumas páginas com arte apenas em lápis, de Kubert, no fim, que são um bónus muito bom.

DKTMR-4-5-aae11

Miller, Azzarello, Kubert, e Janson melhoraram neste fascículo e tanto a história e os leitores só beneficiam com isso. Dark Knight III: The Master Race #4 prova que apesar dos percalços dos dois últimos meses, a série tem muito para dar.

Lê mais sobre The Dark Knight III: The Master Race.

Continuas a ler esta série?
  • LÊ MAIS SOBRE
  • Andy Kubert
  • Batgirl
  • Batman
  • Brian Azzarello
  • Críticas
  • Dark Knight III: The Master Race
  • DC
  • Frank Miller
  • Klaus Janson
  • Super-Homem
Partilha no Facebook
Partilha no Twitter
DIZ ALGO SOBRE ISTO!
Este espaço é disponibilizado para comentários sobre o tema apresentado nesta publicação. Respeita a opinião dos outros e mantém a discussão saudável.
Os comentários são moderados de acordo com os Termos de Uso.
É possível deixar um comentário em anónimo. Basta clicar no campo de texto "Nome" e seleccionar a opção "Publicar comentário sem iniciar sessão".