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“Watchdogs”

Bem vindos a mais uma discussão desta fantástica série. A sério, estou mesmo convencido que esta é das melhores coisas na televisão actualmente, mas isso pode ser o fã dentro de mim a falar. Mas acho que não. Mas é possível, porque este episódio tem tanto fanservice!

Mas também tem tanto de tudo o resto! É impressionante como eles conseguem introduzir tantos elementos narrativos num único episódio de 45 minutos, e ainda assim não fazê-lo parecer sobrecarregado, e dar-lhe um ritmo excelente.

No entanto, e posso estar errado, mas não sentiram que os últimos dois ou três episódios não estão a ter aquela velocidade assombrosa da primeira metade da temporada? Isto não é uma crítica, queria mesmo só saber se é impressão minha. Eu gosto quando a série desacelera um bocadinho para nos dar mais desenvolvimento de personagens e build-up.

Para além disso, esta segunda metade da temporada está muito presa à estreia do Capitão América: Guerra Civil, e é natural que tenha de ajustar o seu ritmo e desenvolvimento à volta desse constrangimento.

Este episódio começa com uma cena familiar entre o Mack e o seu irmão Ruben, que conhecemos pela primeira vez.

O Mack tem vindo a ser uma personagem cada vez mais adorada pelos fãs, e é interessante vermos um bocadinho mais da sua personagem, sobretudo numa dinâmica familiar. Percebemos que o irmão de Mack não sabe que ele trabalha para a SHIELD, e que de alguma forma se ressente das ausências frequentes e inexplicadas do seu irmão, sobretudo porque parece estar a sustentar a sua casa de família e a ajudar os pais.

Enquanto conversam sobre motas e sobre os seus pais, vêem nas notícias que um grupo de terroristas, os Watchdogs, fazem rebentar um armazém pertencente à ATCU. Este grupo já tinha sido mencionado no episódio anterior como sendo um grupo de internet que persegue Inumanos, mas só agora realmente os vemos ou percebemos quem são. Tenho pena que a introdução deste grupo tenha sido tão repentina. Gostava muito mais que já tivessem vindo a ser mencionados ocasionalmente há mais tempo.

O que é muito interessante é a reacção do Ruben aos Watchdogs, quando o Mack volta a casa, depois de ter ido investigar o armazém que eles fizeram explodir. O Ruben parece ser um apoiante dos Watchdogs! Adoro esta caracterização do Ruben, como um homem comum que, face a problemas económicos e a um governo só lhe dificulta ainda mais a vida, começa a sentir afinidade por um grupo com uma mensagem de ódio, anti-governo, que advoga a violência contra uma minoria que demoniza e que culpa por todos os problemas da sociedade.

AoS Mack Ruben

Entretanto, o Coulson descobre (não se percebe muito bem como) que é o Blake que está por detrás dos Watchdogs. Lembram-se do Blake? Era um dos outros agentes da SHIELD que aparecia muito na primeira temporada? O problema é que ninguém sabe onde está o Blake.

A Daisy revela que já andava a seguir os Watchdogs na internet há algum tempo e que até sabem quem é que alguns deles são, e sugere irem atrás de um deles para lhe retirarem informação.

O Mack responde que isto é uma estratégia da Gestapo, ir atrás de pessoas e intimidá-las por causa das suas opiniões.

A Daisy responde que isto é um grupo terrorista perigoso que pode magoar muita gente, e que se ela tem poderes então deve usá-los para fazer alguma coisa acerca disso.

O Mack responde com uma frase excelente: “It’s not about how they act; it’s about how we respond“.

E aqui, caros espectadores, temos o conflito que provavelmente vai estar presente no Capitão América: Guerra Civil. Ter super-poderes e querer usá-los versus o risco de usar esses poderes abusivamente. Gosto imenso que esta série esteja a criar bases para o conflito do filme, e que, muito certamente, terão imensas consequências depois dos eventos do filme. Isto deixa-me muito entusiasmado não só para o filme mas para toda a série depois do filme!

E a Daisy está a ficar bastante implacável com o uso dos seus poderes! Por um lado adoro vê-la mais autónoma e com iniciativa e a usar os poderes de forma bad-ass. Por outro lado a maneira como ela arrasta o coitado do Fitz para a situação, e o facto de ela parecer estar a divertir-se enquanto intimida o membro dos Watchdogs deixa-me de pé atrás quanto a ela. Esta ambiguidade é deliciosa!

AoS Daisy Watchd

Entretanto, pelo meio disto tudo, temos algum desenvolvimento da plotline da Simmons a lidar com a sua própria autonomia, competência, e a lidar com as consequências das suas acções, e algum desenvolvimento da May e da sua relação com o Andrew. Isto ainda vai ser muito relevante nos próximos episódios, de certeza.

E é interessante que durante as últimas semanas as pessoas na internet andavam todas a queixar-se “A Simmons não é autónoma o suficiente, precisa de ser mais competente. Parece que a Simmons se esqueceu que libertou o Lash e ele matou uma data de Inumanos, porque é que ninguém fala disso!”, e agora a série aborda exactamente essas duas coisas.

Obviamente, que a série já foi escrita há muito tempo, e que não está a reagir aos comentários das pessoas da internet. O que isto significa é que os escritores são inteligentes o suficiente para anteciparem que perguntas é que os espectadores vão fazer e dar-lhes uma resposta.

De qualquer modo.

Depois de terem a informação que precisam, a Daisy, o Mack e o Fitz vão ao lugar onde os Watchdogs estão escondidos para descobrirem mais informações, ao mesmo tempo que o Phil Coulson leva o Lincoln atrás do Blake.

Há toda uma lição de moral que o Phil Coulson ensina ao Lincoln acerca de lealdade e compromisso a uma causa e no fim parece que está tudo bem e que o Lincoln pode pertencer à equipa. Meh, continuo a não me importar muito com o Lincoln, e começa a incomodar-me que a série esteja a tentar há tanto tempo que eu me importe com ele, e continuo sem ter grande investimento nele. Será por má escrita ou um mau casting da personagem? Se calhar a personagem ainda vai melhorar.

No lugar onde os Watchdogs estão escondidos, quando a Daisy o Mack e o Fitz estão a observá-los, chega o irmão do Mack, o Ruben, que tinha ouvido o Mack a dizer para onde ia numa cena anterior. A partir deste momento começa a correr tudo mal quando o Mack tem de ir atrás do irmão e a Daisy começa a usar os seus poderes de forma impulsiva, o que leva a que o Fitz tenha uma bomba colada ao pescoço.

AoS Fitz

Depois de alguma dificuldade em resolverem o problema da bomba no pescoço do Fitz, percebem que os Watchdogs pensaram que era o Mack que tinha super-poderes, e que vão atrás dele e do irmão.

Apesar de haverem melhores condições para resolver discussões ideológicas e conflitos emocionais fraternos do que estar a fugir de terroristas assassinos, o Mack e o Ruben conseguem fazer isso mesmo enquanto o Mack despacha os Watchdogs.

No fim do episódio descobrimos que o Blake foi usado pela Hydra para roubar o que parece ser uma bomba nuclear do armazém da ATCU.

Pelas minhas contas temos mais 4 episódios até à estreia do Guerra Civil, e os conflitos começam a compor-se. Temos a Hydra a reunir armas e a dar cada vez mais poder ao Hive; temos a SHIELD a ganhar membros ao mesmo tempo que se começa a dividir quanto à questão da ética de usar super-poderes ou não; temos agora os Watchdogs liderados pelo Blake.

Isto promete.

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E, para grande alegria dos fãs, que exigem interconectividade entre as várias séries e filmes da ATCU, deixem-me enumerar tudo o que este episódio nos deu:

  • Menções aos Avengers.
  • Menções aos Chitauri e à Batalha de Nova Iorque.
  • Menções ao Ultron e a Sokovia.
  • O explosivo usado é a Nitramene, introduzida na primeira temporada de Agent Carter.
  • O regresso do Blake e menções ao Deathlok (dando continuidade a esse sub-enredo).
  • Guerras de gangues na Hell’s Kitchen, a primeira menção a uma série da Netflix (Demolidor).
  • Menção ao Damage Control, que provavelmente será uma série de comédia.
  • E, finalmente, o Shotgun-Axe combo que o Mack tanto queria!!!

[youtube url=”https://youtu.be/u1MZ2JrVZC4″]

Concordas com a Daisy ou com o Mack?
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Gui Santos
Sou um cinéfilo viciado em narrativa, dado a devaneios pretensiosos, e a ficar constrangedoramente entusiasmado com tudo.

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