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“Let Me Stand Next To Your Fire”

Cá estou eu outra vez! Ainda ando em mudanças, mas depois da excelente discussão que o Daniel fez na semana passada, fiquei ainda mais entusiasmado para escrever a discussão deste episódio, apesar de ainda ter a casa às costas.

E é só impressão minha, ou este episódio foi ainda melhor do que os anteriores? Pode ser pelo facto de que os episódios mais expositivos já estejam relativamente despachados, e agora a acção está realmente a desenvolver-se, ou pelo facto de que os vários sub-enredos começam a misturar-se uns com os outros, ou simplesmente pelo facto de que a montagem neste episódio está mesmo muito boa, mas eu sinto que este episódio foi um salto positivo de qualidade em relação aos anteriores.

Sim, o Fitz tem razão, “cozy” significa pequeno e “charming” significa velho. Ando à procura de casa nova e relaciono-me bem com isso (prometo que é a última vez que menciono que estou em mudanças). A Simmons quando chega ao seu novo apartamento encontra a Daisy a sangrar! Adoro como a relação delas se reata quase imediatamente, e a maneira como interagem é extremamente credível. Ver a química entre as duas personagens quase que gera nostalgia pelos bons velhos tempos em que a vida era simples, antes dos Inumanos e do Hive e da Hydra, quando tudo o que tinham de fazer era caçar o vilão da semana. É fascinante constatar a evolução destas duas personagens agora que se reencontram em circunstâncias tão diferentes.

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A Daisy convence a Simmons (entenda-se: aponta-lhe uma arma) a ajudá-la a descobrir quem é que anda a descobrir as localizações dos outros Inumanos e decidem infiltrar a sede da S.H.I.E.L.D. com um plano complicado e rebuscado. A Simmons atira esse plano pela janela e simplesmente aborda a Agente responsável pelos servidores e diz-lhe para meter a pen drive com o vírus da Daisy dentro dos computadores, simplesmente porque é a Chefe e as pessoas fazem o que ela manda. Esta cena, para além de ser muito divertida, é mais uma vez um paralelismo daquela cena na primeira temporada em que a Daisy e a Simmons também têm de se infiltrar na Sede da S.H.I.E.L.D., e a Simmons tem de mentir ao Agente Sénior Jasper Sitwell, e acaba a disparar sobre ele. Desta vez, no entanto, a Simmons cresceu imenso em auto-determinação e confiança, e é a vez dela de ser uma Agente Sénior.

O Coulson e o Mack, depois de serem ignorados pelo Eli Morrow, tio do Robby Reyes e ex-funcionário da Momentum Labs, cruzam-se com o Robby Reyes mesmo à porta da prisão. Esta é a deixa para uma sequência de perseguição entre a Lola do Coulson e o Muscle Car do Robby, por paisagens clássicas de Los Angeles. Sim, obrigado! Eu gosto quando me fazem fan-service desta qualidade.

No fim conseguem capturar o Robby Reyes e prendê-lo no avião. É muito giro ver os constantes revirar de olhos que toda a gente faz quando o Robby diz que fez um acordo com o Diabo, mas isso é contraposto de maneira interessante pelo Mack que mais uma vez assume a sua crença em Deus, afirmando que se acredita num, também tem de acreditar no outro. Apesar do cepticismo de Coulson (que já conheceu Deuses pessoalmente), ele decide negociar com Robby e convence-o a ajudá-los.

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O Robby regressa à prisão para convencer o tio a dar-lhe mais informação. Descobrimos imensa coisa nesta cena. Não só que o tio estava a trabalhar numa coisa chamada Quantum Particle Generator, mas que o líder da equipa sabia que era perigoso e mesmo assim insistiu para avançarem com as experiências o que resultou na morte da equipa (que agora são fantasmas homicidas), que o tio lhe deu uma sova por vingança (e isto parece ser relevante para o Robby), e que a equipa estava obcecada com um livro chamado Darkhold!

Contrariamente ao Daniel, eu gosto muito que eles estejam a dar explicações científicas aos fenómenos místicos que estamos a ver. O nome Quantum Particle Generator estabelece ainda mais uma ligação entre o Quantum Realm de Homem-Formiga e o mundo mágico de Dr. Estranho. O livro Darkhold é importantíssimo neste contexto. Na banda-desenhada, o Darkhold é um livro mágico e incrivelmente poderoso, criado na antiguidade da história do Universo Marvel, pelo Deus Demónico Chthon. Desde essa altura o livro passou pela Atlântida, foi usado para criar Varnae, o primeiro vampiro, foi usado pelo feiticeiro Zula contra Thugra Kothan, um adorador de Set, foi possuído por Morgan Le Fay, usado para criar lobisomens, Merlin tentou destruí-lo, e, no fim, acaba na posse do Dr. Estranho. Será que vamos ver referências ao Darkhold no filme do Droutor Estranho? Mesmo que não, é mais uma ponte que liga todos estes mundos. #ItsAllConnected!

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Entretanto, a Daisy e a Simmons vão procurar o James. Lembras-te dele? Era um dos Inumanos que o Hive tinha controlado, e que tinha poderes de fogo. Na altura até pensámos que poderia ser ele a transformar-se no Ghost Rider, mas afinal transformou-se só num inumano amargurado e vingativo que se odeia a si mesmo. A conversa entre eles demonstra isso mesmo, e não demora muito tempo até o James as trair, atraindo-as para uma armadilha, e revelando que esteve o tempo todo a trabalhar com os Watchdogs e que foi ele que lhes permitiu o acesso para descobrirem a localização de todos os outros Inumanos.

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Felizmente, e mesmo no último momento, chega o Robby Reyes e temos mais uma luta épica entre dois tipos com poderes de fogo. Não me canso de ver a transformação do Robby no Ghost Rider, e é muito engraçado que as correntes em fogo que o James já usa desde a temporada anterior (e que exactamente nos faziam pensar que pudesse vir a ser o Ghost Rider) sejam agora sim adoptadas pelo Robby Reyes, tal como a personagem usa na banda-desenhada.

Também adoro que o Coulson continue a ser o nosso substituto dentro da série, a fazer os comentários que nós faríamos se lá estivéssemos.

Mack: Did two fire dudes just jump into a warehouse full of fireworks?
Coulson: You had to see that coming.

Claro que o Ghost Rider dá um tareão monumental ao James e entrega-o ainda fumegante à S.H.I.E.L.D..

Entretanto, pelo meio disto tudo, temos o desenvolvimento do sub-enredo da May a recuperar na casa do Radcliffe, enquanto a andróide Aida está a tomar conta dela. Percebemos que isto é propositado, e o contacto com a Agent May funciona como um teste de Turing. As interacções entre o Fitz e o Radcliffe são muito divertidas.

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E concordo com o Daniel, há qualquer coisa que não me cai bem com a Aida. Ela está cada vez mais indistinguível de um ser humano, e agora o Radcliffe está a meter-lhe contradições éticas e ambiguidades morais na cabeça? Não há maneira de isso acabar bem. Cheira-me que a Aida e todo este sub-enredo da Inteligência Artificial e dos Surrogates vai acabar por se tornar no enredo principal na segunda metade da série, depois de passar estes primeiros episódios a fermentar.

Apesar disso a Simmons percebe imediatamente que a Aida é um andróide (o diálogo dela com o Fitz é giríssimo) e agora vai ter de mentir acerca disso no conveniente-ao-enredo detector de mentiras do próximo episódio! Tan-tan-tan!!!

No fim do episódio tanto o Robby como a Daisy estão agora outra vez sob o controlo da S.H.I.E.L.D.. O encontro entre Daisy e Coulson é muito carregado. Há tanto subentendido no curto diálogo que têm, percebemos tanto da desilusão e dor de Coulson por causa da traição de Daisy. O coulson passa completamente à frente disso e informa-os que agora a prioridade é encontrarem o Darkhold, porque como vimos numa cena anterior, a mulher fantasma do tal cientista que liderava o projecto acordou-o do seu coma para lhe perguntar onde está o livro.

Como achas que o Darkhold se vai tornar relevante?

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