“Always Bet Black”
Se esta temporada de Como Defender um Assassino começou electrizante, o 3º episódio da mesma não o foi assim tanto. Mais uma vez, Annalise Keating (Viola Davis) e a sua equipa estão encarregues de um novo caso, onde têm que defender um jovem abastado que, propositadamente, deixou uma rapariga a morrer – algo que vai contra a ética dos membros da equipa (e, na verdade, de praticamente toda a gente)- e deixou-se ser apanhado a fazê-lo.
Desenrolando-se o episódio à volta do caso, como já é costume, voltam-se a tocar nos assuntos que vão predominar esta temporada: o paradeiro de Frank (Charlie Weber) e a sua relação com Laurel (Karla Souza) e por sua vez com Annalise e Bonnie, o mistério de cada final de episódio, a relação precária de Oliver (Conrad Ricamora) e Connor (Jack Falahee), o trio amoroso Bonnie – Asher – Michaella ou a misteriosa namorada de Wes (Alfred Enoch).
Quanto a Frank, o pai de Laurel consegue descobrir, finalmente, o seu paradeiro e dá-o à filha, pedindo algo em troca primeiro: concordar em participar num dos seus negócios escuros. Entre isto, ainda há muito drama familiar. Quanto à rapariga hispânica, mente a Keating e diz-lhe que o seu pai não o conseguiu encontrar. Na parte final do episódio, Laurel recebe uma chamada de Frank.
Vão sendo cada vez mais óbvios os problemas nos relacionamentos das personagens: Connor e Ollie entendem-se cada vez menos; Bonnie (Liza Weil) descobre sobre o caso de Michaella (Aja Naomi King) e Asher (Matt McGory) e este facto parece abalar a relação que parecia ter chegado a um ponto de estabilidade, depois de andar bastante atordoada; Wes e a sua enigmática namorada, Maggy, zangam-se por causa de Laurel mas Wes insiste que não sente nada pela outra rapariga e que só tem olhos para ela – algo que não parece ser totalmente verdade. Nate (Billy Brown) e Annalise mantêm-se estáveis sendo que este vive cada vez mais em casa da advogada. No entanto, as mentiras de Annalise continuam a ser constantes e o polícia vai desconfiando cada vez mais. Nate é, neste episódio, um dos motivos que despoletam a grande reviravolta que há no caso.
Uma das coisas que pode ter passado despercebida aos espectadores foi a conversa que Annalise e Bonnie têm sobre alguns assuntos que são intrigantes e por vezes nos esquecemos. Primeiro, sobre o passado de Bonnie, que havia sido assediada (e também filmada) quando era criança. Segundo, o assassinato de Rebecca volta a ser mencionado, assunto este que tinha caído no esquecimento por parte dos argumentistas. Lembrei-me imediatamente do Wes – Será que ele alguma vez vai descobrir a verdade? Uma coisa é certa, isto ainda vai dar muito que falar.
Quanto à parte que mais tem cativado nesta série, a prolepse que se vai desenvolvendo no final de cada episódio, vai nos mostrando um novo mistério: a casa de Annalise Keating no campus da universidade onde dá aulas aparece completamente engolida em chamas e onde já se sabe que morreu alguém. Sabe-se posteriormente que Annalise é presa e pede a Olliver para lhe apagar tudo o que tem no telemóvel. Neste episódio, acrescenta-se a tudo isto uma nova descoberta: afinal estava mais alguém na casa em chamas e esse alguém está vivo! Para além disso já pode-se agora eliminar outra pessoa da lista de incógnitas. Bonnie aparece como advogada da professora universitária e exige falar com o detective que está no local do crime. Enquanto isso Ollie planta o telemóvel de Annalise sendo que este já havia sido ”limpo”.
Será que a cada episódio que avançamos nos vão revelando mais uma personagem que está viva? Por enquanto tudo o que podemos fazer é especular mas vai-se tornando cada vez maior a dúvida. Uma coisa é certa, sabendo o que sabemos sobre esta série, muita coisa má está para vir.