“Collaborators”
Eu não me consigo empolgar com The Strain. E isso é triste. É triste para mim porque adoro os livros e é triste para ti que lês as discussões. Desculpa mas é o que sinto e é isso que eu transponho para o texto. The Strain é medíocre, sempre foi, mas agora está aborrecido!
O que mais me chateia nesta série são todas as suas inconsistências. Tomaram a decisão de alterar a história dos livros e isso é válido. Mas não souberam planear e estruturar a história. E o mais grave disto é que os autores dos livros estão envolvidos na série, com o Chuck Hogan a participar activamente na produção da série escrevendo todos os episódios. Não se percebe, não se percebe mesmo. The Walking Dead, por exemplo, também é uma serie que alterou a história da obra original mas não deixa de ser uma história empolgante e bem escrita. The Strain não consegue atingir esse patamar, infelizmente.
Este episódio foi mais do nada, com pouco ou nenhum desenvolvimento. Comecemos pelo pólo do Fet e do Setrakian. Temos todo o desenvolvimento do passado do avô do Fet, com flashbacks elaborados e bastante tempo de antena. Para quê? A sério, o que interessa saber a história do avô do Fet? Não serve para nada!!!! Até podia interessar se trouxesse algo para a história, mas não trouxe nada, literalmente nada. Conhecer a história do avô do Fet não acrescenta nada ao suicídio dos pais dele, ou ao facto do pai ser demasiado exigente para com ele. E porque é que foram incluir a morte dos pais do Fet? Ok, é um momento de dor para a personagem e até de transformação, percebo. Mas os pais mal aparecem na série, não há qualquer envolvimento emocional com o espectador. E também não há qualquer envolvimento emocional com o Fet. O que é suposto ser assim. É como a personagem foi escrita. Não é suposto reagirmos emocionalmente ao que acontece com ele. The Strain não é sobre ele, nunca foi. O facto de lhe darem mais protagonismo na série deveria estar associado a uma reformulação da personagem, dar-lhe mas profundidade. O que não acontece. Tiraram a personagem dos livros e espetaram na série, mas quiseram dar-lhe uma relevância que a personagem não aguenta, porque não foi escrita para tal. Ficamos então com uma personagem à deriva e neste episódio foi evidente.
Não há nada de muito relevante para falar sobre a ida do outro grupo ao aeroporto, para ir buscar a caixa negra do avião. Continuo a não gostar da Dutch, o Quinlan é um badass e gostava que houvesse algum colecionável dele. O gajo é mesmo badass.
Por outro lado a história do Palmer está bastante interessante. Ele está a ser usado e é descarado. Claro que já sabíamos disso, e ele também sabe, mas neste episódio ficou evidente. Não lhe deixarem entrar no seu próprio navio é o cúmulo. Só acho que ele devia ter chamado os seus homens imediatamente e ter tomado o navio à força. Dar tempo para o Eichorst fazer algo foi um erro. E o que veio dentro do navio? Bem, se seguirem os livros, o que estava dentro do navio vai dar lugar a um evento que aconteceu no fim do segundo livro. E se isso acontecer vai ser empolgante, muito empolgante!!
E agora ao lembrar-me do final do segundo livro apercebi-me, mais uma vez, que o Gus e o Angel estão a ser completamente desaproveitados. Eles nos livros fazem parte do grupo. Será que ficarão mais relevantes agora? Espero que sim porque a sua dinâmica é muito boa.
The Strain continua morno e sinto-me triste. Isto podia ser muito, muito melhor!