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Um filme que entretém as crianças mas sem muito para contar.

Confesso que foi algo desgastante ver este filme da Sony Animation, que não é mais que uma exploração exaustiva do sucesso da obra precedente. Grande parte do filme é um arrastamento de uma história vazia, que Adam Sandler tenta preencher com piadas, pouco criativa e que deambula sobre os ideais do primeiro filme.

As novidades são a introdução do tema da tecnologia, a que os monstros se têm de adaptar, uma vez que abriram as suas fronteiras aos humanos, e como efeito, em algumas partes do filme, somos apanhados de surpresa com uma banda sonora energética, como o tema GDFR de Flo Rida. Outro tema abordado é o confronto que se faz sentir entre os ideais que tínhamos dos monstros temíveis e sanguinários de antigamente, com os monstros inofensivos que vemos hoje em dia serem cultivados nos filmes e na TV.

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O enredo principal do filme anterior, a tolerância entre monstros e humanos, é abordado nesta sequela através do neto de Drácula, Denis. Filho de Marvis (vampíra) e de Johnny (humano),  Denis cresce no Hotel Transilvânia, agora habitado por monstros e humanos (que nunca aparecem), onde todos se encontram sob a expectativa de saberem se o menino crescerá para se tornar um vampiro ou não. Drácula quer que o sangue do seu sangue continue a sua linhagem vampiresca, por isso insiste que a criança não é humana, que só precisa de acordar os instintos vampíricos em Denis antes dele completar 5 anos, que é a idade com que as suas presas já deveriam estar definidas.

Marvis, por outro lado, está convencida de que o seu filho é um humano, e como tal, o melhor é a família mudar-se para a Califórnia, para junto da família de Johnny, onde a criança poderá crescer normalmente entre humanos.

Depois de uns chatos 60 minutos desta história sem momentos altos, com Robert Smigel e Adam Sandler a ainda não saberem o que escrever para cativar o público, e para a criança não parecer um peluche que é arrastado de um lado para o outro, e que mal interage na história, lá aparecem os 20 minutos a que se resume todo o filme. No entanto, o final não tem muito impacto, não há build-up.

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A direção de Genndy Tartakovsky (Samurai Jack, Star Wars: Clone Wars, Power Puff Girls) foi dos melhores aspectos do filme, só superado pela animação, que é o que mais me interessou e se destacou. Saliento a forma engenhosa com que a Sony Animation conseguiu contornar as questões de expressividade dos tecidos e dos movimentos para dar aos personagens uma animação tão livre quanto uma animação 2D, com toda a profundidade do 3D, como Genndy Tartakovsky bem o desejava. Foi um processo que não se resumiu à animação de rigs e simulações, muitas poses foram desenhadas e depois esculpidas nos modelos, e por consequente as roupas ajustadas às suas formas. Isto culminou numa animação muito bela e fluída, cheia de expressividade.

Além da expressividade das personagens, há que destacar a expressividade da capa do Drácula, que tem tanta vida quanto uma personagem própria e apresenta uma animação muito fluída.

A nível criativo, tenho mesmo de tocar nisto, nota-se a tentativa de aproximação à Pixar, mas a criatividade não se revelou muita, e quando se revelou, não sei até que ponto foi apropriada. Um exemplo são os bolos que figuram no filme, quando uma personagem corta o bolo e as fatias animadas começam a chorar como crianças e o bolo soa à voz de uma mãe, ou quando aparecem almôndegas também a chorar – mas que raio! O que é que ia na cabeça desta gente? O que querem dizer às crianças com isto?

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Sinceramente, este é um filme que tem de ser visto pela sua animação. Se o que vos interessa é a história, não vos aconselho a irem ver Hotel Transilvânia 2. Talvez os miúdos se aborreçam do filme. É demasiado chato e tem um ritmo muito arrastado, para depois só render uns minutinhos no final.

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