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Na capa de Star Wars Special: C-3PO: The Phantom Limb pode-se ver o droid de protocolo favorito de toda a gente com o seu novo braço vermelho, ricamente pintado por Tony Harris, informando de imediato os leitores que esta história de James Robinson toma lugar na altura geral de O Despertar da Força – aqui é contada a história de como Threepio arranjou o seu novo apêndice.

Com a excelente escrita de Robinson, Threepio torna-se quase humano, o que dá ao droid os meios para carregar a sua própria banda-desenhada, um feito enorme para uma personagem que tem sido secundária durante as suas quatro décadas de existência. E embora ele seja de facto a personagem principal, ele não está sozinho e Robinson faz um excelente trabalho em estabelecer uma personalidade distinta para cada membro do elenco, tal como estabelece uma ligação pessoal entres eles. O escritor tem menos de quarenta páginas para contar uma história de sobrevivência, amizade e sacrifício, e não desperdiça nenhuma – e como os leitores podem descobrir, a história por detrás de seu novo braço é mais profunda e carrega mais poder emocional do que os fãs do mais recente filme provavelmente esperariam, e essa surpresa é o que eleva a história de Robison até um nível completamente diferente.

O significado da vida é um tópico recorrente nesta banda-desenhada, e é uma discussão especialmente interessante por vir de droids manufacturados, acabando por ser uma exploração pungente e fresca apesar de décadas de obras de ficção-cientifica a explorarem o mesmo tópico. Assim, a origem do novo braço de Threepio torna-se quase secundária – sim, a resposta está presente neste one-shot, mas esta é no fundo uma BD de guerra que examina questões morais de dever, de lutar pela vida, de sacrifício e abuso.

Harris trás um toque suave à arte, com linhas seguras e grossas, sombras escuras e cores cheias de texturas, e as personagens são todas imediatamente reconhecíveis e copiadas dos filmes de forma muito fiel. Os ambientes hostis também são definitivamente alienígenas, até para os padrões abusadores de Star Wars. Os seus layouts também dão muito espaço para o guião respirar e seguir a uma velocidade orgânica.

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Esta foi anunciada como uma banda-desenhada que iria simplesmente explicar algo que o filme não se deu ao trabalho de fazer, e chegou às bancas com meses de atraso, por isso as expectativas não eram muitas – mas Star Wars Special: C-3PO: The Phantom Limb acabou por revelar-se realmente especial.

Podes ser fluente em seis milhões de formas de comunicação, mas este livro merece ser comprado em qualquer linguagem.

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