Existe uma história na literatura moderna que Guillermo del Toro seria capaz de matar para fazer. Mas que história é esta que levariam o realizador até tais extremos?
Nada mais, nada menos, do que O Cemitério de Stephen King.
No seu Twitter oficial, del Toro tem enchido a sua conta com lindas seleções de arte gótica, filmes que ele acha que foram negligenciados pelas audiências, e uma longa lista de contos e livros que o realizador de Crimson Peak: A Colina Vermelha acredita que deviam ser lidos. E entre esses livros, chegou-nos esta confissão:
Book of the Day: PET SEMATARY by Stephen King. Unrelentingly dark and emotional. Compulsive reading. Would kill to make it on film.
— Guillermo del Toro (@RealGDT) 16 outubro 2015
Livro do Dia: O Cemitério de Stephen King. Implacavelmente escuro e emocional. Leitura compulsiva. Eu mataria para o fazer em filme.
Como a maioria dos cinéfilos já sabem, já há uma adaptação cinematográfica de O Cemitério, que estreou em 1989, realizada por Mary Lambert e adaptada para o ecrã pelo próprio Stephen King e foi um enorme sucesso entre as audiências e um sucesso de bilheteiras.
Mas é interessante notar que já houve planos para um remake por muitos anos e nunca aconteceu – por isso o que ganharíamos com outro realizador a tentar a sua sorte?
Por um lado, é fácil dizer que O Cemitério devia continuar morto – o filme original é um clássico e se King acertou à primeira, porquê tentar arranjar o que não está estragado? Contudo, considerando que Guillermo del Toro realmente quer fazer um remake deste filme, e como Stephen King considerou Crimsom Peak: A Colina Vermelha «lindo e apenas assustador como a merda», seria uma pena se estas duas forças criativas não se encontrassem pelo menos para discutir o assunto.
Aliás, este é exatamente o processo que um remake deve tomar, pois a maior parte dos remakes são apenas vistos do ponto de vista de comerciabilidade e lucro, e as audiências sabem-no – mas quando se tem um cineasta como del Toro apaixonado por uma história como ele é com O Cemitério, tem-se uma oportunidade de contar de novo essa tal história de uma maneira enriquecida, porque todas as mudanças e floreios que ele decidir fazer serão beneficiais para a história que tanto adora; e com Stephen King a guiá-lo, haveria um equilíbrio que garantiria que até o escritor da obra original ficaria satisfeito com o resultado final.
Depois só faltariam mesmo Ron Perlman como Jud Crandall e Doug Jones como um gato.
Por enquanto só se pode cruzar os dedos e rezar para que este projeto de sonho aconteça.
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