Resident Evil: Capítulo Final, apresenta-se como o término de uma das maiores sagas cinematográficas de todos os tempos. Iniciando-se em 2002 com Resident Evil, inspirado na saga de jogos da CAPCOM com o mesmo nome, o primeiro filme foi um sucesso, que alimentou os cinco filmes que se seguiram: Resident Evil: Apocalipse (2004); Resident Evil 3: Extinção (2007); Resident Evil: Ressurreição (2010); Resident Evil: Retaliação (2012) e agora Resident Evil: Capítulo Final.

O filme conta a história de Alice, protagonista da saga, e da forma como ela pode finalmente derrotar a Umbrella Corporation, empresa responsável por um vírus que levou todo o mundo a mergulhar num cenário apocalíptico e infestado com mortos-vivos. No começo é nos feito um resumo na primeira pessoa dos acontecimentos dos filmes anteriores, um fantástico apontamento para aqueles que não seguiram a saga poderem assim ver o filme e acompanhar toda a história sem nunca se sentirem perdidos. Este sexto capítulo da saga Resident Evil responde a algumas perguntas que tinham sido deixadas em aberto nos filmes anteriores: qual é a história sobre o passado de Alice; qual é a verdadeira raiz do Vírus-T e porque é que o mesmo foi liberto, reconhecendo que acabaria com o mundo actual como o conhecemos. Porém, levanta algumas outras perguntas que são igualmente difíceis de entender.

O grande factor de arranque da história é quando a Rainha Vermelha, um mecanismo de Inteligência Artificial a cargo da Umbrella Corp, decide ajudar Alice pois teve acesso a um leque de informações que faz com que o seu julgamento primário (defender os interesses da Umbrella Corp. valorizando sempre a vida humana) entrem em choque. Não nos é dito quando essa informação é facultada à Rainha, mas é dado a entender que terá sido no máximo entre os dois primeiros filmes. Então, porquê a demora a tomar esta decisão?

Se deixarmos de lado as falhas de argumento que vão aparecendo (motivações das personagens, visão que cada uma delas pode ter, pouca ou nenhuma profundidade dos actores secundários), somos levados numa história empolgante de uma luta do bem contra o mal. Resident Evil: Capítulo Final tem um ritmo rápido, não tendo momento mortos, sendo constantemente alimentado por momentos de acção, seguidos por suspenses quebrados por ataques aterradores dos monstros que poveiam o mundo em que o filme decorre. Uma imagem dinâmica e bem tratada faz do uso do 3D uma óptima mais valia, conseguindo fazer-nos mergulhar dentro do ecrã.

A banda sonora acompanha todos os momentos da trama, dando ênfase aos momentos que deve dar e deixando as imagens falarem por si quando se justifica. E que imagens! Resident Evil: Capítulo Final é uma versão de 2017 do clássico das irmãs Wachowski (Matrix – 1999); tem a inspiração da genialidade das irmãs com ferramentas que na altura não estavam disponíveis. Pode não brilhar pela originalidade, mas sem duvida que Resident Evil: Capítulo Final consegue entreter e fazer os seus espectadores afundar-se na cadeira por algumas vezes.

No geral, este último capítulo é a recompensa que todos nós merecemos depois de vermos a saga a alongar-se e desgastar-se ao longo de mais de uma década e meia. Um filme concentrado naquilo que o espectador está a ver e não a pensar, Resident Evil nunca se colocou como uma saga de filmes de culto (pelo menos para já), fazendo-se sempre valer do conceito que é conhecido da saga que junta momentos de acção, mulheres bonitas e um cenário de uma humanidade à beira da extinção.

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