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Estamos a menos de um mês do lançamento de Detroit: Become Human e Grégorie Diaconu, director criativo adjunto no estúdio Quantic Dream,  deixou-nos ainda com mais água na boca! Grégorie veio explicar-nos algumas das ideias por trás do videojogo que mostram a profundidade da aventura que nos espera já dia 25 de Maio.

“É […] um grande videojogo em termos de tecnologia, em termos de performance, em termos de emoções que podemos suscitar no jogador.”- afirma Grégorie Diaconu

Como já deves saber, se leste as minhas primeiras impressões sobre o videojogo, este título desenrola-se em torno de questões muito profundas. Questões que apesar do que podem levar-te a querer, não parecem pertencer a um futuro muito distante. Questões como o que é um ser consciente, o que é uma máquina, o que é um ser vivo, o ser diferente, a escravatura de seres conscientes, são algumas das questões levantadas neste videojogo, pensado com os pés bem assentes no presente.

Devido a acontecimentos actuais, a importância de nos debruçarmos sobre estas questões começa a ser imperativa para nos prepararmos melhor para o que aí vem. Agora que temos uma inteligência artificial com cidadania certificada, a sociedade que nos é apresentada pela Quantic Dream nesta obra não é de todo tão futurista. Mas chega a tempo de nos colocar frente a frente com estas visões futuras, mesmo na hora H!

“É uma sociedade que está transformar-se, criando muitas dificuldades e tensões futuras. […] Nós acabamos por ficar numa situação onde existem conflitos entre a humanidade, que sente que muitos dos seus trabalhos são lhe retirados pelos andróides e que sente que os andróides também lhe facilitam a vida.”

Não só esta visão sobre o futuro é tão necessária, como o facto de ser feita através de um videojogo da Quantic Dream me parece ser a melhor abordagem. Isto, não fosse a desenvolvedora ser conhecida pelo género inovador de que foi pioneira em contar histórias. O género de drama interactivo que tivemos a oportunidade de experimentar em Heavy Rain e Beyond Two Souls. Este tipo de género possibilita-te o controlo sobre a história, o que vem a adoçar a necessidade e a importância deste título, tendo este a importância de carregar com ele as questões morais que já acima referi.

“Detroit é o videojogo mais ambicioso da Quantic Dreams. Nós passámos 4 anos a desenvolver este videojogo. Possuí a história com mais ramificações alguma vez construída. É incrível o que nos pode mostrar em termos de escopo, em termos de como tu, como jogador, podes ter impacto na história.”

Durante este videojogo irás ter o controlo sobre três personagens principais muito diferentes e que te ajudam a ter uma visão muito completa sobre este mundo e as questões morais agregadas a esse. De todas essas personagens principais, Markus parece ser a que vai-se desenvolver mais. Tudo o que sabemos sobre este personagem é que foi criado como um membro da família do seu proprietário. Desenvolveu-se como se fosse um humano, tratado com respeito e até incitado a se deixar levar pela sua intuição e pelos seus “sentimentos”.

O seu proprietário, tenta mesmo despertar uma certa consciência dentro do personagem, alegando ter receio dos tempos em que já não estará lá para proteger Markus. Vendo a sua vida mudar da noite para o dia, o personagem interpretado por Diogo Morgado, terá de fugir. Mas o mundo que o aguarda fora do conforto deste lar, mostrar-lhe-à a fria e dura realidade em que vivem os outros andróides semelhantes a ele.

“Ele vai tentar passar uma mensagem aos humanos, dizendo: Não, nós somos andróides mas não somos máquinas. Estamos vivos, somos pessoas, nós pensamos, nós existimos!”

Kara é a personagem a quem Victória Guerra empresta a voz e que deu origem a este videojogo através da tech-demo lançada em 2012. Ela é instruída para tratar de uma casa que alberga um ambiente familiar muito pesado. Nesta casa vive uma criança que parece ter algo a esconder sobre o passado de Kara, e um pai muito problemático e pouco dado aos afectos.

Connor, dobrado por José Mata, é a outra face da moeda. Sendo instruído a cooperar com as autoridades para resolver casos policiais onde os suspeitos são andróides problemáticos que parecem possuir falhas de sistema.

Todos estes personagens estão interligados. Connor tem o poder de influenciar a história de Markus, e ambos por sua vez a história da Kara. Assim, jogando Detroit: Become Human, tomando o controlo de uma personagem de cada vez, poderás dirigir a história até ao seu desfecho. Qual será o caminho que a tua história irá tomar? Estou ansiosa por descobrir, mas até lá ainda falta pouco menos de um mês para vermos o resultado final deste projecto. 

Detroit: Become Human tem data de lançamento marcada para dia 25 de Maio, em exclusivo para a Playstation 4.

O que estás a achar da abordagem deste videojogo?

FONTECubo Geek
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Por Joana Sousa escritor/a em SOMOSGEEKS.PT
http://joanasvsousa3.wixsite.com/joanasousa
A minha paixão pelo Cinema e Videojogos levou-me pelos caminhos da Animação e Pós-Produção e a cobrir essas áreas aqui...

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