Em Maio deste ano a DC deu início ao seu mais recente evento com consequências para a continuidade da sua história. Quem já tentou entrar no mundo dos super-heróis sabe que acompanhar todos os acontecimentos é uma confusão. Quem cresceu a ler lembra-se certamente da moda dos asteriscos nos anos ’90, em que as referências a outros eventos e livros eram forçadas e constantes. Nos últimos tempos a tendência é existirem eventos anuais em que todos os heróis participam e geralmente têm grande influência na história partilhada do universo. A Marvel já domina este formato, mestre em baralhar as cartas, o universo Marvel sai destes eventos profundamente influenciado e frequentemente com novas séries e personagens, o que facilita a entrada de novos leitores.
O que a DC fez em 2011 foi mais do que isso, limpou por completo toda a continuidade existente no seu universo e começou do zero com 52 novos títulos entre personagens existentes, novas, e importadas de outros universos. Acontece que não caiu muito bem nos fãs. A existência de décadas de história pode ser intimidante para quem quer entrar no meio, mas remover essa história por completo é alienar quem já nele se encontra.
Na sequência desse falhanço, esta nova iniciativa serve para voltar atrás e combinar os melhores aspectos da limpeza feita com toda a história e mitologia previamente existente. Como? Inventa-se alguma coisa relacionada com as aventuras do Flash, um vilão misterioso a mexer com as sempre enigmáticas mecânicas da speed force, e algo se arranja. Não interessa. O que interessa é que temos uma lista de cinco títulos nesta nova investida da DC que valem a pena ler e acompanhar.
Na ausência dos lanternas verde o Sinestro e os seus lanternas amarelas policiam o universo através do medo. Acontece que o Hal Jordan passou os últimos tempos numa caverna a fazer cosplay de Obi-Wan e agora está de volta.
A leitura é leve, dinâmica, e apresenta de forma casual a grandiosidade da mitologia lanterna verde. As cores de Jason Wright fazem justiça ao espectáculo de luz que todas aquelas lanternas merecem.
Superman
O Super-Homem deste universo morreu mas temos o Super-Homem do universo original que estava por cá a passar férias com a família!
Este título mistura bastante bem a história de adaptação do filho do Super-Homem aos seus poderes, toda a dinâmica familiar dos Kent, e claro um vilão e muita acção. É interessante ver a invencibilidade do homem de aço ser contra-balançada pela vulnerabilidade daqueles que agora mais tem de proteger.
Wonderwoman
A Mulher-Maravilha é agora uma publicação bi-semanal e divide-se em duas histórias que vai contando em cruzado. Nesta lista refiro-me à história Year One que, como o próprio nome indica em referência ao lendário Batman Year One de Frank Miller, conta a história de origem da amazona. É uma Diana competente mas menos confiante e mais vulnerável.
Pontos extra para o lápis de Nicola Scott ser capaz de criar mulheres com estruturas faciais diferentes e variadas, a indústria precisa um bocado disto.
Podia escrever aqui sobre como o Green Arrow e a Black Canary estão de novo juntos, sobre o ritmo entre cenas de acção e reflexão, sobre a enorme criatividade na distribuição dos painéis… Mas a excelente arte de Juan Ferreyra é o suficiente para me fazer seguir este título mesmo que tudo o resto fosse mau. E não o é de todo.
Forte concorrente ao primeiro lugar desta lista.
All-Star Batman
Scott Snyder a escrever Batman.
É uma escrita dinâmica, tanto na acção como na estrutura da narrativa. Não há momentos de paragem que necessitem de um novo desenvolvimento para justificar as próximas páginas, o leitor está constantemente ou envolto na acção ou a tentar discernir motivações e consequências. A história envolve o Duas -Faces e uma viagem pelas redondezas rurais de Gotham mas isso não interessa porque Snyder podia escrever sobre a tinta do Batmobile a secar e o resultado seria algo de interesse.
Se apenas leres um título da rodada mais recente da DC, que seja este.
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