Codename Baboushka: The Conclave of Death #1 tem as sementes necessárias para uma grande série, mas não é um grande primeiro fascículo – Antony Johnston e Shari Chankhamma oferecem uma premissa fixe, um elenco dinâmico e uma estética suave, mas Codename Baboushka não consegue bem decidir o que quer ser, e como vai alternando entre emoções modernas e jovialidade à la Bond, o leitor não consegue perceber bem para onde a série se dirige ou sequer o que quer atingir.
Esta banda-desenhada segue a Contessa Annika Malikova, uma antiga chefe da máfia Russa que foi chantageada para entrar em operações secretas pelo governo dos Estado Unidos. E enquanto Johnston dá a Annika uma confiança de superespiã e um grande número de tecnologia que a deixa sempre um passo à frente dos outros, ela continua a ser um enigma – apesar de narrar a banda-desenhada, as captions não revelam muito da sua personalidade, pois num momento na narração ela está a dizer algo sisudo e ameaçador e noutro está dizer piadas. E apesar de uma história de espiões precisar de humor para balançar a seriedade, esses elementos contradizem-se em vez de se complementarem.
O mesmo acontece no departamento artístico – no início do fascículo Annika usa um fato de empregada francesa enquanto tenta assassinar alguém e num cruzeiro usa um chapéu de palha enorme.
Mas a artista Shari Chankhamma faz excelentes ambientes que parecem mesmo cinematográficos e chiques, desde hotéis a iates. E é óbvio que Chankhamma já trabalhou antes como colorista – ela realmente sabe demonstrar o tom da história com a sua pintura. Mas por outro lado, as suas figuras por vezes parecem demasiado grumosas e confusas.
Ao todo, Codename Baboushka #1 é muitas coisas ao mesmo tempo e a sua diversidade e flexibilidade e camadas pode vir a ser uma mais-valia para esta série – mas infelizmente para este primeiro fascículo, seria preferível uma ideia mais forte e também melhor editada.
Veremos o que acontece daqui para a frente.
Lê mais sobre Image Comics.