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O trailer abre no planeta deserto de Jakku, como os seus antecessores. Vê-se Rey (Daisy Ridley) a levar a vida de saqueador, o droide BB-8 a rebolar ao seu lado. «Quem és tu?» pergunta-lhe uma desconhecida voz feminina. «Eu sou ninguém» reponde ela.
Como sempre que alguém diz isso num filme, a audiência sabe logo que é exatamente o contrário, mesmo que as personagens ainda não saibam. Pode-se então adicionar isto à longa lista de pistas pouco subtis de que Rey é mais do que aparenta.
A seguir é vez da personagem de John Boyega, Finn. Ele foi «criado para fazer uma única coisa» mas agora tem «nada para que lutar», diz, enquanto um danificado TIE Fighter – a nova pintura cromada da First Order substitui a branca do Império – cai em espiral em direção a Jakku. Presume-se que Finn está a bordo e a narração parece confirmar sem sombras de dúvida que ele começa realmente o filme como Stormtrooper. Depois vê-se ele a examinando a sua nova localização, mais uma vez ofegante.
Corta para Kylo Ren, declarando que «nada se vai meter no nosso caminho» e que «iremos acabar o que tu começaste» – a olhar para o desfigurado capacete de Darth Vader, presumivelmente recuperado da pira funerária no fim de O Regresso de Jedi.
Muitos fãs pensavam que Kylo Ren (Adam Driver) era um Sith wannabe, um colecionador de artefactos, mas esta sua afirmação sugere algo mais ameaçador. O que começou Darth Vader? A destruição de todos os Jedi e potenciais Jedi, incluindo o próprio filho.
Curiosamente, a seguir vê-se Ren a torturar a personagem de Oscar Isaac, Poe Dameron, anteriormente conhecido apenas como um piloto de X-wing – mas haverá alguém na galáxia que é o que parece ser à superfície?
Segue-se um clip da Millennium Falcon a ser perseguida em Jakku por TIE fighters, e os fãs recebem aquilo que queriam desde Abril – mais Han Solo. «É verdade, tudo», diz o velho contrabandista, parecendo triste e assombrado, a espreitar através de um holograma planetário, quando Rey traz à baila o tópico de «histórias sobre o que aconteceu.»
O que é verdade? «O Lado Negro. Os Jedi. São reais.» O que sugere que a galáxia esqueceu-se da Força – novamente – tal como tinha acontecido antes da Trilogia Original de Star Wars. Mais uma vez os Jedi tornaram-se mito. Só que agora, em vez de descartar a Força como «religião falsa», Han Solo acredita – daí o olhar assombrado.
Depois é a altura da montagem de guerra final e isto consiste maioritariamente de Kylo Ren visto sem capacete por trás, e a Captain Phasma de Gwendoline Christie a parecer durona como sempre – como ainda não se viu ela a fazer nada, esperemos que não seja como Boba Fett, que tem excelente aspeto durante os outros filmes, mas quando realmente vai fazer alguma coisa é automaticamente comido pelo sarlacc.
E entre eles os dois vêm-se planos lindos e misteriosos que passam quase demasiado rápido para se perceber a primeira vez que se vê o trailer – como este, em que Finn, Rey, Han e BB-8 entram no que parece ser uma versão alucinógena de um templo Tibetano, com bandeiras de oração e guardado por um robô vermelho.
«A Força», diz a misteriosa voz feminina que falou com Rey no início, provavelmente pertencente a Lupita N’yongo, «está a chamar-te.»
E também há um plano muito rápido que irá trazer uma lágrima ao olho até do fã mais resistente – Carrie Fisher como Princesa Leia, aflita, a descansar a cabeça no peito de Solo.
E por fim, Finn contra Kylo Ren – o jovem herói realmente parece fora do seu elemento, e em grande perigo.
«Deixa-a entrar», continuou a voz – dificilmente haverá alguém que não deixe.
Mas claro que há coisas que os fãs podem-se queixar neste trailer – muitos dos planos foram reutilizados, ou são meras versões ligeiramente aumentadas do que se viu nos outros trailers. Não há mal nenhum nisso, obviamente, mas com hype todo à volta deste trailer é normal que os fãs quisessem apenas conteúdo novo ou então alguma pista sobre qual é o maldito enredo – mas por outro lado, o realizador do filme é J.J. Abrams, e se há algo que ele sabe fazer bem é manter os seus filmes envoltos numa nuvem de mistério até à estreia.
E tal como no novo cartaz, Luke Skywalker está desaparecido. Muita gente assume que a figura encapuçada que pousa a mão em R2-D2 é Luke, mas não há confirmação oficial disso – e também, a mão falsa que ele recebe em O Império Contra-Ataca era realista, e não completamente robótica como é visto nos trailers.
Mas porquê a ausência do velho Jedi? Há duas respostas possíveis.
Os cineastas por detrás do filme desejam manter as audiências a questionarem-se se ele realmente entra em O Despertar da Força, e se ele tem um papel pequeno então faz sentido que não o queiram mostrar muito pois se as pessoas não estão a ver Luke, não estão a pensar nele e será uma maior surpresa quando ele finalmente entrar em cena.
Mas por outro lado, toda agente sabe que Mark Hamill entra de facto neste filme – então é possível que algo tenha alterado significativamente a aparência de Luke Skywalker, e os cineastas não querem revelar já o seu novo visual. Pode ser uma cicatriz, ou pode ter perdido o olho, ou pode usar agora uma máscara que lhe tapa o rosto por completo.
Seja qual for o caso, certamente só em Dezembro saber-se-á a resposta.
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