EUROGAMER PORTUGAL SUMMER FEST 2018 | A Comunidade

Quando dois mundos se confrontam.

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Por Bruno Vieira escritor/a em SOMOSGEEKS.PT
Gaming / One Piece / Music / Movies

Como sabem, neste fim de semana que passou, decorreu tanto o Eurogamer Summer Fest como o Iberanime na Altice Arena. Graças ao Cubo Geek consegui marcar presença na Altice, o que me trouxe uma grande felicidade, visto que ali consegui sentir algo que tem desaparecido progressivamente: a união entre as pessoas.

Cada vez mais, vivemos numa sociedade individualista. Uma sociedade onde o materialismo predomina e leva muitas pessoas a menosprezarem o poder de uma conversa, ou mesmo o poder da presença de outrem. No entanto, a minha experiência leva-me a testemunhar o inverso nos festivais. Por um período de tempo, esta congregação torna-se apenas de um género, os que têm paixão por algo, sejam videojogos ou animes.

Com a junção dos dois festivais, dei por mim a presenciar uma situação que me deixou bastante optimista para o futuro. Eis que me deparo com uma família (pai, mãe e filho, este devia ter uns 13 anos e tinha vestuário alusivo ao Tokyo Ghoul) a deambular pelo Altice Arena, mais concretamente a zona do torneio de Counter Strike: Global Offensive, quando o pai se vira para a mãe e pergunta: “Estão ali duas equipas, agora fazem torneios de videojogos?” ao que a mãe responde “Parece que sim, é moda agora”.

É moda sim! É moda e as pessoas começam a reconhecê-lo. Mas mais engraçado, esses pais ficaram, não pelo filho, mas porque tinham curiosidade em ver como se desenrolava o torneio, e gostaram. Puxaram por uma equipa porque gostavam mais deste ou daquele membro, não interessa o motivo, interessa é que eles gostaram de ver, tivessem a idade que tinham. Isto acontece porque a competitividade existe em qualquer modalidade. Seja essa futebol, andebol, golfe ou videojogos. A verdade é que a competitividade nos videojogos começa a destacar-se a passos largos e tem cada vez mais espectadores que os restantes (tirando o desporto-rei).

 

Assim como uma família gostou de ver um torneio, gostei eu de ver a forma como as pessoas se agrupam num determinado sítio apenas para verem um torneio de eSports. Porque na génese do torneio, estão dois grupos de pessoas a bater em teclas para ver quem ganha num videojogo. Mas o que interessa, é o ambiente, o propósito, o entretenimento, e é isso que os videojogos representam.

Claro que isto não se aplica apenas aos videojogos. Na contra-parte nipónica do evento tínhamos workshops de japonês, artes marciais tradicionais, toda a envolvente japonesa na Altice Arena. Muitos foram os jogadores que exploraram o mundo dos animes que tanto “assusta” os que estão do lado de lá, pela extravagância ou pelo completo desconhecimento dessa cultura.

Foi um evento em que por muitas pessoas diferentes que lá estivessem, todas se sentiram em casa, porque todas estavam no mundo em que mais gostavam. É verdade que tinham a companhia de outro mundo mesmo ali ao lado. Mas com a quantidade certa de fusão, foi possível observarmos uma relação inortodoxa que resultou em todos os sentidos. Talvez esta junção se deva mais aos organizadores dos festivais, mas se a união não era o propósito, completaram-na sem quererem.

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