Deixa-me começar por dizer que não sou o melhor lutador do mundo, muito menos em Street Fighter. Não obstante, tive um Gameboy, e com cada Gameboy vem um Street Fighter II. Pelo que joguei muito tempo (mesmo muito tempo), mas desde então vou jogando os que consigo.
Já andava para dar uma oportunidade a um dos títulos mais recentes há muito tempo, tendo inclusive jogado o famoso Street Fighter x Tekken mas o videojogo em si nunca me puxou muito.
Eis que aparece uma dádiva incrível e tenho a oportunidade de jogar uma colecção que comemora os trinta(!) anos da saga. Tenho a dizer que apesar de conhecer a fundo o lore dos videojogos, sempre tive como preferência o Sagat. Não só pela sua história mas também pela presença física que tem, imperial e aterrador.
A Digital Eclipse tratou com cuidado as edições arcade que marcaram a saga nipónica, tanto pela positiva como pela negativa, adicionando conteúdo documental que contém informações detalhadas ao mais ínfimo pormenor! Além de detalhar todas as personagens do videojogo, providencia ainda poses e a evolução dos vários combos tradicionais das personagens, como por exemplo o Tiger Shot de Sagat.
Falando em combos, é possível utilizarmos os botões “excedentários”, ou seja, os que não existiam na altura como forma de simplificar os combos. O que permite facilitar a tareia que damos (ou levamos) ao(do) adversário. No entanto, quem preferir à maneira antiga tem sempre os botões tradicionais presentes nos quatro principais dos comandos.
Os modos online são limitados. Nestes “apenas” copiaram e adaptaram os títulos arcade às consolas,. Esperava um esforço maior na tentativa de expandir os videojogos internacionalmente, através dos combates com jogadores de todo o mundo, mas infelizmente apenas o conseguiram fazer num curto número de videojogos.
Com uma lista de doze títulos a jogabilidade é variadíssima! O que permite obter um bom rácio de tempo jogado com o dinheiro que se gasta. Não sou nada apologista desse tipo de rácios mas num videojogo de luta, é extremamente importante termos algo pelo que lutar, e aqui, a Digital Eclipse ofereceu-nos bastante para nos entretermos. Pecam apenas por não incluir um videojogo mais recente, apenas disponível através de uma pré-encomenda da versão Playstation 4 por exemplo, que trazia o Ultra Street Fighter IV.
Temos uma incorporação magnífica nos ecrãs actuais, utilizando uma resolução de 4:3 com borders alusivas à saga, e as conhecidas scanlines, permitindo reviver os tempos antigos como deve ser. Quem preferir pode também colocar o videojogo em 16:9, jogando assim em Widescreen. Notamos um grande esforço da Digital Eclipse para prestar homenagem à saga mais famosa no que toca a videojogos de luta, tal como já o tinham feito na edição do Megaman.
Apesar de terem uma lista “pequena” (tendo em conta o número de títulos na saga), e que a Playstation 4 aguenta todos os videojogos que saíram até hoje, Street Fighter 30th Anniversary Collection é um videojogo que é obrigatório para qualquer fã da franquia! Mesmo eu que não sou o melhor lutador dei por mim a jogar horas a fio com os meus irmãos, não só pela nostalgia mas também pela jogabilidade viciante que estes títulos nos conseguem trazer.
Esta é provavelmente a melhor era dos videojogos no que toca a videojogos de luta, onde um amante destes se consegue deliciar com Injustice, Street Fighter, Tekken, Soul Calibur, entre muitos que cada vez mais se apresentam neste mundo competitivo.
Street Fighter 30th Anniversary Collection já está disponível para Steam, Playstation 4, Xbox One e Nintendo Switch.
Se excluirmos versões de Arcada… Para mim a melhor versão de casa que alguma vez foi lançada foi o Alpha 3 na PSP, bem recheado de personagens novas e extras.
Esse por acaso nunca joguei mas olha que gostei bastante do pouco que batalhei no SF IV da PS3!