Bom dia Geeks! Hoje sou eu quem vos traz à discussão o novo episódio de Subete ga F ni Naru: The Perfect Insider. Antes de mais, a razão para este anime estar a receber a nossa atenção é absolutamente nenhuma em particular. No Cubo, estão responsáveis por este anime, pessoas completamente malucas que gostam de horror e puzzles, diálogos demorosos mas bem trabalhados, animações fluídas e naturais, pessoas que não se importam com o slow pacing desde que a história nos leve a algum lado (Gakkou Gurashi fica então à parte! :c); por isso se quizerem relcamar ou sugerir um outro anime para vir a discussão episódica, terão se fazer scroll até ao nosso livro de reclama-hrum*-recomendações a.k.a comentários! 🙂 Será para nós um enorme prazer partilhar convosco estas emoções que de outra forma nas críticas não podem ser impressas com tanta frescura!
Então, ao episódio!
Tão rapidamente quanto Nishinosono decidiu que o acampamento ia ser feito na Ilha de Himaka, o segundo episódio abre logo com a dita viajem. Isto num anime que foi muito criticado no primeiro episódio pelo seu slow pacing e supostamente por diálogos que não nos levam a lado nenhum..
Ainda antes de avançar, há que salientar aqui uma personagem que já é uma forte candidata a uma espécie de Razzie prize:
Alguém que lhe dê um prémio ou qualquer coisa! Podemos então voltar às questões existenciais que nos perseguem neste anime? Quem nós somos? De onde viemos? Para onde vamos?
Ora vamos lá a ver uma coisa: até agora as personagens têm-se debruçado sobre questões mais profundas do que estaríamos à espera para este anime, perguntas às quais não há resposta definitivamente certa. Mas a inteligência e a profundidade do enredo leva-nos a outros níveis onde a problemática envolve novamente o espectador, e indirectamente dá-lhe pistas sobre essas questões. Por exemplo, quando Nishinosono realça a beleza da noite estrelada na praia em detrimento da situação de Magata que se encontra isolada num compartimento há 15 anos, Saikawa deixa-nos com esta bela frase:
De onde viemos? Para onde vamos?
No entanto, a forma como depois contornam ou cortam todo e qualquer assunto que tenham construído leva alguns geeks a criticar o anime, mas há um episódio atrás não estavam a criticar a falta de conteúdo e de ritmo na história? Bem, a seguir a este momento a Nishinosono traz-nos de volta à intriga principal que até agora tem sido levar-nos à presença da Dr. Magata. Eu acho curiosa e inteligente a forma como desdobram muito bem os assuntos. Sem nos deixarem algo claro, mantêm um ritmo crescente de intriga porque ainda estamos a ser inseridos no enredo. Facto que se pode comprovar com esta conversa sobre as estrelas, onde Nishinosono se mostra decidida a levar o seu professor até Magata em troca de conseguir um “encontro” com ele, mas ao mesmo tempo somos arrebatados para uns flashbacks de Saikawa, onde uma Magata de 13 anos o assedia. Ora novamente a inteligência da escrita, Nishinosono e Magata nesta cena demonstram a sua individualidade apesar de estarem a apontar para os mesmos fins perante Saikawa.
O resto do episódio é a menina Nishinosono a inventar uma dor de cabeça e a necessidade de medicação para poder entrar nas instalações onde reside Magata. O próximo momento forte é quando aquelas instalações completamente controladas por sistemas electrónicos, começam a sofrer enormes falhas que sem dúvida foram programadas pelo génio de Magata que planeou fugir nesta noite exacta. A porta do seu quarto nunca se abriu em 15 anos, porque Magata é tida como uma assassina muito capaz, somos alertados para isso logo no primeiro episódio quando nos dizem que ela foi a responsável pelos assassinato dos seus próprios pais, mas logo “hoje”, justamente hoje, ela decidiu que chegou a hora de sair do armário. Penso que essa decisão tenha sem dúvida sido tido origem na sua conversa anterior com Nishinosono, onde entre algumas tentativas de perguntas pessoais, a jovem abre espaço para uma conversa sobre o isolamento de Magata, ao qual esta lhe responde:
Nessa mesma conversa, Magata referiu que foi a “boneca” quem matou os seus pais. A palavra “boneca” tinha até então me deixado com alguma intriga e … Pois bem, aqui vos deixo com ela no final do episódio:
Para mim é sem sombra de dúvida no próximo episódio que a história vai começar a se desenvolver a sério. Até agora esta introdução até que esteve boa em termos de ritmo.
Sobre a animação, devo dizer que não sobressai tanto como no primeiro episódio onde parece que jogaram muito bem com o baralho todo. Continuamos neste episódio com alguma fluidez mas esta já não é tão constante como no primeiro episódio onde até se notava o rigor em criar animação fluída e natural em planos onde a maioria das produções não pediriam metade do desafio.
P.S: A banda sonora do anime continua bastante agradável, quando existente!
P.P.S: Este anime faz-me levantar muitas questões!
Este episódio leva-nos a ponderar por diversas vezes a nossa vivência como sociedade e como seres humanos, demonstrando-nos que cada vez mais nos afastamos do decurso natural e da ordem das coisas. Como Magata que tem uma visão sobre o futuro onde na nossa sociedade não há interactividade física entre indivíduos.