Crítica | Transporter: Potência Máxima

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    Aproveitando a onda gerada pela saga Velocidade Furiosa, que deixa sempre os fãs de acção e carros com água na boca, os produtores da trilogia de Taken, tentaram reanimar o nome Transporter.

    Transporter-Refueled-posterSem algum tipo de ligação aos três filmes anteriores, onde podemos ver um Jason Statham a emergir como um dos maiores ícones de filmes de acção, Transporter: Potência Máxima tenta fazer subir a adrenalina com perseguições policiais, explosões em boa medida e, claro está, cenas de pancadaria com uma coordenação extrema. Ed Skrein dá vida a Frank Júnior, um ex-militar que, após cessar funções no exército, criou nome no sector privado ao fazer o transporte de encomendas pouco comuns, de um lado para o outro. Dado o seu passado e a sua actual linha profissional, Frank vê-se envolvido num plano de desespero, elaborado pela sua mais recente cliente, que visa derrubar o mestre do tráfico humano no sul de França, mais propriamente no Mónaco.

    O filme está recheado de acção em boa medida, deixando-nos bem atentos durante todo o tempo, seja com velocidades vertiginosas ou demonstrações extremas de artes marciais, no entanto, a história torna-se demasiado previsível, pois a fórmula usada para este filme é a mesma usada para quase todos os filmes dentro desta categoria.

    Passaram-se sete anos desde o último filme da saga Transporter, e os produtores quiseram trazer de volta Frank Martin, e ao mesmo tempo que os fãs se esquecessem da interpretação de Jason Statham. E como é que eles tentaram fazer esquecer? Pegaram noutro actor e pediram que tentasse emular ao máximo a representação do anterior. Ed Skrein esforçou-se bastante (e um muito bom esforço) para fazer esquecer Statham e digamos que, no que toca à luta, está bastante perto de o fazer, no entanto o carisma dos diálogos e a presença no ecrã, simplesmente não resultam da mesma forma do que com Jason. Voltamos a ver cenas icónicas e reconhecíveis no estilo de luta, assim como o ar ameaçador com a cabeça em baixo e o olhar para cima.

    Apesar de tudo isto, o filme consegue captar a nossa atenção, com imagens hipnotizantes da cidade do Mónaco, assim como a entrada da câmara lenta em sincronia perfeita, para que possamos observar detalhes deliciosos na condução do Audi S8. Foi deixado para trás o estilo de luta em que temos 3/4 bandidos a tentar bater no nosso herói, mas fazem-no um de cada vez. Neste filme, finalmente podemos observar um abandono dessa ideia (ainda que a medo), vendo o herói a levar porrada de mais do que um bandido ao mesmo tempo, fazendo-se valer dos seus reflexos e resistência à dor.

    O que acharam do filme? Deixem a vossa opinião na secção de comentários.
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