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“Here’s not Here”

Depois da montanha russa de acção e emoções que foi o episódio anterior, depois de todas as pontas soltas que o episódio anterior nos deixou, depois de toda a expectativa, temos um episódio de desenvolvimento de personagem. É um bocadinho decepcionante. Porque eu estava mesmo a ficar entusiasmado com o ritmo da série, e queria que continuasse. Mas pronto! Não faz mal!

É um episódio de desenvolvimento do Morgan.

Eu já há algum tempo que não me importo com o Morgan. Importo-me com o Rick, importo-me com a Michonne, importo-me imenso com o Glenn, neste momento. Mas, honestamente, já não me importava com o Morgan há algum tempo. Aposto que o Morgan não está no Top 3 de personagens preferidas de ninguém. Mas pronto, não faz mal!

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Eu compreendo que uma série não tem de estar sempre a avançar a um ritmo frenético. Pode dar um passo atrás, respirar, fazer um episódio mais lento e introspectivo.

Isso é uma coisa boa, e sobretudo para fazer desenvolvimento de personagens. Uma das enormes vantagens das séries é que têm espaço para as personagens respirarem, para se tornarem verdadeiramente tridimensionais e relacionáveis. Há excelentes episódios de desenvolvimento de personagem, nos quais toda a atenção está focada numa única personagem.

Desta vez querem mostrar-nos como é que o Morgan se conseguiu recuperar a si mesmo dos traumas que tinha sofrido e como é que aprendeu a fazer aquela coisa fixe com o pau!

Ele está completamente desorganizado pela raiva e pela dor, é violento, e depois encontra uma barraca no meio da floresta onde vive um psiquiatra forense. Que coincidência útil.

Este psiquiatra conversa longamente com Morgan, empatiza com ele, ajuda-o a aceitar os traumas que viveu. Depois de de ler o livro “Zen e a arte de matar zombies” e de aprender a fazer aquela coisa fixe com o pau, o Morgan consegue de facto recuperar-se e voltar a ser uma pessoa controlada.

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Discussão | Agents of S.H.I.E.L.D. - T03 E17

Depois o psiquiatra morre de maneira forçada para dar mais pathos à história.

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É superficial.

Toda a história, na realidade, parece forçada.

Eu percebo o que é que eles estavam a tentar fazer com este episódio, percebo mesmo. Mas esta história para explicar a redenção do Morgan simplesmente não me convenceu.

The Walking Dead é uma excelente série de suspense e acção. Se há coisa que esta série faz bem, é criar tensão, mantê-la e depois resolvê-la da forma mais satisfatória possível! É mesmo muito boa a fazer isso.

Mas depois parece que sempre que tentam abrandar um bocadinho o ritmo e fazer alguma coisa mais lenta, mais íntima, atrapalham-se e sai um episódio medíocre.

Um episódio lento, com muito desenvolvimento de personagem, não precisa de ser aborrecido, não tem de ser desinteressante.

Para mim este episódio foi uma desilusão, não porque eu queria mesmo era mais acção frenética, mas sim porque a escrita é tão inferior à dos episódios anteriores.

Lê mais sobre The Walking Dead.

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