“There Are Worse Things Than Murder”
Hoje faço isto de forma diferente. Escrevo enquanto avanço no episódio. Achei que seria mais pessoal transmitir o que sinto à medida que a trama avança no novo episódio.
Já sabemos que esta série é uma autêntica montanha russa de emoções e surpresas. Da mesma forma que já sabemos que alguém do grupo morreu, presumivelmente no meio de um incêndio na residência de Annalise (Viola Davis). Digo presumivelmente porque com esta série, nunca se sabe nada.
Frank (Charlie Weber) matou o detetive privado que Annalise contratara para o apanhar. Ao mesmo tempo, esta última recebe notícias sobre a investigação por parte da universidade, dos panfletos que são distribuídos com a sua cara exposta. Essa informação vem da nova diretora Soraya Hargrove (Luna Veléz) da universidade, e rapidamente se percebe que existe um estranho ambiente entre esta e a advogada (que, pela temporada anterior, já sabemos ser bisexual)… parece-te que vai haver algo entre ambas?
Oliver (Conrad Ricamora) continua a viver com Connor (Jack Falahee), ainda depois da relação ter terminado, mas claramente isso não dura muito tempo. Este último decide concentrar-se no novo caso proposto por Annalise, onde acaba por ser o escolhido para representar uma mulher presa por assassinar o marido. A premissa para nova audiência para mudar a sua sentença para liberdade condicional implica a alegação por parte da suspeita que o motivo que a levou a cometer o crime constitui de violência doméstica. E isso aconteceu. Notou-se mais um caso forte e carregado de notas diretamente viradas para a sociedade atual, a qual insiste em manter em embrulhos um assunto tão sério quanto este (não implicando aqui, claro, que a ação da personagem destacada seja tão ou menos mau que a do marido da mesma).
Asher (Matt McGorry) e Michaela (Aja Naomi King) continuam nos seus jogos privados, esta última deixando claro que não pretende avançar com mais que apenas um benefício sexual para ambas as partes. Parece-me realmente que disso não vai passar, até porque não se vê muito neste casal. E todos sabemos, por outras séries como Anatomia de Grey (por ser dos mesmos criadores), que as personagens rapidamente trocam entre umas e outras no que respeita a relações amorosas.
Connor deu com a língua nos dentes. De modo a identificar-se com a cliente que representava, decide vagamente dizer-lhe que também matou alguém. Essa é, no mínimo, uma reação bastante descuidada. Para alguém cauteloso como ele, é de espantar tal ação, ainda que dificilmente haja consequências da mesma.
Annalise foi notificada que seria suspensa das suas funções na universidade devido aos panfletos, decisão que esta recusa, com clara intenção de processar a administração caso avancem com essa ideia. Claramente esta não é qualquer advogada, e já tivemos a oportunidade de a ver diretamente em tribunal. Esta é uma mulher implacável e rapidamente vencia o caso. Não estou a ver como a universidade vai sair dessa.
Terminámos o episódio com a revelação de uma das personagens que não morreu no incêndio dois meses depois; Oliver. O hacker maravilha vai ter com Annalise em lágrimas. Esta conforta-o e, em segredo, pede-lhe para apagar todos os dados de um telemóvel que lhe passa para a mão esquerda, logo antes de ser detida pela polícia. No geral, este novo episódio despoletou novas questões e continua com o mesmo brilhantismo e génio de escrita demonstrados nos episódios anteriores. Mas, afinal, o que raio está naquele aparelho? E a pergunta que vai assombrar os nossos sonhos até à final de inverno da série; quem morreu no incêndio? Mais 7 dias até ao novo episódio. Esta espera corrói-me por dentro.