”Call It Mother’s Intuition”
Ao sétimo episódio de Como Defender Um Assassino, cada um de nós já é capaz de elaborar a sua história ou teoria sobre o que aconteceu na noite do incêndio. Começamos logo por perceber que Annalise Keating (Viola Davis) é acusada de pegar fogo à própria casa e de homicídio qualificado. Já tinha sugerido anteriormente que achava que a advogada era bem capaz de fazer isto. Mas agora que a acusam mesmo de o ter feito, duvido.
Como sabemos, esta série consegue ser bastante imprevisível, por isso é um facto quase garantido que este noite não foi só um facto aleatório. Se isto aconteceu, das duas uma: ou alguém queria mesmo que acontecesse ou era para acontecer algo parecido mas com proporções muito menos exageradas. Para além disto temos logo uma revelação que ainda vai dar muito que falar: afinal foi Wes (Alfred Enoch) quem denunciou Annalise à polícia. Tudo isto se torna ainda mais chocante depois de Wes deixar a entender, mais que uma vez, que Annalise seria para ele como que uma mãe ou uma figura muito importante na sua vida. Para mim, tenho quase a certeza que o grupo anda a preparar algo. E não vai sair daqui boa coisa. Pelo menos até agora, parece que há algo ou alguém contra todas as personagens, não conseguem ter um minuto de descanso.
Fomos também presenteados pelo regresso de Frank (Charlie Weber). O problema é que parece que com o cabelo e com a barba, foi também o jeito da representação. Até agora achei as suas intervenções forçadas demais. Ok, estás a sofrer, nós percebemos. Não precisas de te esforçar tanto. Apesar de achar que a personagem de Frank ainda tem muito para dar, acho que as suas intervenções se estão a tornar… demasiado. Os guionistas ainda não perceberam muito bem o que querem ”fazer” com ele (até ver) e a sua personagem parece que anda meio à deriva, entre as outras. Neste episódio, visita Laurel (Karla Souza) e percebe que esta anda envolvida com Wes e daí visita Bonnie (Liza Weil) , que lhe dá uma nega quase que instantânea. No entanto, Frank volta a ir ver Laurel e tenho quase a certeza que a rapariga hispânica não vai deixar de cair no encanto do italiano, como tantas vezes o fez.
Uma coisa que achei muito estranha foi quando Wes se encontra com Nate e este lhe diz que estava ”apenas” a ter uma conversa com a procuradoria. Acho mesmo muito provável que este esteja a denunciar o que sabe sobre Annalise, algo que não me parece assim tão descabido e que reforça a minha ideia de que Nate pode ser a pessoa que morre naquela noite. Destaque também para Ollie e Connor que voltaram, finalmente, a estar juntos e para Michaella e Asher que estão melhor que nunca.
Quanto ao caso deste episódio, relaciona-se intimamente com as nossas personagens. É sobre uma mãe que sente que precisa de castigar os seus filhos ingratos então acha-se no direito de se tentar suicidar e culpar os filhos. Annalise revê-se, de alguma maneira, nesta senhora. Dessa maneira, junta o seu grupo de alunos e faz com que cada um deles descarregue tudo o que tem a dizer dela na sua cara. Apesar de estar à espera de mais alguma tensão e drama, acabou por ser um momento interessante. No geral, todos se mostram extremamente desapontados com Annalise, pois o que achavam dela no início foi-se alterando com o tempo. E de que maneira. Apesar de nunca conseguirem estar totalmente contra ela, mostram-se muito descontentes com o comportamento que ela mostrou para com eles.
Ela defende sempre esta acusação da mesma maneira: só os quer proteger. Já chegámos à conclusão que isso não é propriamente verdade. Ela já os podia ter tramado a sério, mas o inverso também acontece. Esta relação torna-se meio doentia, reflectindo-se um pouco no que todos dizem à professora. No geral, o que eles querem é que a advogada lhes pare de mentir. Algo que nunca irá acontecer. Se bem conhecemos Annalise, ela tem mais um trufo na manga. Resta-nos esperar e perceber o que ela vai fazer.
