“Perpetual Night” “The Blessed Dark”
Eu sei que não houve discussão do oitavo episódio. Não vou arranjar nenhuma desculpa, porque não há desculpa possível. Como não consegui ter a discussão pronta a tempo da emissão do episódio no TV Séries, decidi juntar os dois episódios na mesma discussão porque eles foram pensados para serem episódio duplo, logo era suposto serem assistidos um a seguir ao outro.
Dito isto, DETESTEI o final da temporada que por conseguinte foi também o final da série. Não foi horrível, nada em Penny Dreadful pode ser mau, mas deixou muito a desejar e foi um final extremamente fraco.
Gostei bastante da parte inicial com Londres envolta em neblina tóxica, diziam eles mas toda a gente andava à vontade nas ruas e não morria. Gostei também da parte do sapos. Mas a partir daqui começam as coisas de torcer o nariz. Ethan, Sir Malcom e Kaetenay chegam num cruzeiro e como atracaram sem ninguém no porto? Esquisito. Foram os únicos a desembarcar, esquisito.
Chegam a casa e aparecem os vampiros. Com os vampiros chega a badass Catriona Hartdegen. Adorei vê-la lutar. E mais uma vez as coisas não bateram certo. Catriota diz que o nevoeiro já dura há uma semana mas mais tarde descobrimos que a Lily ainda está amarrada à cadeira no laboratório do Dr. Henry e Dorian ainda lá está também. Esteve lá uma semana? Lily esteve amarrada uma semana? As mulheres do exercito da Lily tiveram uma semana sem fazer perguntas? Nada bate certo
Adorei a morte da Justine. Manteve-se fiel aos seus princípios e teve honra. Foi um momento lindo com Dorian a respeitar imenso o seu gesto.
E fui só eu, ou havia uma tensão amorosa gigante entre Catriona Hartdegen e Sir Malcom? Eles ficam bem juntos.
Depois de no episódio 7 termos tido indícios de que Lily teve uma filha, agora ficamos a conhecer a história completa. Foi uma história triste mas não teve peso dramático nenhum. Seria muito mais interessante se esse seu lado tivesse sido mais desenvolvido. O desfecho da sua história foi bom, com Victor a deixá-la ir.
A parte da luta do Ethan transformado contra os vampiros foi muito boa. Mas depois deu-se o momento que eu não estava nada à espera! Kaetenay também é um lobisomem. Surpreendeu-me.
não me venham dizer que este final já estava planeado.
A intro do episódio 9 foi muito boa!!!!
A cena em que o John Clare vê o filho morrer foi de uma serenidade e aceitação brutais. Nada há a fazer. John fez os últimos dias do seu filho serem extremamente felizes e agora o sofrimento acabou. É melhor assim. O que a mulher de John pede-lhe para fazer é uma monstruosidade e ele como é óbvio não aceita. John sabe o que é ser uma criatura contrária à natureza, nunca iria traçar o mesmo destino ao filho. A mulher dele só pensa nela, não pondo o filho em primeiro lugar. Prefere que o filho seja miserável a não o ter.
Dr. Henry saiu da série, como entrou. Vazio. Não houve desenvolvimento de personagem, não houve propósito, não houve nada. É obvio que esta personagem era suposto ser desenvolvida nas próximas temporadas. Tal como Catriona Hartdegen. Portanto não me venham dizer que este final já estava planeado.
Chegamos à parte final onde se dá a grande luta. Que decepção!!!! John é o Lobo de Deus, o inimigo mortal de Dracula e nada acontece? Vanessa prefere morrer a lutar contra as trevas? Aliás, porque é que ela se deixou levar em primeiro lugar? Dracula e Lucifer estavam atrás dela mas ela teve oportunidade de matar Dracula e não fez. Não faz sentido.
John mata Vanessa num último acto de misericórdia. Mas….não era mais fácil matar Dracula? Aliás depois dele matar a Vanessa o Dracula desapareceu. Onde está a profecia? Onde está o Lobo de Deus? Ok, podemos dizer que a profecia era que ele matasse Vanessa para impedir as trevas mas ficou muito mal metido
Foi um final MUITO pobre para uma excelente série. John Logan (criador de Penny dreadful) disse que o final sempre esteve planeado mas isto não pareceu um final programado. Pareceu, sim, um final forçado, onde se jogou fora tudo aquilo que se esteve a construir durante três anos. Foi um final incongruente, apressado e que não dignificou em nada o brilhantismo que vimos durante três temporadas.
