Crítica | Jojo’s Bizarre Adventure: Stardust Crusaders I e II

A terceira parte das aventuras de JoJo ao longo da sua existência teve já várias adaptações, no entanto, por estarem sempre relegadas ao estado de OVA, ficaram sempre aquém das expectativas. Existe demasiado conteúdo e ficou sempre muita coisa de fora. Será que esta nova adaptação vai, finalmente, não só corresponder às expectativas dos fãs como também adicionar ainda mais notoriedade a esta franchise crescente continuando o excelente caminho já percorrido? É o que ficaremos a descobrir ao longo desta crítica.

Passaram-se dezenas de anos deste a vitória de Joseph contra os pillar men, como sabemos (depois daquele funeral que rapidamente transformou-se em casamento). Joseph casou-se com Suzie Q e desta união nasceu Holly. Anos mais tarde Holly também casou-se, nascendo Jotaro KuJo, o novo JoJo e quem terá maior destaque nestas novas aventuras.

Avancemos um pouco até 1987 no Japão, onde encontramos um Joseph naturalmente mais velho a caminho de uma cela, acompanhado por Avdol, um amigo seu. Chegados ao local, o seu neto Jotaro afirma estar possuído por um espírito maligno. Ao contrário do seu avô bastante sorridente e sociável, Jotaro é um delinquente de poucas falas e muita violência! Depois de uma breve explicação Jotaro descobre que não está possuído por um espirito maléfico mas sim por um Stand. Stands são entidades que emanam de indivíduos que possuem uma força espiritual muito forte e cada um corresponde a uma carta de um deus egípcio ou do tarot. No entanto a principal razão deste fenómeno deve-se ao facto de Dio, o carismático antagonista da primeira parte, ainda estar vivo, isto porque andou a pôr a cabeça onde não devia!

Sendo um Joestar, Joseph tem o dever de acabar com o inimigo da sua família de uma vez por todas! Para isso conta com a ajuda do seu neto e do seu Stand, Star Platinum. De início Jotaro não oferece ajuda mas quando a sua mãe, também uma Joestar, fica possuída por um Stand, Jotaro não hesita e junto com o seu avô, Avdol, Kakyoin, e mais tarde Polnareff e Iggy formam os Stardust Crusaders, um grupo composto por Stand users de várias nacionalidades que terão de viajar desde o Japão até ao Egipto. Esta viagem não será nada fácil, pois a barrar-lhes o caminho encontram-se dezenas de possuidores de Stands maléficos ao serviço de Dio. Antes de uma análise mais aprofundada vamos dar-vos a conhecer os membros deste estranho mas carismático grupo.

 

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Jotaro Kujo (Japão): Jotaro é o neto de Joseph Joestar, o anterior protagonista. Um guarda-fato com pernas, um delinquente de poucas falas, muitas delas apenas dizendo “Yare yare daze”. É conhecido por estar sempre onde existe confusão e por falar com os seus punhos. Ora à primeira vista Jotaro pode parecer um caso perdido, mas também tem qualidades, embora não as demonstre. Ele preocupa-se com as outras pessoas e familiares, especialmente a sua mãe. O seu Stand Star Platinum é um dos Stands mais poderosos, oriundo da carta Star; tem grande força física, rapidez e precisão. O nome Star Platinum teve origem quando antes de partirem, Avdol dizer-lhe para dar um nome ao seu Stand escolhendo uma carta. Como Jotaro muito apropriadamente escolheu a carta estrela, ficou conhecido como Star Platinum.

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 Joseph Joestar (América do norte): Regressa o alegre, carismático estratega e protagonista de Battle tendency! Os anos não perdoam e Joseph conta já com 67 primaveras, mesmo assim retendo o seu físico, talvez por treino com o ripple. O intrépido guerreiro deu lugar a um pai babado, no entanto quando a sua filha fica possuída pelo Stand de Dio, Joseph não pensa duas vezes e volta de novo a vestir a pele do guerreiro que outrora foi. Ele é a única personagem que ainda preserva o ripple e ao longo desta aventura (Joseph) vai utilizá-lo diversas vezes junto com o seu Stand Hermit Purple, que como o nome indica, representa a carta Hermit. Tendo forma de videiras este Stand não é muito equiparado para combate e mais para a estratégia, típico de Joseph e bem patente na luta contra Mariah, no entanto será crucial em diversas situações, nas quais o veremos ser utilizado como recolha de informações e até como meio de transporte. Agora que a alma de Speedwagon descansa em paz Joseph tornou-se o seu substituto a interpretar o que nós, espectadores, estamos a ver.

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Muhammad Avdol (Índia): Na verdade, Avdol foi o primeiro dos Stardust Crusaders a conhecer Dio. Conheceu-o numa esquina nas ruas da Índia enquanto este alçava a perna, fazendo olhinhos a Avdol, transbordando uma sensualidade pouco comum num homem (Palavras de Avdol, não minhas!). O pobre Avdol fica enfeitiçado com tal encanto e desata dali a correr! Também é o primeiro a manifestar o seu Stand, Magician’s Red, representando a carta Magician, um Stand com forma de ave flamejante que, como o nome indica, usa poderosos poderes de fogo. Dentro dos Stardust Crusaders ele é a voz da razão, pensando de maneira menos impulsiva e mais ponderada, no entanto um incidente onde quase perde a vida desperta um pouco uma maneira de diferente de encarar as pessoas e situações.

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  Kakyoin Noriyaki (Japão): Colega do mesmo liceu de Jotaro, de início o Dio manipulou Kakyoin para atacar Jotaro. Este incidente fez com que este quase perdesse a vida, não fosse a intervenção calma e precisa de Jotaro e do seu Stand. Mesmo consciente que foi manipulado, Kakyoin decide tornar-se aliado e juntar-se à luta ao ver Holly naquele estado. Também é especulado que Kakyoin interessa-se por mulheres mães, a forma como a descreve não esconde esse facto. A sua carta Hierphant tem a forma de Stand humanoide, perito em ataques de longo alcance e dotado de elevados sentidos sensoriais; também pode controlar pessoas mas o que veremos mais é o seu ataque Emerald Splash. Embora possa parecer frio e distante Kakyoin é um dos Stardust Crusaders mais leais e será determinante na luta contra o Dio.

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 Jean Pierre Polraneff (França): Polnareff anda à procura do assassino das duas mãos direitas responsável pela morte da sua irmã. A sua procura leva-o até Dio, acabando também manipulado como Kakyoin e de novo resgatado por Jotaro. É o membro mais impulsivo, cómico e mulherengo no grupo; devido a esta personalidade envolve, não só a si, mas também todos os Stardust Crusaders num sem fim de situações. Porém, como é uma pessoa dedicada, ninguém hesita em colocá-lo na linha da frente numa batalha complicada. A sua carta Charriot tem a forma de em robô espadachim humanoide envolto numa armadura, com um design muito semelhante a um Robot Master da série de videojogos Megaman, no qual a velocidade e destreza no combate são os seus maiores destaques; inclusive a habilidade de criar vários clones de si mesmo e usá-los no ataque.

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 Iggy (América do norte): O último dos Stardust Crusaders só surge no início da segunda temporada. Este Boston terrier das ruas da América do norte é na verdade um Stand user e de início só faz o que quer, não escutando nada nem ninguém, só mesmo quando são oferecidas pastilhas com aroma de café é que decide cumprir ordens. Dono da sua independência e bastante arrogante, aos poucos este começa a sentir-se integrado nos Stardust Crusaders, tanto que mostra grande bravura nas lutas contra Pet Shop e Vanilla Ice. O seu Stand The Fool e carta respectiva têm forma de um ser composto por areia que pode assumir diversas formas, tanto de defesa como de ataque.

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 Dio Brando (Inglaterra): Este poderoso vampiro que todos já julgavam morto volta a aparecer nesta parte. Afinal Dio sempre levou avante o seu plano de juntar a sua cabeça ao corpo de Jonathan, o protagonista de Phantom Blood. Durante um século esteve fechado num caixão, mas a ganância humana fez com que fosse libertado. Assim que desperta, Dio emana um grande poder espiritual, fazendo com que os Stands ganhem forma da energia espiritual dos seus mestres. O que também regressa é a sua ambição, mas ao contrário de outros antagonistas, Dio não tem ambições de conquista de mundos, simplesmente quer derrotar o medo, acreditando que só conquistando o medo é que podemos tornar-nos completos. Ao longo de toda a série apenas vemos vultos dele, inclusive a sua cara é encoberta, só mesmo no final quando Dio sai da sua mansão é que assistimos em toda a sua glória a ele e ao seu Stand, o poderoso The World, um Stand com as mesmas capacidades de Star Platinum mas com a adição de parar o tempo por alguns segundos.