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“Madame Sosostris”

Esta série está a tornar-se cada vez mais rebuscada, e está a perder a piada que tinha ao início devido à novidade. A verdade é que a série é divertida e entretida, mas parece dirigir-se a um público que considera obtuso e simples, um público que não tem vontade de pensar. Está a tornar-se um pouco difícil de ver sem revirar os olhos a cada cinco minutos – e ainda faltam sete episódios!

O episódio começa com o funeral de Sally. A cena foi visualmente muito agradável, com o pôr-do-sol a emprestar alguma emoção aos muito pouco emotivos Copeland. Fiquei bastante feliz por este episódio não nos forçar a engolir mais nenhuma criatura mágica ou estranha, mas as decisões dos Copeland foram mais bizarras do que qualquer dragão ou banshee. O que os poderia levar a querer voltar para casa, tendo visto tudo o que viram no caminho de casa para cá?! A única decisão lógica seria manterem-se no Álamo, o campo seguro construído por Booner, com dúzias de outros indivíduos saudáveis e treinados no exército. Até acho que isso poderia ter sido bem mais interessante para o desenvolvimento da série do que mais episódios em que os Copeland viajam, descobrem mais eventos bizarros que nunca mais são mencionados e que complicam ainda mais o enredo, e se separam sem qualquer razão lógica, sabendo perfeitamente que isso pode levá-los a perderem-se uns dos outros indefinidamente.

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Pois bem: os Copeland partem do Álamo, e levam consigo dois soldados. Josh parte com Brianna, Devyn, e Jane para a Universidade para procurar a professora Douglas, que previu tudo o que está a acontecer na sua tese. A sério? Previu que demónios iam possuir corpos humanos, e a tese foi aceite? Basicamente a teoria é que vários “fins do mundo” de várias culturas estão a suceder ao mesmo tempo. A acrescentar a tudo isto, estão os tremores de terra, que segundo a professora Douglas, querem dizer que um enorme vulcão mesmo por baixo deles está prestes a explodir. Quererá isto dizer que o Álamo também será erradicado pelo vulcão? Terão eles feito a decisão correcta em fugir? Que fujam depressa… A professora Douglas era a pessoa mais inteligente que já entrou nesta série até agora: olhou à sua volta, abanou a cabeça, e decidiu morrer! É baleada por Jane, uma verdadeira mulher de acção.

Entretanto, Karen, Matt, Dana e Martin estão no campo de férias onde Dana costumava ir, para procurar víveres. Claro, decidem, novamente, separar-se, porque isso tem funcionado tão bem até agora. Dana e Martin aproveitam a sua privacidade para estarem sozinhos e terem o diálogo amoroso mais constrangedor desde o primeiro filme Crepúsculo. Uma das melhores partes do episódio, para mim, foi vermos o verdadeiro carácter de Karen a aparecer. Quando as ex-presidiárias lhe dizem que a Dana está morta, Karen não faz uma única pergunta, nem verifica se esta afirmação é verdadeira: abre fogo sobre todas elas, mesmo aquela que implora pela sua vida. Não estava exactamente à espera disto. Entre esta cena e o envenenamento dos rufias do supermercado por Josh, os pais de Dana já mataram seis pessoas por ameaçarem a segurança da sua menina! Se eu fosse Dana, também me iria sentir horrivelmente… Dana expressa a sua dor como todos os típicos adolescentes: a fumar um cigarro. Não é nada cliché.

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O maior evento do episódio foi provavelmente a morte de Devyn. Após ele e Bri terem sido ultrapassado por Martin e Dana como casal mais esquisito de todos os tempos, Dev já não era necessário ao enredo, e descobrimos que está possuído por um dos “skin walkers”, os demónios cor de cinza que se podem esconder num humano sem serem detectados. Devyn tenta lutar, e o seu amor por Brianna leva-o a matar-se antes de lhe poder fazer mal. A Brianna tenta convencê-lo a esconder a sua possessão, para a família não o matar – isso sim que é devoção! Preferir dormir juntamente com a família ao lado de um potencial assassino, do que perder o namorado que conhece há, o quê, uma semana?

A série continua a ser boa o suficiente para se ver, ou se ir vendo, mas a faísca da novidade está-se a gastar rapidamente. Estou à espera de que alguns dos pontos deixados em aberto (o dragão Quetzacoatl?) sejam explorados devidamente nos próximos episódios, e que as pesquisas da professora Douglas, que o Josh conseguiu resgatar, sejam úteis para percebermos o que raio se passa nesta série.

O que achaste do acto de coragem de Devyn?

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