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“El Valero”

Pronto, este episódio não me fez entrar em paroxismos de entusiasmo histérico, mas isso pode ter a ver com o facto de eu estar particularmente cansado quando o vi. Não quer dizer que não tenha vários momentos fantásticos!

Logo para abrir vemos finalmente o motivo da loucura de Odin Quincannon, e a revelação da cena nos primeiros episódios em que o jovem Jesse Custer acompanhava o pai ao escritório de Odin. Compreendo que qualquer um ficasse perturbado depois de ter toda a sua família morta num acidente trágico, mas andar a remexer nas entranhas da família à procura do seu espírito já é um pouco extremo. É uma explicação tipicamente gory da relação que Odin tem com a religião e com Deus no geral, e informa muitas das suas decisões até este momento.

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Como já nos habituámos com Preacher, o grande ataque épico que nos tinha sido prometido no episódio anterior acaba por redundar num longo e ridículo cerco à Igreja pelos homens do Odin Quincannon. As várias cenas que surgem nessa sequência, desde o ataque inicial, o Odin a tentar criar estratégias com os seus homens, a tentar convencê-los a atacarem a igreja com a promessa de um food court, o Jesse a rebentar com o pénis de um dos trabalhadores, são das mais cómicas na série até agora, e deram-nos algumas das melhores citações.

“Preacher shot my dick off”
“Hell of a shot, really”
“Doesn’t even hurt that bad”
“Here’s your Penis”
“When you hear the battle cry, I want y’all to race forward and try real hard not to get your penises shot off.”

Enquanto está escondido dentro da sua igreja, Jesse desenterra o Eugene, que aparentemente voltou do Inferno. Percebemos que na realidade o Eugene não está realmente lá, e não é mais do que uma manifestação da culpa que o Jesse sente, o que acaba por ser uma ferramenta de escrita já um bocadinho gasta. No entanto isso é compensado por mais algumas excelentes citações “It’s not that far” e “It’s crowded” muito visuais e sugestivas.

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As interacções com o DeBlanc e o Fiore são como sempre fantásticas, com eles a tentarem mais uma vez remover o Genesis de dentro do Jesse. Depois de falharem mais uma vez, e de voltarem atrás na sua palavra de que ajudariam a trazer o Eugene do inferno, ameaçam com mais uma solução possível, que ainda não sabemos qual será. Mais uma vez, temos outra citação fantástica.

Tin can: demonic high pitched scream
Fiore at the can: Bad boy!
DeBlanc at Fiore: No.

No fim, o Donnie acaba por rebentar com os próprios tímpanos para conseguir entrar na Igreja sem que o Jesse posa usar o seu poder nele, e consegue atordoá-lo. No último confronto com o Odin Quincannon, este diz que está a servir Deus, mas um Deus do que é real, tangível. Um Deus da Carne! As pessoas que leram a banda-desenhada sabem para onde é que isto está a ir…

Em segundo plano, durante todo o episódio, vemos em várias cenas a Tulip a ir adoptar um cãozinho fofinho, depois a brincar com o cãozinho em casa, e depois a dar o cãozinho fofinho de comer ao Cassidy. É simples, directo, eficiente, e muito forte.

O episódio termina com uma imagem poderosa do mostrador de pressão com a mensagem em letras grandes, vermelhas e luminosas por cima a dizer DANGER, quando um funcionário vem e reduz a pressão para fazer desaparecer o perigo. É uma metáforazinha inteligente que resume todo este episódio, e que serve de prenúncio aos próximos, provavelmente.

Este será talvez um dos episódios menos dramáticos da série, sobretudo tendo em conta que já estamos na recta final, e que agora é que queremos que as coisas comecem a escalar rapidamente. Nesse sentido foi um bocadinho uma desilusão, mas compensou-se mostrando quanta piada a série consegue inserir nos seus diálogos.

Tenho grandes expectativas para os próximos episódios!

Qual achas que é a solução dos Anjos para remover o Genesis de dentro do Jesse?

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