“Return 0”
E chegámos ao último episódio da série. E que episódio brutal. A sério, fiquei colado ao ecrã, emocionei-me, vivi cada segundo. Foi o final perfeito para a série e aquele que as personagens e os espectadores mereciam.
O vírus que o Finch injectou na Internet espalhou-se por todo o Mundo e os sistemas electrónicos entraram em colapso. No entanto o Samaritano ainda não foi destruído. Finch está desaparecido e o John e o Fusco voltam à esquadra para tentar localizar Finch. Claro que o Samaritano consegue pôr toda a esquadra contra eles. Quando Finch aparece foi muito badass. Adorei este novo Finch nos episódios finais.
Foi importante o Fusco ficar a conhecer o quartel general da equipa, Finalmente é um verdadeiro integrante da equipa da Máquina. Ele e Sameen fazem uma excelente equipa. Adorei a sua dinâmica enquanto defendiam os servidores da máquina. Fusco é uma força a ter em consideração tal foi a facilidade com que controlou o operativo do Samaritano. Sameen teve o seu momento de despedida da Root. A Máquina ama a sua equipa, e entende as emoções humanas, é uma verdadeira guardiã, um verdadeiro Deus, a Máquina é, à parte da sua constituição física, humana. Só sendo humana é que consegue compreender a complexidade da espécie, só assim consegue proteger cada pessoa. Ela é tudo o que o Samaritano não é. O Smaritano é só músculos e chega aos seus objectivos através da força. A Máquina é consciência, pensamento, racionalidade. A Máquina é aquela velha que vive sozinha e ninguém liga mas que tem o conhecimento e a sabedoria de centenas de gerações. O Samaritano é o puto bully lá do bairro que acha que é o maior mas na verdade é o maior fraco da zona.
Quando o Fusco leva as duas facadas pensava que ia ficar por aí mas sobreviveu.
Finch e John vão atrás do backup do Samaritano que ainda não foi infectado. Não vale a pena tocar no ponto da facilidade com que entram dentro do cofre da reserva federal. Neste momento já não ligo a esse pormenores. Quando Finch se sacrifica deixando o John para trás, foi bastante emocional. O facto de ele dizer que o John passou de ser um simples empregado para um verdadeiro amigo foi como uma bomba. O John não está sozinho, nem nunca esteve. E o Finch sacrificou-se por ele.
O Samaritano tenta mais uma vez convencer o Finch a não o destruir e foi muito badass ele aparecer com pompa e circunstância nos ecrãs gigantes da avenida mais famosa do Mundo (que agora me esqueci do nome e não me apetece ir pesquisar). É sempre bom as conversas entre os dois. E chegamos ao momento que resumo toda a temporada. O Samaritano transferiu-se para um satélite Russo e para impedir que a Máquina se transferi-se para lá programou o lançamento de um míssil contra as antenas e o transmissor. Finch chega ao telhado do prédio e aí tem uma conversa absolutamente emocional e comovente com a Máquina.
A Máquina diz que para compreender a vida teve de estudar a morte. Adorei!! Todos morremos sozinhos, é um facto, mas se marcarmos uma pessoa, apenas uma única pessoa, viveremos para sempre. A nossa morte não será o fim de nós. Nós continuaremos vivos na memória de outros. É bastante poético e mais uma vez foi bastante emocional ouvir a Máquina (com a voz da Root) dizer isto. Emocionei-me bastante, não tenho medo de o dizer, e agora que estou a escrever isto, a emoção está na flor da pele. Todo esse momento foi lindo, e é difícil para mim traduzir em palavras.
Quando o Finch se apercebe que está no sitio errado e o John aparece no outro prédio, com a música a tocar, foi difícil de conter as lágrimas. Era óbvio que o John estando ali, não iria sobreviver. Mas tudo bateu certo, tudo fez sentido. O John só vivia para ajudar os outros e principalmente para proteger o Finch. Fez todo o sentido ter sido ele a fazer o grande sacrifício pelo Bem Maior. A despedida do John, juntamente com a despedida da Máquina e o Finch a implorar, bateu profundamente cá dentro. Foram 5 anos a acompanhar estas personagens, 5 anos a descobrir esta história fantástica, 5 anos a ver a evolução gradual da qualidade desta série. No fim tudo culminou no fim perfeito. Tudo fez sentido.
O Samaritano foi destruído, a Máquina passou a ser a verdadeira guardiã do Mundo, sem amarras ou controles. Finch tem a oportunidade de viver a vida que merece junto da mulher que ama, Fusco volta para o seu trabalho que adora e Sameen continua a fazer o que melhor sabe. Ajudar as outras pessoas às ordens da Máquina.
Sameen mata o operacional do Samaritano e até hoje não percebo o destaque que ele teve durante esta temporada.
Foram poucas as séries que acompanhei até hoje e que tiveram finais dignos. Person of Interest teve um final bastante digno e merecedor. Um final de qualidade para uma série de qualidade. No fim de contas, não podia pedir mais do que isto.