“Meet the New Boss”
Woohoo! Temos mais um episódio e as coisas estão a começar a acelerar! Este episódio começa logo com uma execução engraçada do género de terror, que faz lembrar Poltergeist, o Fenómeno, para ter a certeza que não nos esquecermos de que isto são mesmo mesmo fantasmas. Pouco depois temos o Fitz e a Simmons a estudarem a caixa de onde saiu esse fantasma inicialmente, e o Fitz diz assim:
What if there is something in there in an unobservable quantum state?
No primeiro Thor (2011) é afirmado que a magia é simplesmente ciência muito avançada e a partir do momento em que soubemos que o Dr. Estranho vinha aí lançou-se a questão se a magia presente nesse filme ia ser suportada por alguma forma de explicação científica (mesmo que fosse só applied phlebotinum). Apesar de a visita ao Quantum Realm no Homem-Formiga (2015) ser muito reminiscente de visuais que têm surgido para o Dr. Estranho, tanto quanto se sabe esse filme vai simplesmente assumir a magia como magia e não tentará explicá-la cientificamente.
Será que isto é o Fitz a tentar explicar a magia presente no universo do MCU? Será que a magia tem um fundamento científico? Seria extremamente interessante termos a série Agents of S.H.I.E.L.D. a providenciar respostas e explicações a perguntas que são deixadas em aberto nos filmes. De qualquer forma o Fitz a Simmons e o Mack descobrem que o material de que é feito a caixa é produzido num laboratório específico e decidem ir investigar.
Entretanto o Coulson e a May vão encontrar-se com o novo Director! Para surpresa de todos (a minha, pelo menos) o Director, que se chama Jeffrey Mace e é interpretado por Jason O’Mara, é um tipo simpático, afável, abordável, compreensivo e flexível. Parece estar mais preocupado com a maneira como a S.H.I.E.L.D. é vista pelo público, mas essa é uma preocupação compreensível dado tudo o que aconteceu antes. O novo Director Jeffrey Mace é tão irritantemente…razoável! Quero discordar dele, e quero embirrar com ele mas não encontro razões nenhumas!
Eu não estava NADA à espera que o novo director fosse um Inumano!
Enquanto isso a Daisy vai atrás do Robby Reyes, e encontra-o na garagem onde trabalha. Gosto imenso da interacção entre eles, o vai-e-vem de ameaças e de vantagens que eles vão ganhando um sobre o outro. Robby Reyes, interpretado por Gabriel Luna, tem uma excelente química com Daisy. Finalmente, e mais uma vez, o Robby Reys usa os seus poderes de Ghost Rider e derrota a Daisy. Os poderes dela estão mesmo a estragar-lhe os ossos dos braços e desta vez ela acaba mesmo com uma fractura. Enquanto ele está à procura de uma desculpa para a matar, ela dá-lhe a volta e convence-o de que há algo mais sinistro a acontecer, o que faz com que ele se vá embora para investigar o lugar de onde vieram as caixas. Em mais um momento de badassery, ela consegue soltar-se e voar/saltar para apanhar o carro dele que acelera e se torna flamejante no túnel mais filmado de Los Angeles.
Fiquei surpreendido por nos mostrarem os fantasmas a discutirem uns com os outros. Aparentemente foram de alguma forma atraiçoados e enganados a ficarem presos dentro das caixas, onde já estão presos há vários anos (mas quantos?). Parece que um dos seus principais objectivos é encontrar quem os atraiçoou, e isso pode bem ter a ver com Robby Reyes.
Adoro o Fitz e o Mack juntos. Fazem imenso lampshading ao facto de estarem a investigar lugares escuros e mal-iluminados, e voltamos a ver a Axe-Shotgun do Mack! (esta série sabe do que os fãs gostam!). Num culminar muito emocionante, no qual eu fiquei genuinamente preocupado pelo Mack durante cerca de 2 segundos, o Robby Reyes entra e salva a situação matando um dos fantasmas e desaparecendo sem dar mais explicações (mas apanhando pelo caminho uma fotografia!). Continuo a não me cansar de ver a transformação do Ghost Rider. Gosto mesmo destes efeitos especiais!
O confronto entre o Mack o Fitz e a Daisy é doloroso de se ver. Enquanto lhe estão a pôr uma tala no braço partido vemos que o Mack e o Fitz estão muito magoados por ela ter abandonado a equipa. A cara do Mack quando percebe que não só a Daisy mas também a Yo-Yo os estão a trair ao roubarem os comprimidos de regeneração óssea é terrível. A questão que eles lhe põem, sobre se ela está a aliar-se a um vigilante que decide por si mesmo quem é que vive ou morre, é a mesma pergunta que nós nos estamos a pôr a nós mesmos. No fim do episódio, ela entra para o carro com ele! Tan-tan-tan!!!
Do lado da S.H.I.E.L.D., as coisas começam a correr muito mal durante a visita guiada que o Director convenceu o Coulson a dar. Ver a May, uma das personagens mais sólidas e confiáveis da série até agora, a começar a enlouquecer e a perder a sanidade é muito perturbador. Adorei a interpretação de Ming-Na Wen, e a maneira como põem o Coulson a acalmá-la. A cena final, dela presa a uma maca a estrebuchar é particularmente desconfortável de ver.
Também tenho de admitir que adorei ver a May a dar um tareão aos seus alunos. Eu estava a começar a pensar como é que eles a iam parar, porque até agora estava claramente estabelecido que ela é a combatente humana mais poderosa que eles têm, até que entra o Director Jeffrey Mace que come com um tubo de metal na testa e nem pisca os olhos!!! E depois derrota a May como se nada fosse!!! E DEPOIS O DIRECTOR É UM INUMANO!!!
Eu não estava NADA à espera que o novo Director fosse um Inumano!
Não é preciso pesquisar muito para descobrir que o Jeffrey Mace já era uma personagem da Marvel, nos anos ’40 e ’50. Nessa altura o Jeffrey Mace era um herói chamado Patriot, tinha um conjunto de habilidades físicas muito semelhantes ao Capitão América, e também andou a lutar contra Nazis. No fim dos anos ’40 o Jeffrey Mace chegou mesmo a vestir o uniforme do Capitão América numa das vezes em que Steve Rogers desaparece (algo que acontece mais frequentemente do que se poderia pensar).
Apesar de não achar que o Jeffrey Mace vá ser o Capitão América nesta continuidade, não deixa de haver vários paralelismos curiosos: são ambos caricaturas afáveis, grandes e fortes do Americanismo, ele menciona explicitamente no episódio que a primeira escolha para novo director da S.H.I.E.L.D. teria sido o Steve Rogers, mas ele desapareceu, e há ainda outro pormenor interessante.
Nas BDs originais, a personagem do Thaddeus “Thunderbolt” Ross, que recentemente vimos a empurrar os Acordos de Sokovia aos heróis em Capitão América: Guerra Civil, é sobrinho de Jeffrey Mace. Se agora estão a reformular a personagem para lhe dar uma origem mais moderna, não é de todo impossível que o tornem a ele sobrinho do Thunderbolt Ross que agora é um membro do governo. Um Inumano super-poderoso, politicamente correto, director da S.H.I.E.L.D. com um tio no Congresso Americano? Sim, obrigado!
Lembra-te que eles podiam ter criado uma personagem completamente nova para o papel de novo Director da S.H.I.E.L.D.. O facto de terem ido repescar uma personagem previamente existente, com toda esta bagagem histórica e relações interessantes com coisas que estão a acontecer neste momento no MCU, é muito entusiasmante!
#ITSALLCONNECTED!