“Light in Darkness”
Os últimos minutos da segunda temporada foram carregados de choque e tensão. Depois da luta acesa entre Rhonda (Kaitlin Doubleday) e Anika (Grace Byers) no topo de um edifício, o grito desesperado de uma mulher a cair do terraço deixou cada um dos mais fiéis seguidores em suspense (e assim obrigados a estar por pouco mais de quatro meses).
Rhonda acabou por ser a escolhida para sair do elenco. Com a sua morte, o tumulto (que até aqui não era pequeno) intensificou-se muito mais, especialmente após o nascimento prematuro do bebé de Anika logo após o acidente. Ainda assim, no geral, o início da nova temporada esteve aquém das expectativas. Tivemos tudo: hip-hop, suspense, a devida e merecida atitude de Cookie Lyon (Taraji P. Henson), doses de humor e sarcasmo, e um grande suspense em determinadas alturas.
Pessoalmente, porém, considero que as introduções de determinados problemas como o ataque de ansiedade de Jamal (Jussie Smollett) ou o jantar super tenso entre os Lyon e o agente do FBI, Tariq (Morocco Omari), foram simplesmente forçados. A forma como veio a acontecer é algo que não se justifica como viável se a história fosse realmente verdadeira. Já na vida real coisas assim aborrecem-me; quanto mais numa série que garante qualidade na sua história. Ainda que tenham sido eliminadas algumas tramas para “encher chouriços”, houve tantos furos e histórias mal contadas durante a segunda temporada, que só peço por tudo que agora estejamos prestes a entrar num novo túnel de seriedade e sentido, ou de outra forma, o conteúdo pode rapidamente cair como 5kg de arroz de um edifício… ou como a Rhonda caiu em cima daquele Mercedes preto.
No geral, é minimamente consistente, e decerto trará novas perspectivas ao decorrer das vidas de cada uma das personagens. Se bem que de momento, com um agente federal à perna do império dos Lyon, tão depressa as coisas não irão amainar.