“A Darkness Surrounds Him”
Outcast partiu tudo!
Esta série interessou-me desde a primeira vez que vi o seu promo a passar na FOX. Devo dizer que ela me agarrou ao ecrã logo aos primeiros minutos deste episódio em que assistimos a uma cena brutal em que um miúdo, Joshua (Gabriel Bateman), fica possuído e esmaga um insecto com uma cabeçada. Toda esta sequência de apresentação do Joshua teve um ambiente que foi tudo aquilo que esperei ver e muito mais!
As séries estão cada vez mais fílmicas, e em Outcast é muito fácil esquecer-nos de que estamos só a ver um episódio!
Quanto à história, estas são as personagens que nos são apresentadas:
Neste episódio conhecemos, Kyle Barnes (Patrick Fugit), o personagem principal. Kyle vive conturbado pelo passado. Não se pode aproximar da mulher e nem da filha e vive na sua casa de infância onde sofreu maus tratos pela parte da mãe que estava possuída por um espírito demoníaco. Nunca foi feita qualquer referência ao pai de Kyle, e por alguma razão, isso me intriga.
A personagem ainda muito afectada pelo desfecho do seu casamento e pelas memórias daquela casa, demonstra-se incapaz de cuidar de si. A sua cidade age de forma estranha na sua presença. As pessoas não gostam dele. Todos pensam que ele fez coisas horríveis à filha mas o que vimos que realmente aconteceu foi que ele tentou salvá-la da morte certa às mãos da sua mulher que estava possuída por um espírito também.
Sendo o exorcismo um tema recorrente na sua cidade, por que razão é que ele esconde que a sua mulher estava possuída por um demónio?
Kyle parece-me uma personagem muito interessante, só que ao mesmo tempo, meh, não levantou muita poeira até ao final do episódio, quando descobriu que conseguia exorcizar o demónio com o seu próprio sangue. Parece-me ter o potencial de um futuro badass quando sair da casca, mas ao mesmo tempo, se o vir para aí a caçar demónios para os exorcizar, isto vai se tornar um Supernatural.
Outra personagem que surge é Megan Holter (Wrenn Schmidt), que é a primeira pessoa a preocupar-se com o bem estar de Kyle devido a algo que ele fez por ela no passado e que ainda não temos a mínima ideia do que terá sido. Megan preocupa-se com ele e leva-o a jantar em casa dela onde o marido Mark Holter (David Denman), um agente local, o recebe com imensa antipatia e frieza. Mark odeia Kyle pelo mesmo motivo que todas as outras pessoas. O ambiente escalda sempre que estes dois se encontram.
Mais tarde Kyle encontra-se com o Reverendo Anderson (Philip Glenister), um exorcista que nas missas fala destas almas demoníacas. O Reverendo aparece logo no inicio do episódio com uma pinta desmarcada a fumar e a jogar. Durante essa cena inicial ele é quase um Abraham Van Helsing, mas depois deixa de emanar essa força pelo resto do episódio, passa a um cidadão mais boémio que tem de tratar de burocracias. Espero ver esta personagem ficar muito mais imponente do que o que se mostrou ao lidar com Joshua.
Anderson demonstra conhecer muito bem Kyle. O Reverendo que estava a tratar do caso do Joshua há cerca de uma semana até o incentiva a ajudá-lo porque os seus paleios e as suas águas bentas não afectam muito o demónio dentro do corpo do miúdo mas por alguma razão a presença de Kyle é logo suficiente para que o demónio mude a sua postura e comece a falar. O demónio conhece Kyle e o seu passado atormentador, tudo sugere que este era o demónio que tinha possuído a sua mãe.
Mais tarde explode uma bomba na serie, quando Kyle regressa para derrotar o demónio e no meio da luta apercebe-se que pode usar o seu próprio sangue para o exorcizar. É então que me pergunto, porque raio é o sangue dele tão especial? Cheira-me que vamos levar uns bons episódios até descobrirmos.
Joshua foi a personagem que achei mais interessante, uma fera, que me fez lembrar em muito as crianças do filme Mama. Dele conseguimos retirar grandes aspectos destes demónios como o que esperar das actuações e técnicas a utilizar-se para as próximas possessões. Sabemos que eles se contorcem e se partem todos, conseguem ser mesmo selvagens e sombrios ou abstraírem-se de toda a dor e do meio envolvente, são muito enraivecidos mas também muito racionais e comunicadores. Há muitos filmes onde não se descreve tão bem esta espécie. O ambiente e o tratamento que dão à serie ainda me dão uma melhor experiência do que se eu tivesse pago para ir ao cinema. Só tenho pena que a ideia que este episódio passa é que estes demónios não irão falar aramaico e seria mais empolgante ter esse ponto a favor em Outcast.
Por fim aquela substância negra a subir para o tecto que me recordou de Príncipe das Sombras e do Exorcista. O que será aquela substância?
O episódio foi fantástico. Adorei as cenas com o Joshua, aquele contorcionismo todo e aquela cena inicial foi mesmo cativante.
A representação da mãe de Kyle, na primeira cena parecia, tão bem construída que fez sentir a presença demoníaca no íntimo do espectador. Parecia que estava a olhar para um demónio ou zombie num anime devido à táctica com que jogaram com as sombras e com as luzes na cena.
Foi tudo tão intenso! Grande dramatismo! Much blood, wow such drama! Muito melhor do que grande parte dos filmes que têm saído sobre o tema! Espero ver muito mais disto, omg, eu quero muito mais disto!! A série tem um tratamento visual tão bom que é tudo o que queria ver no cinema mas que nunca vejo e acabo por ficar decepcionada com os filmes.
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