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Sempre que pego num jogo de uma portátil fico sempre a pensar… Será que irei encontrar a mesma experiência do grande ecrã neste pequeno? E bem… a resposta foi sim! Por muito mal que a PSVita tenha sido tratada pela Sony, a pequena consola portátil consegue ter uma biblioteca rica e alguns jogos muito interessantes!

Tales of Hearts R, é o remake do Tales of Hearts, 11º episódio da série inicialmente lançado para a Nintendo DS em 2008, e desenvolvido pela Bandia Namco. Este remake saiu para a PSVita, em Março 2013, e veio trazer uma experiência inigualável à consola portátil da Sony. Confesso que o jogo é tão bom e grande que preferi jogar no grande ecrã através da PSTV.

Como em quase todos os JRPGs, o objectivo em Tales of Hearts R é de impedir a destruição do mundo. Um pouco cliché… Começamos a história com o jovem Kor Meteor, que se vê embrulhado na história dos irmãos Hearts: Kohaku e Hisui, que tentam escapar da “bruxa” Incarose, que apareceu do nada para tentar mata-los.

Tales of Hearts R 1

Os nossos heróis vão viajar pelo mundo “Organica” para tentar recuperar as peças do “spiria” partido de Kohaku, um género de alma cristalina que as pessoas têm. Durante a sua missão irão deparar-se com vários locais e pessoas atingidas por “despir”, algo que é causado quando Xeroms, monstros que “sugam” a alma, parasitam o spiria de uma pessoa – o que eles não esperam é que este problema tem uma escala muito maior do que parece e que esta aventura começou há milénios com três “minerians”, um povo que viveu no mundo Mineria (não vou dar-te nomes para evitar spoilers).

A história do jogo está bastante bem estruturada e deixa-nos “agarrados” à portátil da Sony. Desde os seus personagens cheios de carisma e interacção, à dimensão do mundo criado, ao como tudo no jogo encaixa bastante bem… Só tenho pena é as vozes serem em japonês, mas mesmo isso dá piada às falas… Principalmente quando a Beryl começa a berrar com a sua voz estridente. Porém ter o jogo em japonês tem uma grande vantagem… não há censura, principalmente nos textos sobre o peito “avantajado” de Ines.

Aquela parte em que a ines se torna o centro das atenções pelo seu… … … feitio, claro!

Muito rapidamente te vais aperceber que o problema com os xeroms não acabou apenas por “sugar” a alma de certas pessoas. De facto a sociedade inteira mudou devido à este fleuma, dando início a vários conflitos que, ultimamente, resultaram em guerra, discórdia e desespero.

Como grande parte dos RPGs, o jogo vai proporcionar-te horas de divertimento com a história principal e mais umas quantas horas com missões secundárias e objectos secretos a descobrir e evoluir. De facto, muitos dos segredos poderão ser difíceis de obter no nosso primeiro gameplay, tendo que jogar mais uma vez com todos os boosts disponíveis com o Novo Jogo +.

Graficamente, Tales of Hearts R é giro, podia ter sido um pouco mais polido, tendo em conta alguns jogos da PSVita que vemos actualmente, mas isso poderia comprometer um pouco a performance do jogo e resultar em mapas mais pequenos. Continuamos com a mesma assinatura gráfica da série Tales of, um mundo e personagens com um estilo anime cheios de vibrações e cores que nos levam a um mundo ao estilo japonês. A UI do jogo também está bastante bem conseguida, a equipa conseguiu com que graficamente a UI conseguisse integrar muito bem várias funcionalidades da Vita, fazendo bem o uso do ecrã táctil da consola.

Tales of Hearts R 3

A banda sonora do jogo leva-nos um pouco ao “passado”, uma vez que a Bandai Namco decidiu remasterizar as músicas utilizadas na versão da DS. Confesso que em algumas situações é agradável de se ouvir, noutras nem por isso… É preciso ter em conta que as musicas tinham sido desenvolvidas em formato MIDI para a Nintendo DS, havendo aquelas notas características para esse tipo de consolas, algo que acabou por não funcionar tão bem na PSVita e com o tipo de gráficos em questão. Por exemplo, acho a musica das batalhas bastante irritante e uma facada para os meus ouvidos! De resto a nível de diálogos e efeitos sonoros não há nada a apontar, a equipa fez um óptimo trabalho para o formato em questão.

O sistema de combate é parecido com o que conhecemos da série. É um RPG com um sistema cheio de acção, onde podemos combinar vários tipos de ataques e “artes”, fazendo com que cada batalha tenha um enorme nível de adrenalina. Mais uma vez o sistema foi desenhado a pensar na PSVita, poderemos encontrar vários “atalhos” com a ajuda do ecrã táctil, como por exemplo tocar na foto de um dos nossos membros da equipa para que ele efectue uma determinada acção. O sistema em si faz uso, e com melhorias, de algo que presenciamos em Tales of Xillia Final Fantasy XII, um género de controlo que nos permite criar uma táctica para o sistema de batalha em que um dos personagens usa uma magia ou objecto assim que a situação o pedir (por exemplo usar uma Apple Gel quando um dos membros tem menos de 30% de HP, ou uma magia a um inimigo que voa), sendo nós os criadores desta lista de acção, em que há uma acção, uma condição e uma restrição (para impedir gastar todos os nossos objectos, por exemplo).

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Como em muitos Tales of, este título fornece-nos uma enorme liberdade na evolução dos personagens. Cada personagem poderá evoluir até o Nível 200, e a cada nível receber SBP (Soma Bonus Points) para aumentar o nível de um dos 5 grupos “somáticos”. Isto é, cada personagens tem um “Soma”, uma arma que lhes dá poderes para combater, e um dos nosso trabalhos é evoluir este “soma” com os SBP recebidos.

Cada “soma” de um personagem divide-se em 5 categorias (que mudam de nome consoante a pessoa), podendo ser: amizade, luta, crença, entre outros. Assim que uma categoria sobe de nível (com a ajudar de um determinado número de SBP), o personagem ganha uma habilidade ou um melhoramento. Os atributos (vida, força, magia, etc) aumentam com cada SBP dado a uma determinada categoria do “soma”. Para além destes níveis “somáticos” também há uns bónus que o personagem recebe quando duas categorias apresentam um determinado nível. Acho que é um sistema muito bem conseguido que me permite fazer o que quero da minha equipa!

Tales of Hearts R fornece-nos um grande replay value uma vez que, como em quase todos os Tales of, ao recomeçar o jogo temos acesso à “loja de grau”, uma loja onde podemos comprar boosts com os Grade Points ganhos em batalha. Estes boosts podem ser vários: EXP x5, Grade Points x5, manter todos os objectos, manter todas as armas, etc… Isso vai tornar a nossa experiência mais fácil e divertida e, assim, permitir desvendar alguns segredos que eram mais difíceis na nossa primeira tentativa. Por isso já sabes, vai lutando e acumulando pontos para poderes comprar o máximo de boosts para a tua segunda volta!

Tales of Hearts R 2

Concluindo, Tales of Hearts R foi uma óptima adição à PSVitaa pequena consola da Sony precisa de mais jogos destes que acabam por nos proporcionar uma experiência bastante agradável (um pouco ao nível de Monsters Hunter para a Nintendo 3DS). A equipa acabou por desenvolver um jogo equilibrado em que ninguém é esquecido, todos os personagens “fazem mesmo parte” do jogo e acabam por dar sentido à nossa aventura, como é claro temos que ter em conta que este título faz parte da Era “dourada” dos videojogos em que tudo era lindo e maravilhoso.

Bem-Bom

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