Foi no passado dia 4 de Setembro que pudemos assistir a uma massa enorme de fãs a aderir ao Force Friday. À meia-noite (de dia 3, para dia 4 de Setembro) dezenas de pessoas faziam fila à porta da loja Disney, no Centro Comercial Colombo de modo a poderem ver, experimentar e adquirir o merchandising da nova vaga de filmes Star Wars. Um dos “brinquedos” que mais chamou à atenção, por entre mochilas com pêlo de Chewbacca e máscaras de Darth Vader com alteração de voz, foi o andróide BB8.
Este nome já não passa despercebido a ninguém e, apesar de o filme ainda não ter sido lançado, já atingiu níveis de estrelato semelhantes a R2D2 e C3PO. O pequeno e adorável andróide foi reproduzido para o público geral em formato de brinquedo telecomandado.
O andróide telecomandado tem capacidade de transmissão em directo e tem uma opção de “Patrulha”, em que anda ás voltas pela área à procura de inimigos.
Há 15 anos atrás, quando recebíamos carros comandados com fio, nunca imaginaríamos que seria possível chegarmos um dia a este ponto… Mas o dia chegou e muita gente está curiosa para saber como é possível o pequeno robot ser composto por duas peças que movem independentemente uma da outra.
A patente da tecnologia pertence à empresa Sphero, que se auto-intitula como uma empresa que funde o divertimento com a tecnologia e cria robots para fins de lazer, que podem ser controlados através de smart devices. Sphero é uma pequena e desconhecida empresa startup, cujo CEO dá pelo nome de Paul Berbera. Mas onde encaixa o encontro entre esta pequena empresa e o gigante mundial que é a Disney? No ano longínquo de 2014, numa galáxia muito, muito distante, a Disney abriu um programa de modo a poder contar com talentos exteriores à empresa, que trouxessem ideias frescas, na esperança de poderem dar um salto na tecnologia da mídia e entretenimento. Um dos participantes foi Paul Berbera. Dentro do programa, cada um dos elementos exteriores à Disney receberia tutoria de um experiente da empresa, e o tutor designado a Paul Berbera foi, nem mais nem menos, Robert Iger, presidente e CEO da The Walt Disney Company. Iger, reconheceu bastante potencial em Berbera (e na sua companhia) e não hesitou em contratar a empresa como responsável pelos andróides de Star Wars, no que toca à produção e comercialização doméstica.
Agora que sabemos a história, passemos à tecnologia. BB8 é no fundo dois robots independentes, que juntos parecem um só. Enquanto a esfera funciona como corpo e como meio de transporte, a cabeça serve para transmitir imagens em directo, assim como para fornecer informações ao corpo, quando está em modo de patrulha. No seu interior a esfera conta com um giroscópio, de modo a que possa sempre saber qual é o lado de baixo e com duas rodas internas que permite o mecanismo interior a manter-se na posição correta enquanto o exterior gira. Podem também contar com um contra-peso que forçará as rodas a estar sempre em contacto com a esfera, de modo a que exerçam a sua função. Quanto à cabeça, podemos contar com uma ligação directa ao smartphone ou tablet, para que possa mostrar imagens em directo. A “magia” que liga estas duas peças é mais simples do que se pensa: magnetismo. Ímans fortes mantêm as duas peças juntas e foram escolhidos pois permitem que a cabeça se afaste até 1 milímetro do corpo, de modo a que esta possa manter-se em posição e deslizar á vontade enquanto a esfera se move.
Em Portugal, o pequeno gadget encontra-se completamente esgotado (esgotou em menos de 12h), no entanto espera-se um grande reforço nas prateleiras das lojas, próximo da data de lançamento do filme, que tem estreia marcada a 17 de Dezembro de 2015, nas salas portuguesas. O preço do BB8 ronda os 170€.
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