Por volta de 1814, Katsushika Hokusai criou o primeiro manga. Chamava-se Hokusai Manga e continha ilustrações engraçadas de Hokusai. Com um traço típico de pinturas e desenhos antigos japoneses, este manga reuniu cerca de 15 volumes, onde mostrava cenas populares folclóricas e do dia-a-dia japonesas, contribuindo assim para a identificação dos seus leitores. Os desenhos pintados a Nanquim (tipo de tinta usada para a pintura, desenho e escrita) foram feitos sobre papel de arroz. O nome desta arte chama-se Ukiyo-e (“retratos do mundo flutuante”, em sentido literal), vulgarmente também conhecido como estampa japonesa, na qual o autor era mestre.
Se pensam que os mangas quando surgiram eram como os de hoje em dia, estão enganados. Não tínhamos personagens com cabelos espetados, caretas e olhos grandes, eram sim desenhos que retratavam os traços físicos das pessoas e a realidade vivida na época.
Enquanto o Japão ainda estava em fase de recuperação da Segunda Guerra Mundial, surgiu Shin Takarajima (A nova ilha do tesouro), obra do célebre mangaka Osamu Tezuka, datada de 1947, e que foi baseada no traço da Disney e em desenhos animados ocidentais. Este manga foi uma autêntica revolução, já que a partir daí, tanto Tesuka, como uma nova geração de autores, passaram, aos poucos, a explorar mais temas, artes, e a ter a expressividade e as características que conhecemos hoje em dia.
Se quiserem conhecer um pouco mais do autor nesta temporada de anime, têm os 61 episódios da adaptação anime de Black Jack (2004), uma série de manga escrita por Yoshiaki Tabata e ilustrada por Yūgo Ōkuma com base no manga Black Jack de Osamu Tezuka, cuja publicação durou de 1973 até 1983.
O nome “manga” origina-se da junção das palavras “man” (engraçado) e “ga” (desenho).