Dark Knight III: The Master Race #4
Dark Knight III: The Master Race #4
27 de Abril de 2016
USA | 2016
DC Comics
A Master Race irá elevar-se e cidades cairão. Será que os heróis da Terra os conseguirão parar?
Frank Miller, Brian Azzarello
Andy Kubert, Klaus Janson, Frank Miller
Brad Anderson, Alex Sinclair
Andy Kubert, Brad Anderson, Andy Kubert, Rafael Alburquereque, Paul Pope, Jim Lee
Dark Knight III: The Master Race #4 de Frank Miller, Brian Azzarello, Andy Kubert e Klaus Janson leva a série até meio caminho do fim, com os Kandorians a preparem-se para atacar o planeta e Batgirl também se põe a mexer.
Este fascículo tem heroísmos mais diretos do que as pseudo-homenagens taciturnas dos capítulos anteriores, embora – tal como nos outros livros – muito da ação se passe enquanto Batman continua nas sombras. O tom é um pouco diferente, mas este é um capítulo tão merecedor como os anteriores – ainda mais até – e Kubert e Janson fortalecem-no com visuais fortes e quase assombrosos, enquanto os escritores elevam a tensão ao ponto de transformarem a história num verdadeiro thriller.
Miller e Azzarello começam a história com Super-Homem a enfrentar não apenas os Kandorians mas também alguém muito mais próximo de si, com a capital da nação a mostrar as feridas da batalha – os leitores podem facilmente perceber a intencional alegoria política, principalmente com a cabeça falante sem nome, mas que é facilmente reconhecida como Donald Trump. Mais tarde, há um paralelo religioso ainda mais óbvio, quando o próprio povo de Super-Homem se vira contra ele e só falta crucificá-lo, com ele vencido e ensanguentado aos seus pés. Também há outra imagem simbólica, quando se vê o sangue do Super espalhado pelo Ártico, pontuado por uma formação quase blitzkrieg de Kryptonians a flutuarem sobre a cena, evocando o Nazismo e a sua autoproclamada “master race”.
Embora se foque muito no Super-Homem, os criadores não se esquecem que o Cavaleiro das Trevas é o mais importante nesta banda-desenhada e a cena depressa se vira para o Batman enquanto ele se prepara para um conflito tão inevitável como impossível. Os leitores podem agora finalmente espreitar o Batman que estavam à espera, tal como um inesperado – mas demasiado breve – regresso de um herói conhecido.
A mini-banda-desenhada desta edição é sobre como Bruce dá a Batgirl, aka Carrie Kelley, a sua própria missão, sendo novamente desenhada por Miller e ele parece fazer de propósito para dar uma feiura às personagens das suas histórias. Aqui também há um regresso de outra personagem desaparecida, se bem que – e ao contrário da outra mais acima mencionada – esta parece que vai ter um papel maior em futuros livros.
A arte em geral continua excelente nesta série – por exemplo, na página de abertura Kubert e Janson mostra o aparente destino de Ray Palmer depois dos eventos do último fascículo e é exposto pelos artistas de uma forma que lhe dá uma textura tipo Miller – a inspiração de O Cavaleiro das Trevas Regressa continua forte. Há algumas páginas com arte apenas em lápis, de Kubert, no fim, que são um bónus muito bom.
Miller, Azzarello, Kubert, e Janson melhoraram neste fascículo e tanto a história e os leitores só beneficiam com isso. Dark Knight III: The Master Race #4 prova que apesar dos percalços dos dois últimos meses, a série tem muito para dar.
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A posição heróica de Super-Homem, a narrativa de Kubert, a excelente backstory, a arte em geral.
O novo fato de Carrie. E a história precisa de aumentar um pouco o passo.