Dark Knight III: The Master Race #1
Dark Knight III: The Master Race #1
25 de Novembro de 2015
USA | 2015
DC Comics
A sequela à minissérie de Batman de 1986, O Cavaleiro das Trevas Regressa, de Miller, e à minissérie The Dark Knight Strikes Again, continuando a história de um envelhecido Bruce Wayne que reassume a sua identidade como vigilante, ajudado por Carrie Kelley e também com a presença de Super-Homem e Mulher-Maravilha.
Frank Miller, Brian Azzarello
Andy Kubert, Klaus Janson
Brad Anderson
Andy Kubert, Klaus Janson, Frank Miller entre outros
Frank Miller e Klaus Janson estão de volta a Batman, e desta vez trouxeram Brian Azzarello e Andy Kubert para Dark Knight III: The Master Race #1, o primeiro de oito fascículos desta há muito esperada série de bandas-desenhadas.
Este novo capítulo da trilogia Dark Knight – se não acabar por haver mesmo um quarto número – com um Batman que não saiu apenas do seu esconderijo como mudou a sua mentalidade de herói – é óbvio que algumas coisas mudaram desde os eventos quase apocalípticos de The Dark Knight Strikes Again.
Não faltam toques de Miller e Azzarello neste primeiro fascículo – o jargão das ruas é definitivamente de Miller, fazendo lembrar a história original, tal como as cabeças falantes dos canais de noticiários na TV, e os seus comentários exagerados; o tom duro das ruas é definitivamente de Azzarello, que prova ser a escolha perfeita para preencher as ideias de Miller.
O tom desta banda-desenhada é original, diferente do sombrio e agoirento ambiente da primeira série, e a bombástica e berrante sensação da segunda – Dark Knight III: The Master Race #1, tanto através do guião como das cores de Brad Anderson, tenta assim encontrar o meio-termo entre as duas séries anteriores.
Existe nesta BD um certo receio, como se não se soubesse se Azzarello devia estar a contar a história de Miller ou uma sua – os constantes acenos às duas séries anteriores de Miller é uma constante lembrança que isto é de facto uma colaboração artística – embora seja uma forte –, e lê-se por vezes como Azzarello a prestar tributo a Miller. Seja como for, o resultado final continua a ser uma boa banda-desenhada de Batman.
A arte de Kubert e Janson também evoca o estilo duro e rude de Miller, embora lembre mais o seu trabalho em O Cavaleiro das Trevas Regressa do que os seus mais recentes projetos – cria uma poderosa sensação de nostalgia, mas também de claridade, pois parece o mundo clássico de Miller mas mais focado e linear.
O trabalho de Brad Anderson também dá ao fascículo uma estética mais calma e vivida, e também cria o nascer do sol mais desolador dos últimos tempos.
Em última análise, este é um excelente primeiro fascículo que agradará aos fãs, e a página final sem sombra de dúvida que fará com que eles comprem o próximo.
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Compraram esta banda-desenhada?
A voz de Azzarello é perfeita, entregando aos leitores uma historia que arde em fogo brando, acompanhada por uma arte muito boa. E aquele fim!
Alguns aspetos da banda-desenhada podem parecer um pouco derivativos.